Capítulo 25

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Não sei onde aprendi a orar tanto assim, mas já faz dois dias do jejum e não saio do quarto, passo o dia quase todo ajoelhada orando ou lendo a palavra de Deus

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Não sei onde aprendi a orar tanto assim, mas já faz dois dias do jejum e não saio do quarto, passo o dia quase todo ajoelhada orando ou lendo a palavra de Deus. Faço uma única refeição no dia que é o jantar, o restante eu rejeito e minha serva prometeu me encobrir para que minha mãe não perceba que tenho jejuado.

Eu praticamente devorei o livro de Ester em um dia, estava cada dia mais esperançosa que meu pai atendesse meu pedido de não me casar. Meu plano B seria fugir, mas eu nunca havia contado com Deus para nada, ou pelo menos nunca havia orado pedindo a ele que agisse por mim, sempre me senti incapaz que ele me atendesse, só que agora era diferente, eu sentia que foi Ele quem colocou no meu coração e vou até o fim.

Não cheguei a ver Guilherme no outro dia e Ryan tem vindo muito pouco aqui. Pelo que pude ouvir de minha serva que César chegará aqui no mais tardar na terça, foi o que fiquei sem entender.

- Está ocupada? - minha mãe disse ao entrar.

- Só lendo um pouco.

- Tenho sentido sua falta na mesa junto conosco.

- Tudo ao seu tempo mamãe.

- O que esconde de mim?

- Nada mãe, só não tenho vontade de descer para nada.

- Nem tudo é o que parece ser filha. Eu confio de olhos fechados no seu pai.

- Sabe quem é o meu pretendente?

- Não posso passar essa informação, mas sei que será o melhor de Deus para sua vida.

- O pai dele virá na frente?

- Não sei filha, não posso encher seu pai de perguntas.

- Tem se sentido bem? E sua gravidez?

- Sim meu amor eu estou bem, às vezes esqueço que estou grávida e me pego fazendo coisas que não devia. Boa noite.

- Boa noite mamãe. Te amo.

- Eu também te amo minha flor.

Quando ela saiu eu fui para os pés daquele que poderia me ajudar. Não estava entendendo mais nada, o que o tal imperador estava metido no meio?

Bom passados os três dias de jejum e oração onde eu não tirava a camisola, nem me arrumava e ficava em meu quarto quase o tempo todo. Levantei, tomei um banho caprichado, me arrumei e fui em direção a sala de meu pai. Eu sabia que ele não gostava que nós da família entrássemos em sua sala quando ele estivesse com os conselheiros, mas eu precisava tentar.

- Majestade a princesa Nataly deseja lhe falar. - ouvi quando o lacaio me anunciou.

- Nataly? - ele ficou surpreso. - Mande entrar.

Entrei um pouco temerosa do temperamento dele naquela hora, quando o olhei estava em seu trono e muitos homens ao seu redor. João o secretário dele piscou para mim me passando força.

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