Capítulo 16- Birthday surprise *

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** 23 de Dezembro de 2009 **

Hoje o dia está a ser muito longo. Estive a manhã toda a ajudar a minha mãe e irmãs a embrulhar prendas. Segundo elas só eu sei fazer isto em condições sem contar a toda a gente quais as prendas que irão receber. Após o almoço ainda tive de ir dar banho ao meu animal de estimação e só agora, pelas 17 horas é que vou às compras. O Brian disponibilizou-se a vir comigo. Ele confessou que anda apaixonado dela Payge e que têm estado todos os dias juntos. Acho que o meu melhor amigo finalmente encontrou o caminho certo.

“ E este?” perguntou ele ao pegar numa pulseira.

“Não sei, não acho muito a cara dela.” Opinei

“Realmente ela gosta de coisas bem mais largas no pulso.” Concordou

“E que tal aquelas?” questionou a senhora do balcão e abriu uma caixa de exposição com várias pulseiras de várias voltas.

“E esta?” perguntou ele. “Achas bonita?”

“Sim, essa já é bem mais Payge” eu digo e ele sorri.

“Então é essa que quero levar” Brian informa a senhora.

“É para embrulhar?” pergunta.

“Sim, é” ele confirma e ela começa a por a pulseira numa caixa preta muito bonita e depois começou a embrulhar com papel dourado com uma fita vermelha.

Dei mais uma vista pela joalharia e nunca encontrava algo que gostasse realmente. Até que encontro um expositor que me chamou a atenção. O manequim preto usava um fino cordão prateado com um coração minúsculo da mesma cor.

“Precisa de ajuda?” pergunta a empregada

“Gostei muito deste.” Informo

“É ouro branco. É das peças mais bonitas que chegou recentemente à loja. Como edição limitada, o cordão de ouro foi concedido para pescoços de pele fina com uma tez clara. Ideal para qualquer rapariga sensível.”

“Parece-me bem” o Brian opinou

“É o que eu quero levar” sorrio à senhora e ela logo retira a peça do lugar.

“Parece-me que tem muito bom gosto” ela diz e colocou um cordão numa caixa baixinha e preta forrada a veludo por dentro e coro por fora. Era realmente um luxo que só a Summer merecia.

“Meu tu gastas tanto por ela.” Brian comenta

“Ela é a rapariga dos meus sonhos.” Eu respondo e vejo a senhora sorrir.

“É tão bom ouvir isso de um rapaz. Ela deve ser uma sortuda.” Ela acrescenta.

“Eu é que sou sortudo por a ter na minha vida.” Respondo e a senhora entrega-me um saquinho com o embrulho.

“Obrigado pela compra e volte sempre.” A mulher agradeceu e nós saímos da loja.

Destino seguinte: Loja de animais. Eu preciso de comprar algo novo para o Crepúsculo, ele merece um lenço bonito no natal e a aurora igualmente. Comprei um branco com desenhos pretos para ele e um rosa com desenhos pretos para ela. Depois fui à perfumaria e loja de maquiagens. Eu não sei escolher nada de jeito para mulheres, mas a empregada aconselhou-me várias coisas muito bonitas e cheirosas que a Lottie, a minha mãe e a Felicite iriam amar. Para as pequenas comprei uma roupa nova para usar no natal e ainda um mp3 simples e leve para ouvirem músicas sem discutirem uma com a outra. Não, eu não tinha ganho muito dinheiro, mas o futebol deu algum nos últimos tempos e, quando ajudo a vizinha a levar o lixo, o carteiro a distribuir o correio na rua quando tem pressa, o vizinho da frente quando fica preso na neve ou então quando vou buscar as compras à mercearia para a dona Hortência, uma velha amiga da minha mãe, ganho alguns trocos. Em 2 meses, contando que ganhava trocos todos os dias,  juntei quase 70 euros que me permitiram compra o cordão da Summer.

Quando finalmente cheguei a casa pausei todos os embrulhos que trouxe por baixo do pinheiro de natal. Este encontrava-se especialmente decorado pelas minhas irmãs mais novas, mas, cada um de nós pusera algo que gosta lá pendurado. Acho uma tradição muito bonita e que trás simbologia à casa. Queria a Summer comigo. Poder pendurar algo dela no meu pinheiro e vê-la abrir a sua prenda na véspera de natal. Seria tão bom puder passar o meu aniversário perto dela.

Depois de jantar ainda enviei uma SMS mas não obtive resposta. Bem, seja o que Deus quiser, não é? Se não a posso ter perto, vou fazê-la perto de mim.

** 24 de Dezembro de 2009 **

O dia começou com uma chuva bem forte a bater na minha janela. Como eu amo passar o dia em casa quando está a chover lá fora. A lareira está acesa e a luz natural não é suficiente para iluminar a casa.

Calcei os meus habituais chinelos de dedo e abri a porta da casa de banho. Depois de lavar a cara e fazer a minha higiene estava na hora de tratar de me por bonito. Normalmente junta-se muita gente neste dia cá em casa. Tias, primas, avós das minhas primas, a vizinha que não tem com quem ficar nesta noite. Basicamente, é um grande festa. Costuma haver centenas de fotografias para este dia.

Fui ao meu guarda-roupa e tirei de lá uma camisa branca e umas calças de ganga azul escura. Calcei as minhas sapatilhas brancas e penteei a minha franja. Após um pouco de água de colônia e perfume, estou pronto.

Mal comecei a descer as escadas fui recebido por um enorme abraço das minhas irmãs. Todas me esperavam para o pequeno almoço. Estavam todos bem vestidas e apraltadas, tal como a minha mãe.

“Parabéns Lou” a minha mãe abraçou-me fortemente

“Obrigada mãe” ela daqui a pouco emocionava-se começaria a chorar.

“Já passou tanto tempo” ela começou

“Vamos nos alegrar, faltam apenas horas para abrirmos as prendas” eu grito a última palavra e logo as minhas irmãs gritam “yeeahh”.

Começamos a ter a nossa conversa de costume sobre o natal enquanto a família e os vizinhos chegavam com algumas sobremesas e preparativos para o jantar. Todos vinham com algo pendurado por um fio para cumprir a tradição do pinheiro. Normalmente chegam sempre por esta hora por causa do mau tempo que se forma ao fim da tarde nas estradas.

Acabamos agora de almoçar. Já cá estavam umas 6 primas e as minhas 2 tias acompanhadas dos maridos. Junta-se a família do meu padrasto e as vizinhas. Já éramos umas 40 pessoas aqui. Costuma ser assim todos os anos.

Ouvi um carro a apitar lá fora e as gêmeas correram até a janela da sala que dava para a rua. Assim que lá chegaram ficaram surpresas.

“É ela!” Gritou a Daisy enquanto corria para a porta. Eu fiquei confuso com aquilo tudo e olhei a minha mãe. Ela sorria genuinamente e disse um “promessa cumprida” à Lottie que logo fez uma festa. Mas o quê que elas estão para ali a dizer. Ouvi as porta a abrir e logo um latido de fez soar. Crepúsculo, que até agora se mantinha no colo da Felicite correu até à porta. Mas, até ele? Será que...? Não, ela não podia chegar tão cedo... Ou podia?

Logo ouvi uns risos das minhas irmãs e os olhares de todos na sala caíram sobre ela. O meu coração parou ao ver o seu sorriso. Era mesmo a Summer. Ela conseguiu estar aqui comigo. Vinha de mãos dadas com as gêmeas e as mãos cheias de sacos. Atrás dela vinha um senhor alto e bem vestido que eu não me lembro de ter visto, mas que se parece muito com o Joe. Talvez seja o pai deles mesmo. Trás nas mãos duas caixas grandes e a minha mãe corre até ele para o ajudar juntamente com as minhas tias. Ela vinha de certo deslumbrante. (ver fotografia do capítulo) Trazia um vestido vermelho e justo que parecia ter uma cobertura de renda por cima. Vinha de botins de salto, cabelo solto e mais encaracolado que o normal e algumas pulseiras no braço. Nunca a vi tão elegante. Nunca vi ninguém tão elegante.

“Querida, eu sabia que chegarias a tempo” a minha mãe cumprimentou a Summer que apenas sorria.

“Boa tarde a todos” ela anunciou e a família sussurrava uns com os outros. Sim, se eu estou surpreso e conheço-a melhor que todos eles, imagino elas que nunca a viram. “Obrigado por me receber Jay.”

“Meu anjo, és sempre bem vinda.” A minha mãe responde e o olhar da Summer encontra o meu. Assim que ela me encontra as gêmeas largam as suas mãos e ela pausa os sacos em cima da mesa de jantar e corre até mim. Ela a correr de saltos até que leva jeito. Assim que se aproximou abracei-a com força contra o meu peito enquanto os seus braços davam a volta ao meu corpo.

TITANIUM ✩ (L.T.)Onde histórias criam vida. Descubra agora