Capítulo 31: Por quê não Fantasiar?

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Obrigada por me ler....

Bem, Bom carnaval à Todos...

Beijuus

Comentários e Estrelinhas.... SEMPRE.

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Quando o Pepê veio falar comigo sobre os restos mortais do Washington eu queria fugir dali. Todos estavam atrás do dinheiro que o Washington deixou, o que me deixava triste. Ninguém se importava com os meus sentimentos.

Vou resolver o quebra-cabeças e entregar tudo à Carla, ela vai saber o que fazer

Pouco me importava o Kalvin e suas crises idiotas de ciúmes. Não estava com paciência.

Ele até que tentou se redimir, com uma historinha boba erótica de promessas sujas para a quinta. 

Mas estava em alerta. Ele não é bobo, sabe que perderia muito mais sendo um troglodita.

O resto da quarta foi morna. Almocei com a Irisha, a Karen e com o Kalvin, e fiquei pela sede mesmo, colocando as coisas em ordem.

O Douglas evitou falar comigo diretamente. Ele sabia que eu estava me encontrando com a Carla sobre o nosso assunto em comum, e que a precipitação do Pepê em me interpelar hoje, soava como desespero para todos os envolvidos.

A sexta não chegava e antes dela haviam a quarta e a quinta.

Dormi no hotel com Kalvin e ele também estava estranho, mais distante. Tinha certeza que ele pensava sobre o que ouviu, sendo que eu nem sei ao certo o que.

Ainda assim, não deixou de me tocar e de dormir segurando minha cintura, com o nariz enterrado em meu pescoço.

Como sempre, o achei de madrugada em frente ao computador, lendo algo em alguma língua que nunca aprenderei.

- Gosta de carros de corrida? - vi o papel de fundo da sua área de trabalho.

Ele me estendeu a mão e sentei em seu colo.

Ele estava de cueca box e eu com o roupão.

- Muito, esse - me apontou na tela - é o meu preferido. Um Jaguar XKSS, 1957, papai adorava dirigir ele.

- É de vocês?

- Sim, está na garagem em casa, de vez em quando saio com ele.

- Uau...- fiquei olhando para o carro negro e marcas de corrida, polido. Lindo.

- Posso te deixar pilotar.

Comecei a rir.

- Só se for para não passar da porta.

Ele me questionou com a testa franzida.

- Só piloto meu fogão e olhe lá.

- Não dirige?

- Naumzinho.

- Posso te ensinar.

- Talvez - abracei seu pescoço.

- Nunca quis? Ou teve curiosidade?

- Ir para onde? Nem tenho garagem para guardar um carro. Além disso, minha vida sempre foi na Ponta, nunca tive necessidade de sair do subúrbio para quase nada. E quando precisava, transporte público.

- Sabe, sei lá, isso é estranho para mim, parece falta de ambição.

Dei de ombros.

- Não ia perder minha vida por não saber dirigir ou não ter uma habilitação. Se isso for falta de ambição, quando comparada à ONG, realmente, sou uma mulher sem muitos objetivos na vida.

Tempos de Dança: Renascimento e RedençõesOnde histórias criam vida. Descubra agora