Capítulo 13

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Pv. Anastácia

-Por favor o que Ana? Sabe Anastácia eu perdi o meu pai muito novo e desde então eu construí uma barreira em volta do meu coração, para que ninguém nunca mais entrasse nele e pudesse me machucar com sua partida e para as pessoas que já estão nunca saiam dele, mas aí vem você com seu jeito meigo e ao mesmo tempo teimosa igual uma porta, você é doce e ao mesmo tempo me desafia, e eu baixei a minha guarda, guardei minhas armas e abri as portas do muro pra você entrar e no entanto o que você está fazendo? Partindo sem nem tentar, sem saber se daria certo, sem lutar, mas como eu disse ontem no quarto, eu te entendo e pelo última vez Anastácia eu te pergunto você tem certeza que quer ir? Pois saiba que eu não vou atrás de você, eu estou aqui abrindo o meu coração, estou te entregando as rédeas da minha vida Anastácia Stelle . - ele encosta o carro na estrada e segura minha mão - E então Anastácia o que me diz?

Como ele me diz tudo isso e quer que eu resolva as coisas assim tão rápido e com estalar de dedos, Eu ouvi direito ele está me dando as rédeas da vida dele? Ele ficou louco mal tenho como decidir a minha, o que ele pretende? Fazer com que eu me sinta culpada caso algo de errado?Estou completamente perdida, sinto que se eu ficar eu não estarei completa eu preciso me encontrar e ao mesmo tempo já sei que vou deixar meu coração com ele, como foi que isso aconteceu tão rápido, porque fui me apaixonar assim em dias, será que isso é possível e se for só uma atração e logo ele se cansa de mim, Christian é lindo e é dono de um coração mais lindo ainda, sei que não estou a altura dele, talvez não hoje quem sabe se eu for embora podemos manter contato eu venho aos finais de semana até porque mal nos conhecemos não posso simplesmente vir morar com ela isso seria rápido demais.- sou interrompida dos meus pensamentos por ele.

- Tudo bem Ana já entendi não é isso você quer, você quer ir e eu não vou mais falar nada, você tem até a estação pra tomar sua decisão. - ele diz coloca do a mão na chave para ligar o carro, Mas eu o interrompo.

- Christian, não é que eu não queira ficar eu quero e muito, só me tire uma dúvida antes que tome minha decisão. - Ele me olha com a sobrancelha erguida e fica esperando a minnha pergunta, respiro fundo e resolvi falar logo.

-Eu cheguei aqui no final do sábado, digamos que não tivemos um início muito decente, no domingo na festa da cidade vc já falou que eu era sua noiva, na segunda no meu jantar com Jack de noiva eu passei a mãe de 4 filhos seus e uma completa irresponsável deixar 4 crianças com uma senhora de 80 anos pra jantar fora com outro homem, hoje é terça imagino que amanhã eu já serei avó e tenho medo do que serei na quinta. - Ele me olha segurando o riso e sei que está se divertindo com as minhas observações de tudo que aconteceu até hoje, continuo a falar.

- Como seria se eu ficasse? - tenho certeza que ele não parou pensar em como seria ele só quer que eu fique e o depois como vai ser?

Ele me olha sem entender a pergunta, ou tentando decifrar o que quero dizer com essa questão.

- Eu não posso simplesmente ficar, pode não parecer mas eu tenho uma vida fora daqui e outra nós demos um beijo e você quer que eu fique como seria isso? Eu viria morar com você? Simples assim, como se fosse a coisa mais normal a se fazer, vou ligar para os meus pais e dizer olha me apaixonei pelo dono da fazenda e não volto mais pra ver vocês? Você já imaginou o quão estranho isso é? - digo na esperança de que ele entenda o meu ponto de vista, Ele me encara por um tempo e resolve falar.

- Você se apaixonou por mim? - sério que de tudo que eu falei foi só isso que ele ouviu?

- Christian, de tudo que eu disse foi só isso que você ouviu? - pergunto brava, ele me olha rindo.

- Então quer dizer que o Shrek achou a Fiona? Eu pesquisei sobre o desenho Ana. - Isso é hora pra ele resolver ser engraçado? Reviro os olhos e ele começa a rir.

- Liga esse carro e me leva pra estação logo, você resolveu ser engraçado no meio de uma conversa séria, a hora que você conseguir nomear o que existe entre nós você me avisa.

-Não vou ligar carro nenhum, você falou, falou e falou Anastácia e até agora não disse nada, que eu queira ouvir, você está com medo consigo ver nos seus olhos, qual é o seu medo, Ana? Do quê você tem medo? Vamos fazer o seguinte a gente volta pra fazenda e lá conversamos com calma. - diz tentando me convencer

-Não é tão simples assim Christian!

-É sim, você que quer complicar, por favor Ana vamos conversar fora desse carro. - diz fazendo carinho em meu rosto.

-Christian ...- ele me interrompe

-Chega, não vou mais insistir, vamos seguir viagem. - Diz ligando o carro e não me deixando falar mais nada, Christian parece aquelas crianças birrentas que não sabem ouvir um não como resposta, poxa custa tentar ver meu lado, o que eu vou fazer neste lugar no meio do nada? Ele vai passar a vida inteira me ensinando as coisas da fazenda, no inicio tudo são flores mas e as consequências desta atitude não pensada, eu quero ser útil de alguma forma, não posso simplesmente me mudar e fingir que está tudo bem, a gente mal se conhece, estou perdida em pensamentos quando vejo fumaça começando a sair do capô do carro, olho assustada pra ele que continua com os olhos fixos na estrada, será que ele não está vendo?

-Christian, o carro ta pegando fogo. - ele para o carro e desce e abre o capô, vou logo atrás dele, eu não entendo nada de carro, mas pelo pouco que sei fumaça não é sinal de coisa boa.

-O que aconteceu? - pergunto na intenção de talvez ajudar de alguma forma.

-Não sei, mas algo me diz que vamos demorar aqui. - ele diz tirando o celular do bolso, olha não é que ele tem um, pensei que nem isso ele tinha já que odeia tanto tecnologia e deixa isso bem claro, escuto ele falando com alguém.

Estamos parados a mais de duas horas, olho para o relógio e vejo que já não dá mais tempo de pegar o trem hoje, Christian está mexendo em tudo dentro do motor do carro, imagino q ele não tenha ideia do que está acontecendo e muito menos do que está fazendo, volto pra perto dele.

-Christian. - sinto meu coração parar ele está sem camisa só de calça e debruçado sob o motor do carro, abro e fecho a boca diversas vezes não sei se tentando formular uma frase ou tentando respirar normalmente, puta merda que homem é esse senhor, sinto um calor e o vejo me encarar com um sorriso torto, respiro fundo tentando recobrar a consciência. - Não dá mais tempo de pegar o trem, teremos que voltar pra fazenda. - ele abre um sorriso feito criança que acabou de ganhar o melhor presente da vida, mexe em alguma coisa no motor, fecha o capô e volta pro lado do motorista liga o carro, nossa isso foi rápido, volto para o banco do carona, ele da a volta e segue de volta pra fazenda, vamos em silencio, quando ele estaciona na fazenda vejo Grace na varanda, quando ela me vê seu rosto se ilumina e ela vem ao meu encontro.

-Que bom que resolveu ficar Ana. - diz animada

-É sim Grace. - resolvo não entrar em detalhes e vejo Christian e Taylor levando minhas malas pra dentro de casa, de onde foi que Taylor surgiu?

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Christian resolveu que hoje vamos sair pra jantar fora, estou no quarto me arrumando, não vou colocar nada demais até pelo pouco que vi da cidade não tem nenhum restaurante que exija algo muito elegante, vou pra sala e encontro ele me esperando, e tenho que dizer como pode um ser humano ser tão gostoso assim senhor? Ele pega minha mão e nos conduz pro carro, assim vamos conversando coisas aleatórias nada muito sério, ele vai me falando da fazenda e é lindo ver a paixão dele por este lugar.

-É aqui.

Quando olho o nome para onde ele aponta , começo a gargalhar, não acredito no que estou vendo.



POTRANCA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora