Capítulo 7- Irreplaceable

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“Dei-me conta que sempre te chamo do deu apelido e tu sempre do meu primeiro nome. Não há diminutivos. “ Ela diz ainda a sorrir.

“E então, há algum mal de ser assim?” eu falei confuso

“Claro que não Tomlinson, quer dizer....”

“Louis” eu completei.

“Como é que eu te conto um segredo sem mesmo saber o teu nome?” ela pergunta divertida

“Não sei, há doidos para tudo” eu digo e ela ri-se

“Estás a chamar-me de quê?” ela diz e empurra-me quase me fazendo cair

“És doida, é alguma mentira?” perguntei e ela ria-se de novo “Para uma miúda tens força”~

“Sou muito forte” ela diz arregaçando a manga para mostrar o seu braço com o músculo contraído.

“Claro que sim Sum” eu digo e ela corre até mim para me atirar ao chão. Quase que conseguiu, mas acabou por cair ela. Com esta coisa de empurrar um ao outro já estávamos esparramados os dois num dos pequenos relvados da escola, a rir-nos desalmadamente.

“És tão parvo Louis” ela diz e eu rio-me.

“Sempre é melhor parvo do que doido” eu digo e ela continua a rir-se contra a relva. “Dá-me o teu número” peço e ela olha-me séria.

“É para me chamares de doida?” ela diz assim que deu conta que a sua cara séria não era credível.

“Não, nada disso” eu sigo “Bem, só as vezes” eu rio-me e ela faz o mesmo.

“Ok, Louis Tomlinson” ela diz

“ahahaha, Summer Isabelle Jones”

“Assim não vale, diz-me o teu segundo nome” ela pede

“Nunca” eu digo e levanto-me para correr. Só que ela consegue ser mais rápida que eu a correr e alcança-me. Voltamos a cair os dois no chão.

“Daqui a nada o meu vestido é verde” ela reclama com um tom irônico

“Quem te manda andar pela relva?” respondi e parei para olhar o céu nublado de Doncaster. Ela disse alguma coisa, mas eu só me preocupava com o céu e em sentir as pequenas pingas a cair na minha cara.

“Louis está a chover” ela diz enquanto faz beicinho.

“E então?” digo eu na mesma posição.

“Não quero ficar doente não é?” ela perguntou “ E o meu caderno...” ela disse aflita e logo vi que o problema estava no caderno. Estava a cair a capa com a água e alguma tinta já escorria pelas margens das folhas. Levantei-me o mais rápido que pude e meti o seu caderno na minha mochila do equipamento.

“Agora vai ficar a cheirar a suor, mas não se estragam”

“Já não sei se o quero de volta” ela diz com divertimento na voz

“Isso é problema teu” eu digo e começo a caminhar. Ela acompanha-me.

“Louis não é para esse lado” ela diz

“É pois.”digo e continuo a andar com o saco ao ombro e as mãos nos bolsos.  Quando sinto a chuva a ficar forte pego na mão da Summer e puxo-a para debaixo de uma árvore. Ela ficou a olhar para mim confusa mas a única coisa que eu fiz foi tirar o meu casaco e meter sobre a sua cabeça. “Assim não te molhas” digo e continuo a caminhar pela rua.  Ela logo continua a caminhar do meu lado. Andar do seu lado à chuva é bastante bom. Peguei na sua mão e começamos a correr pela rua fora. Em apenas 10 minutos já estávamos na sua casa. Levei-a ao portão de casa e ela ficou a olhar-me. “Até amanhã Sum” digo entregando-lhe o caderno, antes de me ir embora.

TITANIUM ✩ (L.T.)Onde histórias criam vida. Descubra agora