Livro 5
Uma menina órfã que é adotada pela família real e descobre que ser da realeza nem sempre tudo é flores, decide se afastar do castelo para viver na fazenda onde sua tia morou e essa viagem faz com que ela encontre o verdadeiro amor.
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Era chegado o dia do baile de Dalila, eu iria me arriscar ir com Ryan, haviam muitas regras na nossa sociedade e uma jovem não ir a bailes sem debutar era uma, eu estava torcemos que Gui consiga ir, não sei porque estou com a sensação de que tudo dará certo. Mas tudo bem, vamos nos arrumar na casa de Rebeca para o baile, eu não poderia deixar minha tia me impedir de ir, mesmo sendo legal é uma mulher conservadora e poderia tentar me impedir.
Na ida para a casa de Rebeca vejo a carruagem real passando e me dá um asco. Tenho absolutamente horror ao rei Augustus e tudo que ele representava. Pelo que eu sei ele é rei dessa província e isso incluía nossa bela cidade e deve ser ele que queira proibir a realeza de viver aqui, mas eu precisava crer que ele iria ser detido um dia e que iria pagar por tudo que fez a meu amigo. Penso nele e fico triste, tenho muito carinho por ele.
Dalila estava linda em seu vestido rosa, combinando com seus lindos cabelos negros que estavam com leves cachos caindo-lhe pelos ombros, já a sapeca da Rebeca havia colocado um belo vestido verde que lhe realçava os cabelos cor de mel e olhos claros. Eu optei por um vestido preto de alça mais ousada, para disfarçar que seja eu, já que sempre procurava ser o mais recatada possível. Dalila alisou meu cabelo para tirar os suaves cachos que tinha e resolvi guardar meu colar para não ser descoberta através dele.
Eu não sabia que meu pai estaria no baile e que iria vir para me levar com ele. Mas fui avisada da presença dele na biblioteca da casa de Dalila quando chegamos e assim que uma criada avisou que estávamos prontas.
- Pai, que bom que está aqui. - disse abraçando ele.
- Filha, após ler sua carta e constatar que tinha razão em suas palavras não poderia deixar de não vir. Mas você não deveria estar aqui.
- Eu não poderia faltar papai, é uma das minhas amigas e vou tentar impedir de Guilherme fugir. - disse.
- Não gostei do decote desse vestido. - disse papai me olhando por trás da máscara.
- Sinto muito pai, mas não podia usar roupa que me denunciasse.
- Onde está seu colar? - perguntou também.
- Era outra coisa que iria me delatar. Eu não deveria vir a esse baile, mas Dalila é uma boa amiga e eu não poderia faltar.
- Você tem um bom coração. - disse sorrindo.
- E a gravidez da mamãe? - perguntei.
- Está recente, o que lhe deixa um tanto enjoada as vezes.
- E Davi? - perguntei por fim, por ele.
- Ficou tomando conta de tudo por lá, tem se tornado um homem tão bom.
- Bom, então tem algo que eu deva saber sobre Gui? Quais seus planos para o ajudar? - perguntei olhando para meu pai.
- O pai dele tem jogado e apostado, já perdeu muito dinheiro e já tentou apostar até o filho como escravo.
