Livro 5
Uma menina órfã que é adotada pela família real e descobre que ser da realeza nem sempre tudo é flores, decide se afastar do castelo para viver na fazenda onde sua tia morou e essa viagem faz com que ela encontre o verdadeiro amor.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
No domingo acordei cedo, saí de casa decidida ir a igreja, coisa que fazia tempo que não ia por livre e espontânea vontade. No caminho foquei em meu destino não me atrevi a olhar para nada que me distraísse pois tinha eu mania de ficar conversando e não chegar na igreja.
Chegando na igreja procurei me esconder num cantinho reservado, queria tão somente ouvir a palavra de Deus e ter certeza que eu estava fazendo a coisa certa. O pastor é muito jovem ainda e foi recentemente enviado para nossa igreja pelo meu pai. As palavras dele pareciam que era só para mim, sabe quando você acha que está sozinha e o pastor falando diretamente para você?
O que ele dizia entrava dentro de mim e me cortava em pedaços. Foi nesse dia que tomei conhecimento sobre a vida de Ruth. Nossa como amei aquela mulher, sua história de fidelidade em terra e tempos difíceis. Ao término do culto observei que as pessoas se abraçavam e se cumprimentavam desejando coisas boas umas para as outras. Era verdade o que Ryan dizia que o povo de Deus é diferente. Tomei a decisão de fazer parte desse povo.
- Bom dia princesa Nataly.
Virei-me para ver quem me chamava assim, e vi que era o pastor.
- Bom dia Pastor. - falei. - Porque me chamou assim? - eu precisava fazer tal pergunta, no vilarejo ninguém sabia do meu título e acredito que meu pai não tenha contado a ele.
- Por você ser uma princesa ou estou enganado? - disse ele me dando o braço para eu o acompanhar.
Aceitei o braço que me era oferecido e foi quando eu o olhei.
- Eu lhe conheço? - questionei achando ele parecido com alguém.
- Talvez. Mas me diga porque demorou tanto a vir na igreja?
- Não sei. Eu tenho algo para lhe dizer. - Precisava saber como ele sabia tanto de mim.
Olhei em volta para ver se via Gui ou Ryan que diziam que sempre vinha aqui e não vi ninguém. Continuei acompanhando aquele jovem, intrigada com o que ele sabia.
- Como vai a sua tia Karla? Vamos entrar no gabinete e podemos conversar.
- Sabe o nome da minha tia? - paramos e vi que estava na frente da sala pastoral. Como sabe tanto de mim?
- É sério que não me conhece? - ele disse rindo, o que me incomodou mais ainda.
- Não senhor, temo que o senhor esteja sendo descortês com tanto mistério.
- Ora essa, quando fez cocô dentro de meu sapato não foi descortês?
- Paul? É você mesmo? - minha nossa eu não havia conhecido ele, como mudou.
- Percebo que só fez tal ato com uma única pessoa. - disse alargando o sorriso e me abraçando.
Fazia muito tempo que não nos víamos e era bom sentir o abraço dele tão perto de novo. Ele estava alto e forte, havia uma leve barba querendo voltar ao rosto, mesmo sabendo que ele deveria ter se barbeado recentemente.