Tempos de Dança: Renascimento e Redenções

Capítulo 15: Ela Dança!

- Ela Dança! Putz, Kel, ela dança!

- Quem dança? E são 1h da manhã, quer dizer que você não comeu ela, pois teria coisa melhor a fazer...

- Você é um babaca - olhei o relógio - Desculpa, irmão... Te acordei, não foi?

Ouvi um leve riso do meu irmão do outro lado da linha.

- Não... Cara acabei de chegar da praia com a Zani. Ela tá no banho.

- Praia? Agora à noite?

Dessa vez ele gargalhou.

- Deixa para lá... Nem notei que horas eram, precisava te ligar, só isso.

- É sobre a Djane?

- Ela mesmo.

- Diga verdade... ela ter sido presa a deixou mais sexy.

- Não, quer dizer - respirei - por algemas nela deve ser uma boa ideia.

- Já fizemos isso... e é bom prá cacete - ele riu de novo.

- Você só piora as coisas...

- Como assim?

- A cada dia, sinto mais inveja de você.

- Deixa eu te deixar com mais inveja ... Tô vendo uma linda mulher só de toalha na minha frente, com o sorriso mais lindo do mundo, mandando eu ir para cama agora....

- Filho da...

- A mãe é mesma, babaca - ele riu.

- Tah cara, vai lá....amanhã nos falamos.

- Se eu sobreviver..... No vemos.

Ele cortou a ligação antes de um boa noite.

Safado sortudo. Fiquei olhando a tela apagar do celular.

Deitei na cama e lembrei de cada momento da conversa que tive com a Djane.

Ela é esplendida e corajosa.

A notícia de sua prisão pegou a todos de surpresa na coletiva. Mas me serviu para ter um panorama do comprometimento das pessoas envolvidas nesse projeto aqui do Brasil.

Devo começar com a assistente da Djane, que a todo momento tentava nos deixar informados do paradeiro da chefe e assumiu um papel importante naquele momento, se unindo ao assessor de imprensa, o Vinny Bernaddi. Eles conseguiram enrolar os jornalistas e comunicadores convidados e nada foi percebido por aqueles que estavam lá.

A Berta dizia o tempo todo para mantermos a calma e transparecer solidez e seriedade.

- Tem certeza que ela nunca fez isso em sua vida antes? - perguntei ao Roque, um dos coordenadores da ONG.

- Até outro dia a achava uma mosca morta, não vou mentir.

Acho que ele é amigo da Djane também, ele estava preocupado e falava o tempo todo com um tal de Henrique pelo telefone.

Já a minha assessora, Srta. Virton, tão estimada pelo meu avô, deu a sua segunda mancada.

- Bem, isso não é novidade vinda de alguém com o histórico dela - senti o tom debochado em sua frase e eu olhei para ela.

- Do que você está falando? - ela notou que não achava graça de sua frase.

- Me refiro ao seu perfil, indica várias prisões por delitos leves e graves.