Ou eu estava a alucinar ou eu estava a ouvir sirenes dos bombeiros. Apesar do nevoeiro so conseguia ver luzes azuis a piscar e umas brancas a iluminar o terreno à nossa volta.
“Estamos salvos amor” surrurrei contente. Umas luzes menores aproximavam-se de nós. “Aqui!” gritei meio ofegante e um homem apareceu andando na nossa direção. Assim que nos viu correu até nós. Ele estava preso por uns cabos de aço e vinha equipado perfeitamente adaptado ao terreno.
“Eu ajudo-te” o senhor de meia idade diz e outros se aproximaram. O senhor pegou na Summer com muito jeito enquanto outro me ajudava a levantar. Um terceiro pegou no walkie talkie que trazia à cintura e contactou alguém.
“Já os temos” diz com voz grossa “Preciso de duas macas com urgência.” Ele pede.
“Estarão aí” pausou “As ambulâncias já chegaram e a policia teve de fechar a zona.” Ouvia-se do outro lado.
“Mensagem recebida” diz o senhor da voz grossa.
O senhor que pegara na Summer estava a pausá-la no chão.
“Use isto” pedi ao senhor estendendo o meu casaco. Ele assentiu colocando-a por cima dele. De vagar me aproximei dela e sentei-me no chão com cuidado. Soltei um gemido de dor. Doía-me o peito tanto como a perna. Acho que parti alguma coisa aqui também. Agora estávamos seguros aos senhores por gachos. Passei a minha mão pelo seu rosto puxando uma mexa de cabelo solta, para trás da orelha. “Conseguimos amor” digo confiante.
“Foi memorável o que fizeste, rapaz” o bombeiro, que ajudara a tirar a Summer da minhas costas. comentou.
“Não foi nada de mais” eu respondo com um sorriso. Aos poucos se aproximavam duas gruas com uma maca e dois bancos juntos, cada uma.
“Deve ser um grande amor, Louis certo?” o Senhor do walkie talkie retorquiu
“Sim, sou o Louis”.
“Eu sou o Peter, sou amigo da tua mãe.” Ele informa e eu sorrio.
“Obrigado pela vossa ajuda” eu sorriu
“É o nosso dever” um deles diz e eu continuo a sorrir.
“Vamos embora?” Peter perguntou e eu assenti. Lentamente levantaram a Summer e a colocaram numa das macas. Vários cintos eram postos em seu redor e uma tala no seu pescoço. Depois pegaram em mim em peso e meteram-me noutra e procederam da mesma forma que a Summer. A mim taparam-me ainda o peito com um casaco visto que eu estava ainda sem qualquer peça de roupa na parte de cima. Eu gemia de dores. “Esses ossos devem estar bonitos, devem” comentou Peter.
Logo de seguida o senhor do walkie talkie entrou na caixa do ferro que suportava a maca da Summer e comunicou com os senhores da base.
“Podem trazer de volta” ele informa e os outros bombeiros sobrem um para cada lado. Lentamente
“Safaste-te de uma boa” Peter comentou “ A Jay deve estar orgulhosa” eu sorri como resposta. “Sabes, já fui como tu. Apaixonei-me e fazia de tudo por ela.” Ele continua “Um dia ela deixou-me por causa de dinheiro” lamentou “No entanto reparei que contigo é diferente. Desejovos imensa sorte.” Ele diz retirando algum sange da minha testa. Na última escorregadela, arranhei a testa toda.
“Obrigado” agradeci de novo e começava a ouvir uma múltidão a falar. Neste sítio o nevoeiro estava mais rarefeito e percebi que estavamos a chegar ao cimo. As dores que tinha no meu corpo eram desesperantes e eu só queria berrar. Olhei para o lado e a maca da Sum quase pisava o chão. Apareceram vários enfermeiros entre outros que, ou empurravam as macas na nossa direção ou traziam uma mala consigo. Um trazia bombas de oxigénio para nós. Assim que a caixa pausou no chão os bombeiros apressaram-se a colocar-me na outra maca e a por a bomba de oxigénio na cara. Ouvia berros e pessoas a chorarem. Olhei em volta e a minha mãe tentava perfurar a segurança tal como a mãe da Summer. Assim que conseguiram correram até nós.
“Louis, amor, estás bem?” a minha mãe perguntou aflita enquanto o senhor empurrava de vagar a maca de modo a que não doesse. “Peter, diz-me que ele está bem” ela pede
“Jay, tem calma, isto está complicado de diagnosticar, mas serão uns ossos partidos” ele informa e logo a maca é colocada na ambulancia tal como a da Summer. Ficando os pais fechados lá fora.
“Então rapagão?” perguntou o enfermeiro “Como te sentes?” perguntou tirando-me a bomba.
“Doi-me a perna esquerda” informo “ E tambem aqui.” Apontei para o fundo do peito.
“Aqui?” ele questionou tocando de leve no local. Gemi de dores. “Meu amigo são umas costelas partidas.” Ele avisa e eu bufo. “Tenho de ir lá fora fazer o relatório para arrancarmos para o hospital.” Ele avisou e eu assenti.
Logo ele saiu deixando a porta aberta. Ainda conseguia ouvir pessoas a chorar. Tentei espreitar lá para fora e vi a diretora da escola, uns policiais e as nossas mães junto dos enfermeiros.
“Como estão as coisas?” pergunta um agente.
“A Summer não parece ter nada de grave. Conseguimos reanimá-la, mas iremos fazer um diagnóstico a fundo quando chegarmos ao hospital. Aparenta uns arranhões e uma confusão. Coisas que se resolvem com tratamento.” Uma voz feminina soa e a mãe as Summer chora ainda mais.
“E o Rapaz?” tenta saber o agente de novo.
“O Relatório é bem simples” o enfermeiro que esteve comigo diz. “O Louis aparenta ter umas 3 costelas partidas e a tibia fraturada. De resto só arranhões. Esperemos que as costelas não tenham perfurado algum orgão. Ele precisa de sair de emergencia” informa e entra na ambulancia junto com a minha mãe e mais uns 3 enfermeiros. Ouço várias motas da polícia arrancarem.
Ela sentou-se do meu lado e a ambulancia logo começou a andar. A mulher que me pós no mundo, segurou a minha mão e eu apertei-a. Ela chorava ainda.
“Mãe, desculpa!” eu peço. Eu sei o quão importante para ela é estarmos bem e ela poder cumprir seu trabalho em paz.
“Não peças desculpa Lou. Estou orgulosa de ti.” Ela diz e eu estico lentamente o meu braço para lhe limpar as lágimas.
“Tem aí um guerreiro” o enfermeiro diz à minha mãe. “ Poucos aguentariam escalar de rastos uma encosta daquela, com ossos partidos e ainda um peso de 50 kg nas costas.”
“Eu sei, o Louis é simplesmente fabuloso.”
** 12 de Janeiro de 2010 **
Bom, pode-se dizer que ontem levei umas anestesias e apaguei. Acordei hoje à tarde confuso no entanto rodeado de amigos e família. Doiá-me o corpo todo, mas não pude deixar de sorrir com aquela visão. Entre todos os meus amigos, o Joe era quem eu menos esperava ver.
“Boa tarde preguiçoso!” A Lottie diz passando a mão no meu cabelo.
“Então, mano, como estás?” Brian perguntou.
“Dorido, mas fino.” Digo e ele sorri.
“Ficamos mesmo preocupados contigo!” Joe diz aproximando-se
“Como está a summer?” perguntei-lhe vendo esboçar-se um sorriso no seu rosto.
“Mas francamente, tu aí sendo o centro das atenções e estás preocupado com a Summer?” a minha mãe brincou e eu encolhi os ombros.
“Bem, a Summer está bem. Vai ficar no hospital para observações o resto da semana. A queda não provocou nenhuma lesão, mas o frio sim. Acho que os pulmões dela ficaram muito frágeis e, por isso, fica aqui até sexta.” O Joe explica depois de uns risos.
“OK, melhor assim” eu sorriu “Manda-lhe um beijinho meu!” peço
“Claro que sim.” Ele diz feliz. “Se me dão lisença tenho uns beijinhos para entregar” Joe diz e sai.
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TITANIUM ✩ (L.T.)
Fanfiction" I'm bulletproof, nothing to lose Ricochets, you take your aim You shoot me down but I won't fall I am titanium " Eu pensava ser de titânio, pensava que resistia a tudo. O mundo é louco e só os doidos sobrevivem a ele. Era a pessoa mais forte que e...