Capítulo 12

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No dia que minha mãe voltaria ao Castelo com meu irmão Davi eu pude ir morar na fazenda

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No dia que minha mãe voltaria ao Castelo com meu irmão Davi eu pude ir morar na fazenda. Me senti triste em me separar deles, mas no fundo eu sabia que seria bom para mim. Agora estou na juventude e a vida na fazenda de tia Karla era tudo de bom, eu podia correr, brincar, pular e ajudar em casa. Tia Karla era uma duquesa que havia nascido princesa e por ter se apaixonado por um rapaz simples foi reduzida a duquesa.

Nós duas costumávamos conversar perto da lareira, fazer caminhadas e cavalgadas. Eu vim para cá sem Ryan ele estava fazendo um tipo de treinamento, meu pai quer o transformar em chefe da guarda. Nossa despedida foi triste, mas eu sabia que não seria eterna e que um dia eu ia me orgulhar muito dele.

Sinto falta de Davi e de meus pais, porém aqui eu não sou diferente, não sou bastarda, eu sou apenas Nataly, estudo na escola do vilarejo e participo das reuniões do clube das flores, um tipo de encontro que tia Karla faz nos jardins.

Quase todo dia eu escrevo para Ryan e Davi, eles são os dois homens da minha vida. Nós contamos tudo um para o outro. Hoje à tarde eu tenho que ir às compras com a tia Karla, já sei que é dia para me divertir.

- Está pronta querida? - pergunta ela entrando no meu quarto.

- Sim, tia que acha? - pergunto girando, isso ela sempre faz comigo.

- Cada dia mais linda meu amor.

- Vamos às compras? - pergunto dando o braço para ela.

Na cidade achamos estranho estar alvoroçada, tudo muito cheio de gente, ruas enfeitadas com bandeirolas e balões.

- Boa tarde Paulo, o que há de novo na cidade? - pergunta tia Karla se aproximando do padeiro.

- A senhora não sabe? O príncipe Guilherme filho do rei Algustus irá passar uma temporada na nossa cidade, dizem que está doente e precisa de repouso.

- Humm, acho que teremos bailes no futuro. - disse tia Karla pensativa, me olhando estranho.

- Porque acha que ele vai participar de bailes? Não está doente?

- Mas tem que cumprir protocolo e como duquesa irei a todos e você minha cara irá comigo.

- Tia eu fugi disso na corte. - disse com uma careta.

- Eu sei linda, mas aqui será diferente, você vai gostar.

- Tudo bem tia, não vamos discutir.

Resolvemos tudo que fomos resolver e titia fez questão de me comprar vestidos de baile. Eu desconfio que ela tenha esperança de me achar um noivo nesses bailes.

No dia seguinte eu recebi um telegrama de Ryan dizendo que se formou e que estava vindo pois um amigo tinha um emprego para ele aqui perto de mim. Claro que eu fiquei animada, ver meu irmão novamente seria maravilhoso.

- Tia Karla, recebi um telegrama do Ryan, está vindo pra esses lados trabalhar. - digo na hora do almoço.

- Que maravilha, teremos uma presença masculina nessa casa. - ela diz dando uma garfada na comida.

- Ele poderá ocupar um quarto de empregado tia, escolha qual.

- Tudo bem aquele quarto de empregado vizinho ao meu acho que esta bom para ele. - ela diz sem me olhar.

Eu gosto da minha tia, porque ela é como meus pais, pé no chão, cumprimenta todos, não importa o nível.

- Após o almoço vou até a livraria, ontem esqueci de um livro que quero ver se chegou, vem comigo?

- Vou sim tia, aproveito para enviar um telegrama dizendo a Ryan que ficará conosco.

- Ótimo, então mande por favor preparar a carruagem.

- Agora mesmo majestade. - Faço uma reverência e minha tia me estira a língua.

- Tia, isso não são modos de uma duquesa. - falo rindo.

- Vou te jogar da carruagem. - ela grita, pois eu já ia longe.

Minha tia não é nova, mas é uma mulher madura, bonita e conservada. Tem cabelos pretos e um semblante parecido com uma asiática. Dizem que ela puxou a mãe que veio daqueles lados.

Quando chegamos ao centro, ela foi até a livraria e eu me dirigi ao correio.

- Boa tarde senhorita, estou perdido pode me ajudar a encontrar a confeitaria? - viro-me para olhar quem era.

- Com certeza, estou pagando aqui e irei me encontrar com minha tia lá, se quiser pode me acompanhar. - falo olhando para o jovem à minha frente.

- Se não for lhe incomodar, pois não conheço a cidade ainda.

- Daqui para a confeitaria ao chegar lá terá andado toda a cidade. - rimos juntos.

- Me chamo Guilherme, desculpa não me apresentar.

- Guilherme de príncipe Guilherme? disse com um ar de dúvida.

- Sinto lhe dizer que está certa, mas não gostaria de ser reverenciado ou coisa assim. Na verdade estou fugindo de tudo que me remete a realeza.

- Somos dois, me chamo Nataly, podemos ir andando se desejar.

Eu fiquei olhando aquela pessoa tão simples na minha frente, roupa simples, chapéu simples e jeito ainda mais simples. Pude crer que muitos fogem da realeza e com toda razão as minhas experiências com ela não foram nada agradáveis.

- Se não ficar chateada, a joia que está usando é exclusiva não é?

- Sim, foi minha mãe que me deu a muitos anos, é única como eu, ela disse.

- Devo concordar com sua mãe.

- Olha aqui Guilherme, eu não me importo de sermos colegas, mas se começar com elogios não medirei esforços para mostrar meu lado menos populoso. - eu disse olhando feio para ele.

- Calma senhorita, só quis ser gentil. Não está mais aqui quem falou. Já estou até lhe achando feia. - fala sorrindo.

Ficamos uma parte do caminhar calados, não me sentia confortável com um homem perto de mim que não fosse Ryan e embora a gracinha dele tenha me dado vontade de rir eu me segurei.

- Eu aceito. - ele diz depois de um tempo.

- Aceito? - forcei a mente, eu não sabia o que ele aceitava.

- Ser seu colega. Não conheço ninguém aqui e a senhorita não se espantou pelo fato de eu ser um... um você sabe o que.

- Claro que não me espanta, és um príncipe e não uma múmia.

Ele riu e eu não achei graça. Finalmente chegamos e vejo minha tia arregalar os olhos ao nos ver juntos. Pelo visto já sei que ela o conhece.

- Duquesa Karla, é um prazer lhe rever. - ele diz fazendo uma reverência.

- Prín...

- Tia eu estou atrasada? - falo alto para lhe interromper. - Tia ele não quer ser reconhecido. - falei essa parte mais baixo.

- Perdão, Guilherme, mas é melhor ser chamado de Gui. - ela disse-lhe dando a mão.

Ele depositou um beijo na mão de minha tia e se despediu de mim agradecendo a carona.

Ele depositou um beijo na mão de minha tia e se despediu de mim agradecendo a carona

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