O Túmulo de Jeremy Rily (Livro 2)

a raiva

-- Ela é uma grande vaca! – Jeremy falou sentado na cadeira a minha frente. – Quem ela acha que é pra bater em você desta forma? – Ele me olhou curioso. – Você quer que eu entre no corpo dela? Ela não vai suportar e vai acabar morrendo. – Falou maliciosamente.

Revirei os olhos com a proposta. A policial me machucou, mas não era culpa dela, o verdadeiro culpado estava em minha frente bolando planos para mata-la.

-- Chega de mortes Jeremy. – Falei serio.

Ele deu de ombros.

-- Você tira a graça de tudo maninho.

-- Não é matando-a que vamos resolver as coisas.

-- E como seria então?

-- Provando que foi você quem matou todas aquelas pessoas.

Ele olhou para o teto como se estivesse pensando em algo.

-- Você tem razão.

Levantei os olhos surpreso com suas palavras, eles estava me dando razão mesmo, ou era apenas mais uma de suas piadas?

-- Precisamos achar uma forma de inocentar você. – Qual era o objetivo dele com isso? Desde quanto ele começou a pensar em mim? Em qual momento entre ontem e hoje Jeremy Rily se tornou um pessoa, ou melhor, um fantasma bom? – Afinal, eu não quero ficar sendo perseguido quando eu estiver ai dentro. – Ele apontou para a minha cabeça.

Revirei os olhos.

Claro que não era em mim que ele estava pensando.

Ele riu ao notar a minha reação.

-- você não achou que eu estava pensando em você, certo?

-- Em nenhum segundo Jeremy. – Respondi o olhando com certo desprezo.

Jeremy apenas riu.

-- Tudo bem. – Falou depois de um tempo. – Se não posso matar, então... Você pode usar a sua influencia.

Seria uma boa ideia, isso se eu soubesse como se usava aquele dom. eu não fazia a mínima ideia de como controlar e havia usado apenas duas vezes. Não sabia como tudo isso funcionava.

-- Ok! – Ele se pronunciou antes de eu dizer alguma coisa. – Você não sabe como se usa. – Riu com o canto da boca. – E é por isso que eu estou aqui, para resolver os seus problemas.

Olhei com um pouco de ódio para ele, afinal o meu principal problema era ele, o outro problema era a mãe dele, o outro era a prima dele, enfim, tudo girava entorno dele.

-- Então senhor resolução dos meus problemas, qual é o seu plano?

-- Vou ensinar você a usar o seu dom.

Por que ele faria isso? O plano de Catarina até aonde eu havia entendido era usar a policia para chegar até mim, ela criou uma espécie de exercito particular, ao enganar todo mundo fazendo-os acreditar que eu era um assassino e assim que eu estivesse preso ela viria até mim sem dificuldade alguma. Agora lá estava eu em uma sala fechada e algemado, apenas a espera de sua chegada e o mais interessado em tudo aquilo queria me libertar? Qual era o real objetivo de Jeremy Rily?

-- Por que faria isso? Era o que vocês queriam, certo? – Ele me olhou com um pouco de duvida, então tentei ser mais claro. – que eu fosse preso, esse era o objetivo, por que quer me ajudar?

-- Sim, queríamos, mas se você continuar aqui com aquele ogro em forma de mulher, não vai restar corpo algum pra eu habitar.

Balancei a cabeça negativamente revirando os olhos. Jeremy parecia se divertir com aquilo, ele era tão egoísta e seus motivos eram os mais idiotas possíveis.