Capítulo 10

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Era a coisa mais maravilhosa do mundo ter meus pais aqui comigo, como Ryan previa eles vieram me buscar, eu iria para o castelo morar com eles

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Era a coisa mais maravilhosa do mundo ter meus pais aqui comigo, como Ryan previa eles vieram me buscar, eu iria para o castelo morar com eles. Minha mãe me elogiava dizendo que eu havia crescido em apenas dois anos. Me trouxeram muitos presentes, aliás trouxeram presentes para todo mundo.

Meu pai mandou trocar cortinas, tapetes, e outras coisas da casa Raio de Luz e deu ordens a Marcos que passaria a ser o administrador da casa oficialmente, pois o pastor estava muito ocupado com as igrejas que vinha se espalhando.

- Mamãe, como vai ser no castelo? - perguntei enquanto ela me colocava para dormir. Agora ela usava roupas e joias tão bonitas e tinha um comportamento igual aos que Denise dizia que eu tinha que ter.

- Vamos morar lá, seu pai mandou colocar brinquedos e flores no jardim, vai estudar ainda com Denise e participará de algumas festas no castelo.

- Não tem criança?

- Não, minha linda, pelo menos por enquanto. Podemos ver se alguma criada tem filhas que dê para brincar com você.

- Tudo bem. - eu disse, mas estava muito triste.

- Nataly, eu também sinto falta daqui. Mas temos que seguir nosso caminho.

- Certo mamãe, eu vou me acostumar.

- Eu te amo princesa. - ela disse me beijando.

- Onde estão as mulheres da minha vida? - papai entrou se jogando na cama.

- Estamos bem aqui.

- Amanhã vamos viajar cedo, durma pois ainda preciso conversar com sua mãe sobre um negócio.

- Se eu ganhasse um beijinho ficava mais fácil dormir.

- Olha só, ela agora faz chantagem. - disse Clarissa fazendo cócegas em mim.

- Sempre fez, você que não conhece a peça aqui. - papai disse rindo.

Quando finalmente eles pensaram que adormeci, saíram de fininho do quarto deixando uma lamparina ligada para mim. Ao perceber que já haviam ido para a sala fui fazer aquilo que me era peculiar, ouvir atrás das portas.

Na sala... (com alguém ouvindo por trás de uma cortina.)

- Pastor, Marcos, Dona Florzinha, boa noite, pensei que já estavam todos deitados. - diz mamãe descendo as escadas.

- Precisamos conversar. - diz o papai sentando ao lado dela.

- Estão me assustando.

- Clarissa, eu temo que terão problemas futuros com Nataly. - o pastor fala.

- Que tipo de problemas? - ela indaga.

- Amor, eu quando decidi adotar Naty fiz por dois motivos. O primeiro que eu me apaixonei por ela e não queria que ela fosse adotada por ninguém. O segundo foi que eu sabia que iria te tirar daqui e que de todas as crianças você não iria querer deixar ela.

- Continuo sem entender o porque isso nos trará problemas.

- Na minha vida existem certas regras, tipo um lord tem que se casar com uma filha de outro lord, essas coisas. Para eu casar com você, meu pai burlou a lei, pois fez um edito que apenas para mim abriria uma exceção de casamento com uma plebeia. Por isso nós nos casamos após você ter assinado aquele acordo que diz que se eu morrer ou lhe deixar você só poderá casar-se com um príncipe.

- Onde entra Naty nisso? Seja direto.

- Nataly não poderá se casar com nenhum príncipe circunvizinhos a nós. Por causa do edito de meu pai. Ela também não poderá ir para a escola real como princesa. Só será aceita como dama real e isso eu não permitirei. Terá alguns bailes que ela não será bem vinda, dependendo da anfitriã.

- Pretende deixar ela aqui então? - Dona Florzinha fala pela primeira vez.

- De jeito nenhum! - mamãe se altera.

- Não, dona Flor, eu vou levar minha filha comigo, mas eu quero resolver com vocês como será daqui para frente. Estou pensando em educar ela em casa sem ir a escola, mas iria privar ela de estar com outras crianças.

- Tem outros problemas ainda. - disse o pastor.

- Fale pastor.

- Marcos disse que tem pessoas fazendo perguntas querendo saber quem foi a bastarda que vocês adotaram.

- Que absurdo. Não quero que ela seja chamada assim. - Philipe disse alterado.

- Tem mais. - disse Marcos.

- Não sabemos quem é, mas tem um homem rondando a fazenda, faz perguntas aos vizinhos e achamos que ele já sabe quem é a garota de vocês, pois já apareceu para ela duas vezes. Ela ficou com medo a primeira vez e me contou a segunda que fiquei observando de longe e ela entrou mas não disse nada ainda.

- Mas isso é um perigo! - disse mamãe se levantando. - Temos que reforçar a segurança aqui e partir o quanto antes.

- Clarissa, minha tia ofereceu para que ela fosse criada por ela na fazenda onde Sabrina morou um tempo. Ela seria educada junto com outras crianças e quando ela estivesse formada viria para nossa presença. - disse papai de cabeça baixa. - Isso evitaria ela ainda criança ser humilhada.

- Não quero me afastar dela, passamos três anos longe dela. - mamãe chorava. - A realeza tem que entender que ela carrega nosso nome.

- Infelizmente a corte é assim, quem vê de fora não imagina tanta coisa que ela carrega de errado. Por isso existem os rebeldes querendo acabar com a monarquia. - O pastor falava.

- Eu tenho uma ideia. - disse Marcos. - E se vocês levassem Ryan junto? Eles são unha e carne e como ele é mais velho saberia proteger ela.

- Poderia ser educado na escola para guardas. - disse papai.

- Gente, iremos sacrificar uma criança para proteger a outra. - Dona Florzinha disse.

- Seria mais um a ser esculachado por essa sociedade nojenta. Pela primeira vez me envergonho de ser rainha.

- Amor, não diga isso, vamos fazer a diferença, você verá.

- Tenho uma sugestão. - diz o pastor. - Levem Ryan, que já me confidenciou que iria pedir a Philipe para ir ser empregado no palácio. Mas não os leve para a tal fazenda, deixem eles no castelo, ela já já irá ter idade de debutar e então sentam com ela e ela decide o que quiser ser.

- Gostei da ideia. - mamãe disse abraçando o braço de meu pai.

Não queria mais ouvir, não entendia muito, só que para uns eu era princesa, para outras eu era bastarda. Fui para meu quarto fiquei chorando por algo que não sei direito o que era até que adormeci.

 Fui para meu quarto fiquei chorando por algo que não sei direito o que era até que adormeci

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