Tempos de Dança: Renascimento e Redenções

Capítulo 35: Cartas de Amor

Encerrando esse ciclo.

Beijuuss

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"Minha amada Djane,

Se você estiver lendo essa carta, deve ser  porque não consegui atingir meu objetivo, meu plano, de fugir com você e meu filho. Sinto que é um menino e que espero estar lindo, ter seu sorriso e sua cor, que tanto amo.

Queria estar aí  e explicar melhor a história, de onde veio o dinheiro que está nesse cofre e os papeis. Queria ter tido a oportunidade de apresentar minha origem, minha verdadeira origem, e te levar para lugares na Itália, e no Mundo que você adoraria conhecer. Então escolheríamos um lugar, para construirmos nossa família e ter mais filhos.

Sinto muito pelo que fiz na última noite, mas sou um bastardo idiota por deixar me influenciar. Juro que não sou assim e você sabe.

Eu te amo, nunca esquecerei você, mesmo estando em outro plano. Sei que um dia nos encontraremos de novo, mas até lá, cuide-se, cuide de nosso filho.

Se se casar com outro homem, e espero que isso nunca venha acontecer, para eu ser o único em sua vida, que seja feliz ao lado dele. Mas nunca o deixe te mudar, que você seja a mulher você era comigo, forte, inteligente e meiga.

Te amarei para sempre.

W."

Lembro de cada palavra na carta que estava no cofre no banco na Suíça, cada misera letra escrita em uma o=caligrafia perfeita. O Washington era um idiota às vezes, mas ele era inteligente e charmoso, até quando era um babaca universal.

Dentro do cofre havia muito mais que dinheiro apenas, títulos de empresas, joias e os documentos originais das terras de Rizzo. Ele tinha registrado tudo em meu nome e no suposto nome de nosso filho que não vingou.

Fiquei estática e sem palavras com "essas palavras". Segurava o choro.

Não vou mentir, se o Washington ou Vicenzzo aparecesse agora, acho que não pensaria muito em dar uma nova oportunidade ao nosso amor. Tenho outra experiência de vida, não erraria onde errei com ele. E tentaria muda-lo. Será conseguiria?

Quanto ao Kalvin, eu o senti inseguro desde que chegamos na Europa. Seu avô e seu tio mais velho, o tal do Freddy, anda o pressionando-o por algo que desconheço. Mesmo querendo conversar ele evita me preocupar, mas não me contar alguma coisa não ajuda muito.

E isso me fez pensar muito sobre o meu relacionamento intenso e quase matrimonial com o Kalvin. Eu poria um ponto final nessas inseguranças assim que voltássemos para a Inglaterra.

No entanto, não esperávamos pelo que veio em seguida, enquanto estávamos, eu o Kalvin, a Patricia e mais dois agentes da S&Y decidindo qual polícia acionar.

A italiana foi mais rápida. Eles estavam esperando o dono do cofre aparecer. Essas eram uma das contas monitoradas por suspeitas de transações ilegais.

Eles tinham razão, essas eram coisas de transações ilegais que estavam no nome de Christina Parmelia, cujas fotos e digitais eram minhas, mesmo que não tenha colocado um centavo ali.

O Washington fez tudo direitinho.

Os agentes italianos não quiseram muito conversa. A Patricia se apresentando como investigadora da Interpol, não adiantou muito, e me algemaram, mesmo conferindo meus documentos brasileiros e visto de trabalho pela S&Y.