Livro 5
Uma menina órfã que é adotada pela família real e descobre que ser da realeza nem sempre tudo é flores, decide se afastar do castelo para viver na fazenda onde sua tia morou e essa viagem faz com que ela encontre o verdadeiro amor.
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Na sexta feira seria a festa de noivado pedi que fosse apenas para os amigos mais íntimos, eu não via Guilherme desde o jantar e nem perguntei por ele. Me obriguei a ir para essa festa e o vestido que mamãe me mandou eu rejeitei e usei um vestido preto. Não precisava comemorar nada, eu estava com meu coração em luto.
Ao me ver descendo as escadas, todos me olharam com cara de espanto e fizeram uma reverência à minha chegada. Guilherme veio ao meu encontro e eu sussurrei:
- Não fale comigo, só cumpra o protocolo.
- Não se preocupe, eu não ia dizer nada.
Segura em minha mão e me leva até a frente das mesas que estão expostas ali para o jantar.
- Nataly Thompson Maia, é com alegria que oficializo nosso noivado e anuncio que nos dentro de um mês será o casamento. Obrigada por se tornar minha esposa e juntos ajudarmos os reinos.
Se ajoelha e deposita o anel de noivado em minha mão. Ele não pediu, não havia o que pedir, estávamos casando por sermos um selo de paz e não amor.
Todos sentaram e foram se servindo após aplaudir as palavras dele, eu me limitei a sorrir amarelo. Recebo olhares fulminantes de minha mãe e procuro a ignorar.
- Mesmo de luto está muito bonita essa noite. - ele diz quando estamos comendo.
- Obrigada, nessa mesa, só estamos nós dois, não precisamos fingir nada.
- Nataly eu nunca fingi um elogio a você. - ele falou ofendido.
- Eu os aceitava quando o conhecia como amigo, mas esse Guilherme eu não sei quem é.
Seguiu o jantar na mais pura calmaria, ao longe eu podia sentir o olhar dos meus pais para mim. Felizmente dispuseram as mesas por casais se não eu teria ouvido poucas e boas.
Após o jantar fomos para um espaço no meio do jardim organizado para danças e o imperador me pediu a minha primeira dança.
- É uma moça muito diferente, senhorita Nataly. - comentou ele quando a dança começou.
- Não vejo porque.
- Não são todas as jovens que vem para o seu próprio noivado de vestido preto.
- Acredito que as jovens que viu estavam se casando por amor ou tivessem feliz pelo acordo, não é o meu caso imperador.
- Mas nós achamos que vocês dois...
- Nós éramos amigos e isso já não existe mais.
Ao término da dança com ele, ainda dancei com meu pai, meu irmão e um conselheiro já bem idoso. Por último era a dança com o noivo. Ficaram todos parados olhando para a gente valsar pelo tapete vermelho.
- Não vai me perdoar não é mesmo?
- Me fez algo para que o perdoe meu noivo? Temo estar lhe conhecendo hoje.
- Como quiser Nataly, como quiser.
Ficamos calados o resto da dança e ao terminar pedi permissão para me recolher. Meu pai concedeu, mas é claro que minha mãe não deixaria barato. Antes de eu entrar no meu quarto ela fala:
- O que pensa que está fazendo? Me envergonhou essa noite com esse vestido Nataly.
- Não penso estar fazendo nada. Queriam que eu casasse, irei casar e hoje foi a prova que não vou recuar. Só não me peça para ser feliz e me vestir como se estivesse.
- Precisava ir toda de preto?
- Não adianta mamãe eu vestir rosa, lilás, azul seja lá qual cor e meu coração estar negro.
- Nataly, todo mundo pensava que era o que vocês dois queriam, ele foi pedir sua mão ao seu pai um dia desses.
- Ele foi para tentar me impedir de casar com um estranho. Mas ele esqueceu que o único estranho aqui é ele. Licença mãe vou entrar.
- A partir de amanhã terão a agenda juntos, isso inclui alguns eventos e por favor não tente fazer besteira. - mamãe me deu as costas e saiu pisando duro.
Bati a porta do quarto com muita raiva, fui logo me descabelando.
- Por favor não tire a roupa.
- Ai que susto! Ryan vai me matar um dia.
- Só queria saber como foi lá embaixo.
- Não imagina pela minha cara?
- Nataly eu acho...
- Não Ryan, não venha defender seu amigo babaca. Você deveria ficar ao meu lado e me entender, mas após o jantar foi estar ao lado dele e só hoje vem atrás de mim.
- Com licença, nos falamos depois. - ele saiu batendo a porta atrás de si.
Gostaria de esquecer essa noite. Ter que ver o homem que eu imaginei que talvez me amasse e que agora sei que o amo me tratar como um acordo, era difícil. Me dirigi até a agenda e pude perceber que mamãe já havia feito as devidas mudanças. Pelo visto já teríamos a visita à periferia amanhã à tarde.
- "Deus por favor me ajude, como devo me portar com ele?"
Me joguei na cama e estava virando moda eu não me trocar para dormir. Preciso da tia Karla comigo.
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