Capítulo 22

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Não tinha como não estar ansiosa com o que iria acontecer comigo nesse dia, fazia uns dias que havíamos chegado e me ocupei precisamente em ir para a igreja com minha mãe, cavalgar com meu irmão e arengar com meu pai

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Não tinha como não estar ansiosa com o que iria acontecer comigo nesse dia, fazia uns dias que havíamos chegado e me ocupei precisamente em ir para a igreja com minha mãe, cavalgar com meu irmão e arengar com meu pai. Eu estava feliz em estar no palácio, pela primeira vez eu me sentia bem ali. Era como se realmente fosse minha casa.

Já estava me preparando para a minha noite triunfal, acho que minha mãe estava mais nervosa que eu. Não sabia como agir comigo e dizia repetidas vezes que me amava. Meu vestido era simplesmente lindo. A cara da perfeição eu não pude não amar meu vestido.

Então pra resumir meu dia se limitou em banhos, penteados, massagem, retoque disso ou daquilo até que cinco horas eu estava pronta para o culto.

Optei por um tomara que caia branco para meu culto de ação de graças que seria antes do baile. Ao ver o Pastor Flávio e todos os outros meninos e meninas da casa Raio de Luz, meu coração deu uma descompassada e tive que me segurar para descer as escadas sem acreditar no que via. Pastor Flávio após o culto ficou horas me lembrando das histórias de quando me encontrou sentada no batente da porta. Falava sem parar e por vezes nos fazia rir com as lembranças.

Me retirei para poder me arrumar e colocar meu vestido vermelho e branco, meu cabelo que ligeiramente estava solto à tarde eu o prendi em um coque ligeiramente frouxo e não quis a coroa preferi um enfeite.

Na hora marcada por meu pai estava eu na ante sala do salão de baile esperando a hora que ele me apresentaria. Não sei dizer o que sentia nesse momento, mas era nervosismo suficiente para querer retroceder. Porém, antes de eu amadurecer a ideia meu nome foi anunciado e eu teria que entrar. Mamãe, como havia me prometido, veio me buscar e entrou segurando na minha mão.

- Pessoal, é com muita alegria no meu coração que lhes apresento a minha filha Nataly Thompson Maia, princesa legítima de nosso reino e futura rainha pois já temos um príncipe que se casará com nossa menina. - dizia meu pai e eu fiquei surpresa com a atitude.

- Pai. - disse com vergonha.

- A partir de hoje ela estará em nossa sociedade como todas as jovens que debutaram com a mesma idade dela. - ele continuava, parecia que não via como eu estava vermelha.

Pude ouvir vários aplausos entre as pessoas. Após uma pausa, meu pai estendeu a mão para mim e me levou até o meio do salão. Tiramos a primeira valsa e eu estava emocionada.

- Obrigada papai.

- Pelo que?

- Por tudo que é para mim.

- Eu a amei desde o primeiro dia que a vi.

- Quem é o meu pretendente? Está aqui nesta noite?

- Na verdade, estou esperando ele confirmar para poder anunciar o nome.

- Eu o conheço?

- Creio que não.

Fiquei calada mas me questionava o motivo de um pai casar sua filha com um verdadeiro estranho. Nós dois dançamos mais uma valsa e ele me liberou para dançar com Davi.

- Está muito linda mana. - Davi falou ao me virar numa valsa.

- Não mais que um certo rapaz loiro.

- Sua boba. - ele disse corando.

- Davi, sabe quem é o rapaz que papai quer me entregar?

- Não, mas parece que é algo relacionado a estabelecer acordos.

- Então eu serei o selo de um contrato?

- Sinto muito Naty, mas foi o que ouvi.

- Você não tem culpa.

- Vamos nos divertir ao menos essa noite? - ele disse.

Ao terminar a valsa com ele não quis mais dançar com ninguém, eu estava estranhamente triste e sentia falta de meus amigos nesse baile. Imaginava como estaria Gui com Heloísa e as meninas.

Dei uma fugida do baile até o jardim, precisava de ar puro e fugir do barulho. Ao me aproximar ouvi que duas meninas conversavam e me escondi atrás de uma estátua para ouvir o que diziam.

- Não acredito que o rei teve a audácia de apresentar ela como princesa.

- Também pudera casou-se com uma rameira, adotou uma fedelha de rua o que esperava?

- Que ele tivesse ao menos o bom senso de deixar ela nos bastidores onde é o lugar das criadas.

Não aguentei mais ouvir, lágrimas começaram a cair e me retirei entrando pela cozinha para não ver ninguém que estivesse no baile.

- O que faz aqui? - perguntou Maria uma das criadas.

- Vou para meu quarto. - disse evitando que ela me olhasse e visse que chorava.

- Aconteceu algo?

- Não Maria obrigada, só estou indisposta. - me retirei porém, pude sentir que ela vinha em meu encalço.

- Por favor, senhorita, não está bem me diga o que houve para que eu tente ajudar a menina. - insistia ela.

- Oh Maria, nunca vai mudar não é mesmo? Nunca vão me ver como eu sou e sim a órfã que se veste de princesa.

- O que ouviu no salão de baile?

- Foi no jardim, duas princesas conversavam que eu não deveria ter tido um baile.

- São invejosas, temem que a sua beleza ofusque elas. Veja que estavam no jardim e não dançando com lindos garotos.

- Dizendo assim dá até pena delas.

- Está vendo? Até seu coração é melhor que o delas. Eu vi como foi criada, sei quem são seus pais e sei que és a mais amada das princesas do reino.

- Mas meu pai vai me trocar por um acordo de paz. - falei voltando a chorar.

- Às vezes não vemos o que tem atrás da porta se não abrirmos a mesma.

- Quer dizer para eu aceitar casar?

- Não. Eu quero dizer que deve aceitar descobrir quem é primeiro. Venha vamos tirar esse vestido e tomar um banho eu ficarei com você aqui até dormir.

- Obrigada, você é gentil.

- Eu sei o quanto você é valiosa, minha menina. - ela me olhava com ternura.

Tomei um banho, ela fez eu tomar chá e deitei, ela ficou afagando meus cabelos e cantando hinos até eu dormir.

Tomei um banho, ela fez eu tomar chá e deitei, ela ficou afagando meus cabelos e cantando hinos até eu dormir

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