Os dias passavam rápido e eu não estava envolvida nos preparativos do casamento como havia sido antecipado havia muito a fazer, mas essa tarefa ficou a cargo de minha mãe. Não fugi mais com Davi nem conversei com Ryan que não me procurou para conversar nunca mais. Guilherme eu via só nas refeições e percebia que ele me evitava. Era melhor que fosse assim.
Eu não desabafei com a tia Karla, por causa dos rebeldes, o imperador refugiou todos do vilarejo num convento para proteger dos ataques. Fiquei muito triste mas concordo que foi melhor assim.
Estou praticamente enlouquecendo com a ansiedade de chegar o dia do casamento, quero ver como serão dois ex amigos morando no mesmo palácio. Vou para o almoço nesse exato momento e após isso tem visita no hospital. Não vejo por que ir visitar um hospital tem que estar nós dois juntos, eu poderia ir só.
- Nataly, no hospital entregue esse título da doação para a diretora Penha, tudo bem? - papai diz me entregando um papel.
- Sim papai, pode deixar. - olho para Guilherme que confirma com a cabeça.
Saímos e ele me ajuda a subir na carruagem.
- Estou pensando em quando chegarmos em Lusoc eu mandar buscar minha irmã e ela ser educada em casa que acha?
- Ótima ideia assim podemos dar carinho a ela visto que nunca teve.
- Obrigada por apoiar. - ele diz e olha para fora da carruagem.
- Guilherme. - chamei um pouco receosa.
- Pois não? - ele parece um robô às vezes.
- Não precisa ser assim. Digo que a gente pode conservar a amizade.
- Não fui eu quem disse que não quer. - ele me encara.
- Você tem o dom de me aborrecer as vezes, eu fico com raiva e digo o que não queria dizer.
- Nataly, na frente das pessoas serei o rei e seu marido, prometo lhe respeitar muito. Mas quando estiver só nós dois é melhor deixar como está, toda vez que tentamos conversar pioramos as coisas. Como disse, a amizade acabou.
Segurei as lágrimas para não chorar. Não na frente dele. Como não conhecia esse Gui tão frio e gelado? Ainda bem que o percurso foi pequeno e logo chegamos ao hospital. Engraçado que esse hospital tem o nome da casa de apoio que vivi.
- Nataly? Está tudo bem? - Guilherme me acorda dos meus pensamentos com a mão em minha direção para eu descer.
- Sim, tudo bem.
- É o nome do hospital não é?
Por um momento vi meu amigo ali na minha frente.
- Sim, papai colocou o mesmo nome da casa de apoio.
- Seu pai é um homem maravilhoso, desejo ser rei como ele é.
Aí eu pensei. Esposo e pai também? Mas me calei e já havíamos chegado na porta. Fomos recepcionados pela diretora Penha que foi muito cordial e tecia altos elogios aos meus pais. Eu não sabia que minha mãe vinha antes da gravidez uma vez por semana ajudar aqui. Esse era o hospital infantil que atendia as crianças e jovens. Visitamos cada ala e salas de atendimento e eu estava encantada com o trabalho deles ali.
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Encontrando o amor de Deus
SpiritualLivro 5 Uma menina órfã que é adotada pela família real e descobre que ser da realeza nem sempre tudo é flores, decide se afastar do castelo para viver na fazenda onde sua tia morou e essa viagem faz com que ela encontre o verdadeiro amor.