Virando o meu tronco sinto um corpo a embater contra o meu. Sei perfeitamente quem é e, num impulso, envolvo os meus braços à volta dela. Sinto os seus soluços de choro contra o meu peito e a sua pulsação acelelerada.
“Desculpa, desculpa, desculpa” Summer sussurra desesperadamente contra o meu peito.
“Calma.” Eu peço e ela continua a chorar fortemente. “Summer...”Chamo e ela levanta lentamente o rosto.
“Desculpas-me?” pedia com os olhos vermelhos. Aquela visão partia-me o coração. Como é possível ela ficar assim de um momento para o outro?
“Mantens-te calma?” perguntei.
“Desculpa-me por favor!” ela pede.
“Acalma-te princesa.” Eu peço levando uma mecha do seu cabelo para trás da orelha.
“Diz-me que me perdoas e que volta a ser tudo como antes.” Ela pede entre soluços.
“Claro que te perdoo. Mas não peças para ser tudo já, estou magoado, aliás ferido mesmo.”
“Eu sei amor...” ela diz e o meu coração acelera loucamente. Calma aí coração, é só uma palavra. “Desculpa.” Ela pede uma última vez antes de se despedir.
(...)
** 12 de Fevereiro de 2010 **
As aulas de hoje já acabaram. Depois de cumprir o castigo, combinamos encontrar-nos todos no café perto da escola. Devia ir para a casa na árvore, mas hoje a minha disposição não é muita. Além disso, tenho tempo antes de ir jantar para passar lá. O local está cada vez mais lindo. Hoje é dia de comprar os tecidos. Juntei algum e pedi a uma amiga da minha mãe que me arranjasse algo. Ela comprometeu-se a ajudar-me em tudo o que fosse preciso assim que lhe contei da casa na àrvore. Após comprar alguma madeira construi a bendita casa e umas escadas para aceder à mesma. O local é bem seguro e até o Brian cá esteve ontem para me ajudar a acabar isto. Temos uma porta de tecido e uma pequena janela com vista para a cidade. Posso dizer que à noite é uma visão adorável.
A dona do terreno arranjou-me um pequeno sofá de dois lugares para colocar lá e também um tapete. A minha mãe por sua vez disponibilizou alguns alimentos e mantas. Já o meu vizinho da frente entregou-me um pequengo frigorífico que eu logo arranjei e coloquei também. Estava a gastar luz da vizinha e prometi pagar-lhe 5€ por mês pela eletrecidade. Espalhei por lá umas luzes velhas de natal o que lhe deu um ar super fofo. Ideias da Lottie. Não sei porquê mas o meu cantinho agora era mágico. Passava lá a maior parte do meu tempo. Hoje é dia então de comprar as cortinas e tenho de ver se me despacho daqui.
No café, o ambiente era bastante agradável. A Summer estava bem mais calma e sorria. Podia não falar muito comigo mas eu não me importava. Primeiro, porque o seu sorriso já me iluminava, segundo porque a mágoa ainda é muito recente. Entre conversas e golos de café chegou a hora de me despedir.
“Eu tenho de ir. Tenho coisas importantes para fazer.” Informeie todos concordaram. Bem, nem todos.
“Mais importantes que eu?” tenta saber Summer e eu simplesmente viro as costas. “Louis, não podes simplesmente tratar-me assim.”
“O que foi agora, Sum?” perguntei e ela olhou-me furiosa.
“Vais trocar-me por outra é?”
“Estás doida?” perguntei e logo percebi que ela estava a falar a sério. “Sabes bem que só tu és a minha melhor amiga.”
“Claro, desculpas” ela atira.
“Mas tu vais continuar a dúvidar de mim?” quase gritei e ela estremeceu.
“És um idiota!” ela responde.
“E tu és doida!” gritei de volta.
“E lá vamos nós de novo.” Ouvi Payge a bufar e eu revirei os olhos.
“Sabes uma coisa?” perguntei. “Eu vou mas é ir embora. Estou farto.” Eu respondo e caminho para fora do local.
(...)
Finalmente estava tudo pronto na casa da árvore. Hoje choveu loucamente. São 23 e tal e estou a caminho de casa. Quando me aproximava da porta vi um vulto à entrada da porta. Lá estava ela, sentada na minhas escadas, debaixo do telheiros da porta, a olhar o telemóvel.
“Finalmente.” Ela resmunga assim que me viu.
“Olá também para ti.”
“Vá, vim pedir desculpa.” Ela diz.
“De quê?” perguntei confuso.
“Tu sabes, de não ter acreditado em ti. De ter descutido hoje no café.” Ela explica olhando as suas mãos.
“Não faz mal. De ti já espero tudo.” Bufo e ela olha-me triste.
“Estás muito magoado comigo não estás?”
“Bastante.” Bufei. “Queres que te leve a casa?”
“Pensei em dormir cá.” Ela olha-me com um sorriso rasgado.
“E isso será boa ideia?” perguntei.
“Não queres dormir comigo?” ela pergunta com um ar inocente.
“Não antes de me explicares o que se passou com o Jason.”
“Então eu conto tudo.” Ela diz sentando-se de novo. Após umas batidas da sua mão na escada, sentei-me do seu lado. “Porquê tens linhas na roupa?” ela pergunta admirada.
“Depois explico.” Aviso e ela assente.
Instalou-se um silêncio meio estranho entre nós. Não sei o que se passa com ela hoje. Normalmente fala pelos cotovelos, hoje fecha-se até para mim.
“Bem...” ela começou. “Não sei como dizer...” ela leva as mãos à cara.
“Aquele gajo fez-te alguma coisa?” perguntei meio chateado.
“Não, ele não fez nada.” Ela pega nas minhas mãos e coloca-as entre as suas e o seu colo.
“Então?” pergunto. Começa a chover de novo.
“Eu fiz algo errado.” Ela diz olhando agora para as minhas mãos.
“Seja o que for, sabes que te vou apoiar sempre.” Garanto e ela começa a fazer festas com os seus polegares nas minhas mãos.
“Lou, eu sei. Por seres tão impecável comigo é que se torna tão difícil isto.”
“Força.” Eu incentivo e ela olha-me já com lágrimas nos olhos.
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Oláá! :D
Como estão?
Meu deus, já não publicava há tanto tempo :o Eu explico as minhas razões. 1º, para quem não sabe, comecei uma fic nova e, por isso, é menos tempo para escrever outras. 2º estou a começar a escrever a segunda temporada de TITANIUM. 3º a universidade ocupa cerca de 50 % do meu dia. Sendo que mais 30% são a dormir e 10% a comer, sobra pouco tempo para diversão e atividades do quotidiano.
Por isso, obrigado pela vossa paciência *-*
Amo-vos infinitamente. <3
Beijinhos enormes*
Joana'G.
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TITANIUM ✩ (L.T.)
Fanfiction" I'm bulletproof, nothing to lose Ricochets, you take your aim You shoot me down but I won't fall I am titanium " Eu pensava ser de titânio, pensava que resistia a tudo. O mundo é louco e só os doidos sobrevivem a ele. Era a pessoa mais forte que e...