Capítulo 36 - Castle

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Caminhei até à rua em frente da casa. Lá estava ela com o seu lindo cabelo castanho ao vento. Eu tinha-lhe pedido para esperar um pouco antes de ela ver a minha surpresa. Assim que me viu sorriu automaticamente e eu estiquei a minha mão. Fomos de mãos dadas até à entrada do quintal. Meu Deus, o meu coração bate a mais de mil à hora. Quero tanto que ela goste. Tentei ser o mais criativo possível. Não tenho jeito para aquilo de decoração, mas, por ela tento.

 Parei de andar apoiando-me só numa moleta e ela ficou a olhar-me.

“Onde estamos ao certo?” ela pergunta.

“No nosso novo canto.”

“O quê?” ela arregalou os olhos. “O que queres dizer com isso?”

“Estás a ver aquilo ali em cima?” Apontei.

“Parece uma casa na árvore. Sim... é uma casa na árvore.” Confirmou. “Mas o quê que isso tem a ver?” De repente a palidez apoderou-se do seu rosto. “Mas... isto quer dizer... aquilo é...” ri-me com a sua confusão. Ela só me manda um encontrão que me atira ao chão. Antes que eu atingisse o mesmo, puxei-a também. Até fez barulho o nosso tombo. Gargalhámos conjuntamente. “Para de te rir e explica logo.” Ela tenta manter-se séria mas sem sucesso.

“Sim princesa, este é o seu castelo.” Confirmo e ela arregala os olhos parando de me fazer cócegas.

“A sério?”

“Por que não?”

“Como? Porquê? Para quê?” Ela levantou-se num instante. Logo tentei fazer o mesmo.

“Uma pergunta de cada vez.” Pedi e ela acenou afirmativamente.

“Como é que a fizeste? Como conseguiste o terreno?”

“Eu apesar de estar de muletas não estou inválido sim?”

“Desculpa.” Ela abraçou-me.

“E o terreno é emprestado.” Sorri-lhe.

“Então e porquê o fizeste?”

“Um bichinho contou-me que quando eras pequena querias ter uma casa na árvore.” Os seus olhos arregalaram-se e num instante os seus braços apertavam o meu pescoço. Como é linda quando está alegre.

“Obrigado, obrigado, obrigado.”

“Percebes agora porquê que eu desaparecia? Não tenho outra. Nunca tive. Perdia tempo aqui.”

“Ó meu deus.” Ela afastou-se ligeiramente. Os seus olhos claros estavam marejados e já vermelhos de tentar conter o choro.

“Hey, chorar é que não.” Pedi e ela sorriu forçadamente.

“A minha última pergunta é, para quê?”

“Para ter um espaço contigo. Não temos idade para morar juntos, nem convivência. Sei que posso parecer atiradiço ou algo do gênero, mas fiz tudo como melhores amigos. Pensei que fosses gostar de ter um local teu. Um local nosso. Assim podemos ver TV, comer, conversar, sem ninguém meter-se no meio.”

“Ficas a saber que adorei a ideia de poder viver contigo por momentos.” Ela sorriu e eu beijei a ponta do seu nariz.

“Mas não queres entrar?”

“Posso?”

“Claro que sim, pequenina.” Caminhámos juntos até perto da casa. Ela parecia uma criança a realizar um sonho.

“Como subo?” questiona.

“Por ali.” Apontei para umas escadas de madeira.

“Como é que tu subiste?” Ela parecia preocupada.

“Eu subia pela corda com nós.” Esclareci e ela ficou surpreendida.

“Por isso é que andas mais musculado.”

“Reparaste nisso?” ela ficou logo vermelha.

“Desculpa.” Ela sorriu e subiu logo as escadas. Eu lá me agarrei à corda e fiz o mesmo. “Meu Deus, como isto é lindo.” Ela comentou assim que entrou lá dentro.

“Então, o quê que gostas mais?”

“Não sei, isto é tudo tão perfeito.” Ela quase chorava de alegria. “É o sítio mais lindo onde eu já estive. Olha-me isto.” Ela correu até ao sofá e atirou-se.

“Desse eu tinha a certeza que ias gostar.” Ri-me e levei com uma almofada. “Anda cá.” Eu digo e passo-lhe a comida.

(...)

Não pensava que ela gostasse assim tanto do local. Desde que acabámos de almoçar que estamos a ver tv. Estou deitado com a cabeça no seu colo enquanto ela me faz festas no cabelo. Ela parecia mesmo atenta ao programa que passava. Não vos posso dizer qual era porque a minha atenção não se encontrava na televisão.

“Não acredito que foste capaz disto.” Ela desperta.

“De quê?”

“De me fazeres tão feliz.” Ela sussurra.

“Posso fazer mais, é só deixares.” Sussurrei de volta olhando para cima.

“Há tanta complicação...” ela suspira.

“Eu sei o que sentes por causa dos namoros.”

“Não é só isso. Dói perder os que amamos.” Sentei-me do seu lado.

“Quem ama acredita.”

“E eu amo.” Ela confessa.

“Quem disse que me irias perder?” Peguei na sua mão.

“Perco sempre.”

“Quantas vezes tenho de te provar que nós nunca nos vamos separar a menos que tu queiras?”

“Não sei porquê, mas sinto algo estranho dentro de mim.”

“E essa coisa estranha é como a que sentias por ele?”

“É muito mais forte.” Confessa de novo.

“Isso aí dentro é o nosso amor.” Aproximei-me dos seus lábios e olhei-a nos olhos. “O nosso amor é forte, é maior que tudo neste mundo. O nosso amor é como nenhum outro.”

“Beija-me.” Ela pede num suspiro. 

- - - - - - - - -

Hey, gente linda do meu coração *-*

Que saudade que eu já tinha de publicar. Eu passo a explicar-me. A Universidade tem tendência a roubar-me o tempo livre só com trabalhos e estudo. No entanto, consegui hoje escrever. Aliás, tenho escrito meio capítulo todas as noites. Acontece com todas as fic's. Não sei bem mas, precisava de acabar este. 

Bom, ontem fiz anos, como muitos sabem e, como era de esperar, eu trouxe um capítulo novo de cada fic. Este veio meio atrasado mas vá, chegou ! :D

Como estão vocês? Que têm feito? Que idade têm?

Beijinhos enormes*

Vos amo <3 ,

Joana'G.

TITANIUM ✩ (L.T.)Onde histórias criam vida. Descubra agora