Capítulo 46: Fim do Ciclo - Fantasmas

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Na reta final...

beijuuss

Sentindo falta dos comentários... BUUUU''ÁAAAAÁÁÁÁÁÁÁ'

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O que as pessoas pensaram?

Que eu ia surtar, desequilibrar, entrar em depressão?

Brigar com o Kalvin

Quebrar o barraco e me fazer de vítima, afinal, quem dessa família ficaria contra mim?

Até eu pensei que reagiria assim.

Até pensei em reagir assim.

Eles me provaram que brigar com o Kalvin e ficar do meu lado não era tão complicado, quando ele estava equivocado, como agora, novamente. E dessa vez, puxa, como ele estava errado.

"Que vontade de dar uns tapas naquela bunda branca!"

Pagar pelo silêncio, vá lá, mas deixar que a outra fizesse daquilo um circo, manchando a reputação dele e da família?

Nem ligava para minha, já estava manchada mesmo. Mais um pouco de lama, não faria diferença. Estou acostumada em dar a volta por cima, seja aqui, no Brasil ou na Itália, dou sempre a volta por cima.

Porém pensei em minhas filhas, suas saúdes dependiam de mim exclusivamente. Se eu perdesse a linha, e desse uma de destemperada, louca, poria em risco a saúde das meninas.

Contei até 10 e respirei fundo várias vezes, durante o dia, a noite e a madrugada. Não queria mais brigar, estava me sentido cansada de tudo. Preciso me cuidar e ser cuidada.

Preciso de colo, preciso fazer amor com uma pessoa que me ame, um cara gostoso e que não me dê nojo na manhã seguinte.

Se de quebra eu amo essa pessoa, porque brigaria agora?

Acordei de madrugada depois de um pesadelo, com a pressão alterada.

Levantei calmamente, deixando o Kalvin desmaiado na cama. Com certeza estava sem dormir direito há dias. Bebi água e fui relaxar por mim e por elas, manter o equilíbrio por ele.

Pensei muito sobre o que deveria fazer e dançar lentamente com o Kalvin me deixa com mais desejo de estar perto, de não me afastar.

Conhecer um pouco de sua história e deitar em seu quarto de infância, me fez entender o garoto que estava ali escondido, entre as fotos, troféus, medalhas, diplomas, certificados.

Um garoto com o sorriso do pai que sofreu com sua morte um pouco antes da adolescência e que agora perdia outra referência masculina em sua vida.

Tão perdido que deixou uma mulher sem escrúpulos dominá-lo e tomar decisões para ele.

Adormeci ao seu lado pensando em como reagir às notícias do dia seguinte.

"Minha Nossa Senhora, me dê sabedoria!"

Quando acordei, vi a porta mais fechada do que tínhamos deixado. O Kalvin não estava ao meu lado, me fazendo crê que já tinha se levantado.

Enquanto me encaminhava para a saída, ouvia vozes e pela fresta vi que estavam reunidos na porta, em meio à um cochicho. Com certeza era sobre mim.

Consegui ouvi pequenos trechos como, "não me magoar e contratar um enfermeiro".

Se é sobre mim, tenho que participar, né?

Assim resolvi sair, enrolando-me no cobertor, uma vez que a camisa do Kalvin que usava era meio curta.

Com certeza estava com cara de doida, porque todos me olharam com meio estranha. Mesmo indo no banheiro no quarto dos gêmeos, esqueci de me olhar no espelho. Eu sempre esqueço, pelo menos nas primeiras horas da manhã.

Tempos de Dança: Renascimento e RedençõesOnde histórias criam vida. Descubra agora