Capítulo 47: Ninhos

162 34 26
                                    

Comentários e Beijuusss

Adoro quando vocês escrevem e opinam e dizem o que sente em cada parte do texto.

Obrigada!!!!

----------------------------------------------------------------------------------------------------

- Você está louca, Jane?

- Não, Henrique - me ajeitava na cadeira depois de sentir outra cólica.

Implorava ao Henrique que me ajudasse à comprar um carro que não fosse um tanque de guerra. O Kalvin me deu um prazo de dois dias para que eu escolhesse um, senão seria o que ele queria me empurrar.

- Você nem sabe dirigir. Vai ter motorista à disposição.

- Por enquanto. Puxa, preciso dessa liberdade.

- Jane... Esquece. Você não está mais sozinha, aliás nunca esteve - ele disse colocando um parafuso em um motor que mexia.

- Mas, é muito luxo. Rico.

- É sua vida agora, garota, vê se põe isso na sua cabeça. O dinheiro que você tem, dá até para comprar um bom carro, mas você terá que blindá-lo, vai precisar de mais dinheiro - eu bufei e ele me olhou torto - são as regras.

- Saco! - cruzei os braços.

Ele jogou uma peça no chão fazendo um som metálico ecoar na oficina.

- Olha - limpava a mão numa estopa - sua vida está diferente agora, você não está se relacionando com um pé rapado do morro ou um marginal, ou um cara com um emprego qualquer. Além disso, não está carregando os filhos de um cara normal, um empresariozinho de esquina. Você tem que se ajustar Djane, fazer parte deste mundo agora.

Olhei para ele sem paciência, as cólicas estava aumentando.

- Desisto - ele sorriu.

- Além disso, seu tanque de guerra é um dos carros mais caros e seguro da Europa! "Tá charlando, hein?"

Revirei os olhos.

- É sobre isso que estou falando. Isso não osu eu.

Ele se agachou em minha frente.

- Djane, isso não precisa transformar sua personalidade, mas assuma quem é você agora, sai dessa sua caixinha ridícula de que ainda pertence à este mundo daqui. Você, ou pelo menos, as meninas aí dentro pertencem à um lugar diferente agora, com padrão de vida maior, com direito à seguranças - ele apontou o Alex - à motorista, e carros ou tanques blindados. Pelo pouco que sei, o Kalvin é muito mais do que um membro do conselho administrativo na empresa.

- É - suspirei - mesmo ele tirando o ano sabático, o conselho de investidores só ficou confortável quando soube que ele ainda estaria à frente das principais decisões. Ainda é um dos maiores comandantes da empresa, teria que ir à Londre de dois em dois meses.

- Ele é poderoso e um alvo para bandidos. Assim, como vocês - ele acarinhou minha barriga.

Respirei fundo. Nunca pensei que viveria uma situação como essa. Relacionamento estável, sem me preocupar com contas, com a segurança e futuro da Gabriella.

Minha preocupação, agora, é a o futuro de minhas filhas.

Já meu futuro marido estava empenhado para que as coisas fossem perfeitas, para que tudo ficasse perfeito.

Estamos na casa da Karen, que descobri ter o nome verdadeiro de Karina. Um quarto temporário na parte térrea foi arrumado para que eu não precisasse subir escassas neste delicado oitavo mês de gestação.

Tempos de Dança: Renascimento e RedençõesOnde histórias criam vida. Descubra agora