SHIRLIPE - UMA NOVA VIDA

SENHOR MIGUEL SAI DO COMA

(SALA DO BETO)
H-COMO VÃO AS CAMPANHAS?
B- EU NÃO SEI, A SHIRLEI ANDA NO MUNDO DA LUA, DEPOIS DAQUELE QUASE ATROPELAMENTO AGORA ELA VIVE PARA AQUELE HOSPITAL E AINDA DOA SANGUE.
F- O QUE DISSESTE BETO?
H- O QUE VOCÊ OUVIU.
F- A SHIRLEI QUASE E ATROPELADA E NINGUÉM ME DIZ NADA, NOSSA QUE AMIGOS QUE EU TENHO.
(FELIPE SAI DA SALA DO BETO FURIOSO)
(SHIRLEI)
(JÁ TINHA PASSADO QUASE UMA SEMANA EU ERA UMA VISITA ASSÍDUA NAQUELE HOSPITAL NÃO PODIA CONTINUAR A CHAMAR ELE DE SENHOR DESCOBRIR QUE ELE SE CHAMAVA MIGUEL, TAMBÉM DESCOBRI QUE NÃO TINHA FAMÍLIA, IA SEMPRE VÊ-LO MAS ELE CONTINUAVA IMÓVEL, SEM SE MEXER ELE PARECIA A ESTATUA, OS MÉDICOS NÃO SABIAM SE ELE IRIA ACORDAR, MAS EU TINHA FÉ NISSO.)
(SALA SHIRLEI)
(TOCA OTELEFONE)
R-BOA TARDE, ESTOU A FALAR COM A SRA. SHIRLEI.
S- SOU EU
R- E DO HOSPITAL, O SENHOR MIGUEL, JÁ SAIU DO COMA E QUER VÊ-LA
S- ESTOU A IR PARA AI.
(DESLIAGA O TELEFONE)
(ENTRA FELIPE)
F- SHIRLEI?
S- AI FELIPE QUE SUSTO, CARAMBA.
F- PORQUE VOCÊ NÃO ME CONTOU QUE QUASE FOSTE ATROPELADA, TIVE QUE SABER PELO BETO.
S- EU AGORA NÃO TENHO TEMPO PARA CONVERSAS, MAS SE ME LEVARES AO HOSPITAL EU TE CONTO.
F- ISSO E UM CONVITE?
S- E, ANDA LOGO, O SENHOR MIGUEL SAIU DO COMA.
(ELES SAEM)
(HOSP.SAUDADE)
S- BOA TARDE.
R- VEM ELE ESTA A SUA ESPERA.
(ELA INDICOU O CAMINHO, CHEGAMOS LA NO QUARTO ELE ESTAVA SENTADO, NA CADEIRA, OLHAR PARA TODO LADO COMO SE ESTIVESSE NUM TÉDIO)
(QUARTO SR.MIGUEL.)
E - SR. MIGUEL ESTA AQUI A SUA VISITA.
M- MUITO OBRIGADA.
(ELA SAI)
M- VOCÊ... VOCÊ SALVOU A MINHA VIDA
(MIGUEL SE EMOCIONA)
S- VOCÊ SALVOU A MINHA PRIMEIRA.
M- VOCÊ SALVOU A MINHA VIDA, PORQUE TUDO O QUE FEZ POR MIM ALÉM DE ME DOAR SANGUE, ME VIR VER, FORAM AS SUAS HISTÓRIAS, AS SUAS GARGALHADAS E O SEU MODO DE VIVER A VIDA.
S- NÃO DIGA ESSAS COISAS.
M- E ESSE AI QUEM É?
F- ME CHAMO FELIPE
M- PRAZER EM CONHECER VOCÊ
S- VOCÊ SE LEMBRA DO DIA DO ACIDENTE?
M- SIM, LEMBRO ... EU LEMBRO QUE TU VINHAS MUITO DISTRAÍDA, OS TEUS PENSAMENTOS ESTAVAM MUITO LONGES... TAMBÉM ME LEMBRO QUE O CARRO ERA PRETO, ERA UMA MULHER LOIRA, E DEPOIS SÓ ME LEMBRO QUE TE EMPURREI, SHIRLEI.
S- LOIRA?
F-TEM CERTEZA SENHOR MIGUEL?
M- TENHO SIM, ELA HOJE TEVE AQUI ELA DEU DINHEIRO A UMA ENFERMEIRA PARA ME MATAR, MAS ELA NÃO ACEITOU, O ENVELOPE QUE ESTA ALI E DELA.
S- NÃO. NÃO... A ÚNICA LOIRA QUE EU CONHEÇO QUE ME FAZ A VIDA NEGRA...
F- JÉSSICA.
S- DROGA, PATRICINHA.
M- CALMA, PODIA NÃO TER SIDO ELA, MAS SE EU A VIR DE NOVO EU A CONHEÇO.
F- ELA PASSOU DOS LIMITES, MAS NÃO SABEMOS SE É ELA.
S- TANTA MALDADE.
(CHEGA A ENFERMEIRA)
E- O SENHOR TERÁ ALTA HOJE.
M-OBRIGADA.
(SAI ENFERMEIRA)
S-QUE BOM!
F- EU POSSO LEVA-LO ONDE QUISER.
M- OBRIGADA, MEU FILHO EU TENHO UM AMIGO QUE ME VAI AJUDAR, AH JÁ NÃO ME LEMBRAVA EU PERDI O MEU TELEMÓVEL.
F- EU DEIXEI MEU NA PERIPÉCIA
S- EU TAMBÉM, JÁ SEI, VOCÊ VEM COM A GENTE E LIGA DE LÁ, BOA?
M- SIM, MUITO OBRIGADA, A VOCÊS DOIS.
(SENHOR MIGUEL TEM ALTA E VÃO ATE A PERIPÉCIA)