Capítulo 17

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No domingo acordei cedo, saí de casa decidida ir a igreja, coisa que fazia tempo que não ia por livre e espontânea vontade

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No domingo acordei cedo, saí de casa decidida ir a igreja, coisa que fazia tempo que não ia por livre e espontânea vontade. No caminho foquei em meu destino não me atrevi a olhar para nada que me distraísse pois tinha eu mania de ficar conversando e não chegar na igreja.

Chegando na igreja procurei me esconder num cantinho reservado, queria tão somente ouvir a palavra de Deus e ter certeza que eu estava fazendo a coisa certa. O pastor é muito jovem ainda e foi recentemente enviado para nossa igreja pelo meu pai. As palavras dele pareciam que era só para mim, sabe quando você acha que está sozinha e o pastor falando diretamente para você?

O que ele dizia entrava dentro de mim e me cortava em pedaços. Foi nesse dia que tomei conhecimento sobre a vida de Ruth. Nossa como amei aquela mulher, sua história de fidelidade em terra e tempos difíceis. Ao término do culto observei que as pessoas se abraçavam e se cumprimentavam desejando coisas boas umas para as outras. Era verdade o que Ryan dizia que o povo de Deus é diferente. Tomei a decisão de fazer parte desse povo.

- Bom dia princesa Nataly.

Virei-me para ver quem me chamava assim, e vi que era o pastor.

- Bom dia Pastor. - falei. - Porque me chamou assim? - eu precisava fazer tal pergunta, no vilarejo ninguém sabia do meu título e acredito que meu pai não tenha contado a ele.

- Por você ser uma princesa ou estou enganado? - disse ele me dando o braço para eu o acompanhar.

Aceitei o braço que me era oferecido e foi quando eu o olhei.

- Eu lhe conheço? - questionei achando ele parecido com alguém.

- Talvez. Mas me diga porque demorou tanto a vir na igreja?

- Não sei. Eu tenho algo para lhe dizer. - Precisava saber como ele sabia tanto de mim.

Olhei em volta para ver se via Gui ou Ryan que diziam que sempre vinha aqui e não vi ninguém. Continuei acompanhando aquele jovem, intrigada com o que ele sabia.

- Como vai a sua tia Karla? Vamos entrar no gabinete e podemos conversar.

- Sabe o nome da minha tia? - paramos e vi que estava na frente da sala pastoral. Como sabe tanto de mim?

- É sério que não me conhece? - ele disse rindo, o que me incomodou mais ainda.

- Não senhor, temo que o senhor esteja sendo descortês com tanto mistério.

- Ora essa, quando fez cocô dentro de meu sapato não foi descortês?

- Paul? É você mesmo? - minha nossa eu não havia conhecido ele, como mudou.

- Percebo que só fez tal ato com uma única pessoa. - disse alargando o sorriso e me abraçando.

Fazia muito tempo que não nos víamos e era bom sentir o abraço dele tão perto de novo. Ele estava alto e forte, havia uma leve barba querendo voltar ao rosto, mesmo sabendo que ele deveria ter se barbeado recentemente.

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