Capítulo 16: Sombras Dançantes no Teto

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Para não ocorrer mais fugas e contratempos, fui obrigada a me arrumar na nova sede. O Coquetel seria lá. Mostraríamos como a antiga indústria de cimento se tornará um complexo educacional e de transformação.

O Rô, a Camila e a Berta pegaram uma sala e a transformaram em um camarim e me sentia diva sentada sendo maquiada em frente à um espelho improvisado entre uns sacos da construção.

Por enquanto estava com o hobby.

Nos surpreendendo, a Irisha chegou trotando seus saltos no piso que estava coberto com um tapete.

- Preciso de uma secretária, para um banho e maquiagem. Soube que terei isso aqui.

- Boa tarde... Mona!

Ela olhou o Rô de cima a Baixo.

- Ah!

- Irisha, qual é?

Essa era minha deixa para ela perceber que deve abaixar a energia e a bola, que estava entre amigos.

Ela lufou o ar.

- Está bem, boa tarde, e... Por favor?

Rimos da cara dela.

- Se eu pudesse demitir vocês.

- Mas, não pode, Mona, vamos, te mostro o banheiro...

O Rô enganchou o seu braço no da Irisha e saiu com ela até o banheiro.

- Eu não vou puxar o saco dela – disse a Camila.

- Não puxe...

Depois de uns minutos estávamos na frente do espelho fazendo maquiagem e penteados.

A Irisha tem cabelos curtos, corte repicado e meio enrolados na ponta. A cor negra combinava com seu tom de pele e os olhos levemente esverdeados. Ela é linda, sendo sua altura e elegância coisas adicionais em sua personalidade.

Ela não é má pessoa, na verdade a considero solitária. Ela faz o que faz para chamar a atenção. Uma vez na hora do almoço na sede da empresa, ela estava chateada e conversou comigo de forma franca sobre sua condição de estar em um país que não gostava tanto, e na saudade que tinha de sua enteada.

Fiquei a maior parte do tempo calada, uma vez que não esperava essa reação dela. Isso me fazia, talvez, tão próxima à ela quanto o seu primo cadeirante, oThomaz Erick.

Ela observava atentamente a maquiagem que a Camila fazia em mim e na Berta. Além disso conversa com ela sobre as tendências de moda, meio em inglês, meio em português.

- Quer virar minha personal stylist? Ela se voltava para a Camila.

- Oi?

- Pelo menos enquanto estiver aqui, nesse país.

- Eu... eu...

- Oh, come on... Você ser a única pessoa com essa habilidade que conhecer aqui, neste fim de mundo!

- Irisha! – disse entre os dentes.

Aprendi isso com o Thomaz.

- Ok, neste lugar, adorável.

- Posso pensar?

- Certo, not too long, Eu puder mudar de ideia.

Ela sentou-se com cara de entediada noutra cadeira ao lado do Rô que estava pronto, so faltando a gravata.

- Seu namorado não vir?

- Ah, vem sim. Vou te apresentar ele.

- Não necessário, não está interessada.

Tempos de Dança: Renascimento e RedençõesOnde histórias criam vida. Descubra agora