Oi gente.. mais um capítulo.
Logo tem novidades.
Estrelinhas, comentários .....
Beijuussss...
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Cheguei morta em casa.
Moro na ponta do Macaco em uma das escadas que são vilas de casas construídas aos poucos por cada um de seus residentes.
A minha casa tem 3 pavimentos, onde o primeiro é o que chamamos de estúdio, onde tentamos isolar acusticamente as paredes para os ensaios da Gaby e alguns colegas dela que participam da Orquestra da Escola. Minha irmã é uma das violonistas. Com 16 anos está no terceiro ano, com foco em entrar na Universidade e estudar música de forma mais profunda.
No estúdio também pinto e adoro pintura à óleo, essas telas me relaxam assim como dançar.
A questão é quando queremos usar o mesmo lugar ao mesmo tempo. Depois de leves discussões de irmãs, chegamos à acordos temporários sobre o uso do local.
Esses últimos dias ela tem o usado mais, uma vez que todos os outros que compõe o grupo estão dando o máximo por causa da apresentação em São Paulo com a Orquestra Paulistana. E se você pensou que o maestro é o namorado do Rô, acertou em cheio.
Eles têm o dom de descobrirem talentos, foi isso com a Gaby e pelo menos 5 jovens do seu grupo.
Assim, como uma forma de decretar um cessar fogo pelo espaço no térreo, transferi minhas pinturas para a laje, que é coberta, sendo uma parte dela dedicada à uma estufa de flores e ervas medicinais. Certo que entrei numa "viber" de reforma sem fim. Mas um dia termino tudo que deve ser feito, como parte do reboco da fachada, e a finalização do meu banheiro. Ultimamente nem tenho tido tempo de relaxar, dançar tem sido minha válvula de escape. O dinheiro da ONG é curto, assim não posso contar com mais empregados para dividir as tarefas. Eu e a Berta fazemos de tudo um pouco por lá.
Suspirando sobre as atividades do dia seguinte, cheguei no segundo pavimento da casa, pelas escadas laterais, senti um leve alívio por não ter sido parada durante meu trajeto da rua debaixo até aqui.
Sou parada por muitas coisas, desde um pedido de impressão de um comprovante de residência até internações médicas. Com meu conhecimento e sendo coordenadora de uma ONG, acabei formando uma rede de conhecimento para as pessoas da Comunidade. O Pepê acabou aumentando nossos contatos principalmente depois que estreitou os laços com o Advogado SB.
Me enojei de lembrar desse apelido dado à pessoa mais dissimulada e egoísta que já conheci na vida. Ele sofreu e tentou se proteger, qualquer uma faria algumas coisa para sobreviver, mas ir tão fundo... Quer dizer, eu quase fui né?
- Ora vamos Djane, foco - resmunguei para mim mesma - esquece a porra do seu passado.
Mas veja bem, estreitamento dos negócios entre o Douglas e o Pedro, sinceramente não queria que chegasse até a mim e ONG. Todos os dias, finjo que não vejo nada, que desconheço das coisas e não me metia nas coisas deles. Deixava passar, apenas.
Girei a chave do portão soltando o ar. Douglas rondando pessoalmente a Ponta do Macaco. Não é que seja ruim, mas não é de todo bom. Da última vez quase foi declarada uma guerra entre nós e a polícia.
Isso custou a morte de uns, a prisão de outros e principalmente uma reviravolta em minha vida. Um dia desses, me perguntava o que aconteceu realmente com o Washington e o Andrada. Soube um tempo depois por um dos caras que andava com o Pepê que o Douglas atirou no Andrada sem pensar duas vezes.
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Tempos de Dança: Renascimento e Redenções
RomanceRemissão, era tudo que Djane queria. Ficar em seu canto, cuidando da ONG que criou para ajudar aqueles que como ela, uma dia, precisam de orientação, segurança e paz. Ficar em seu canto, ajudando sua irmã a ser a musicista que sempre sonhou. Ficar...