Capítulo 36: A Cidade de Nola

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Capítulo em homenagem à @MAROCA36  e @EvelinIgor .Obrigada pela Inspiração!!!


OBRIGADA TODS PELOS COMENTÁRIOS E ESTRELINHAS...

Até sexta posto a chegada do dono do sobrado...

BEIJUUSSS

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"Às vezes a vida faz uma curva que você acha desnecessária, mas que só há uma explicação para você precisar passar por ela. Você deve passar por ela para valorizar o que foi feito de bom dela até aquele momento. Refletir e retomar as rédeas para corrigir o que fez de ruim. Faz parte do processo."

Esse pensamento escrevi enquanto estava presa.

Mas quem disse que eu estava livre? Estou presa ainda em uma cidade desconhecida, em um país que tinha sido hostil comigo até agora. Estava na cidade de Nola, distrito de Napóles, respondendo o processo da justiça napolitana.

Para garantir que eu não fugiria, um policial passaria uma vez por dia para confirmar minha localização, num ato de boa fé. Quase rir na frente do juiz, quando fomos para uma audiência no dia seguinte, antes de ir ao médico.

A Irisha estava sem paciência e resolveu ir à um café. A Gaby a acompanhou para "curiar" a cidade, uma vez que eles iriam embora hoje à noite.

Eu também estava impaciente nas salas de espera – tribunal e médico - uma vez que o calor insuportável me fazia beber litros d'água e minha bexiga estava mais frouxa do que os argumentos do juiz para me manter aqui na Itália.

Eu poderia voltar ao Brasil e voltar no dia da audiência, era uma das propostas do meu advogado.

"Sem acordo."

A promotoria italiana estava numa de caçar os sócios mafiosos e de alguma forma o depoimento do Wellington dava algumas pistas da venda de armas e troca de favores no sul do país.

Não precisariam, mais de mim, correto? Não na cabeça do juiz e da promotora.

"Que raiva daquela loira falsa, a promotora."

A Karen estava serena, o que facilitava minha vida, precisava de alguém com experiência e equilíbrio em minha vida.

E não é que foi uma boa ideia ter a Karen comigo? A avó de meu filho intermediou toda a consulta, uma vez que nem eu, nem o André falamos a língua.

Ela estava genuinamente feliz com a notícia e de participar da consulta. Lembrou de quando ficou grávida dos gêmeos e contou todos os desconfortos que poderia ter.

- Tinha dias que minha vontade era de arrancá-los de dentro da barriga, porque não paravam quietos. Mas no dia que estavam quietos, ficava louca, pensando se estavam vivos. Aí eu ouvia música e começava a dançar para ver se eles acordavam. E logo em seguida, me arrependia - ela disse com um sorriso enorme.

Estava nervosa e minha pressão arterial estava alterada, preocupando um pouco os dois médicos.

A ultra-som revelou duas grandes notícias, a primeira é que seriam gêmeos, claro e a segunda, seriam meninas.

- Estou vendo um lindo quarto verde, amarelo, com detalhes rosas e azuis.

- Em qual casa Karen? – perguntou o André.

- Qualquer um que for morar, querida, estarei coladinha em minhas netas.

Olhei para o André que estava bem feliz também.

Tempos de Dança: Renascimento e RedençõesOnde histórias criam vida. Descubra agora