Capítulo 32: Poliamores

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Bom finalzinho de Carnaval!

Beijuuusss

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Por que marquei com a Carla mesmo hoje? Mas antes preciso trabalhar, remontava minha agenda dessa sexta-feira.

Só queria evitar o fim do dia.

Dia de despedidas. A Gaby e os colegas iriam em vôos comerciais, a partir de amanhã.

A Irisha e a Verena no jatinho da empresa, junto com o Kalvin.

Se estava triste? Na verdade, um buraco enorme se formava em meu estômago toda vez que lembrava disso.

"Ele vai embora."

Evitei ficar com esse sentimento a semana inteira, rezando para que nossas brigas ficassem mais intensas para que a despedida se transformasse em um "não volte tão cedo!". No entanto, o idiota tinha que ser um perfeito diplomático, lindamente babaca e bobamente carinhoso.

Minha cabeça doía enquanto tentava lembrar de como parei na cama do hotel, com o Kalvin, que para variar, estava com os dedos cravados em minha cintura.

- Não levanta - ele resmungou.

Me virei para seu lado.

- Tenho compromisso e você está cheirando a whisky- fiz um som de nojo com a boca.

- Olha quem está falando. Você cheira a vodca. Aliás, quem é você? – ele fez uma cara de espanto bem fingida mordendo o lábio inferior.

- Não lembra de nada de ontem à noite?

- Não dos detalhes... Só do sexo...

Revirei os olhos.

- Te salvei de uma piriguete...

- Me salvou?

- Humhum, mas como tava muito bêbado, não quis te deixar em qualquer hotel. Fiz a boa ação de te trazer para este. Espero que tenha dinheiro para pagar conta. Pedimos Champanhe – apontei para a cabeceira da cama.

- Espero que não seja muito caro – ele sorriu.

- Escuta querido, minhas horas são preciosas, preciso recuperar o dinheiro de ontem. Estava com outro cliente e ele me deu o bolo.

- Estava com outro cliente?

- Estava, mas acho que ele não aguentou o rojão. Acredita, tanta propaganda – ele mordeu meu ombro.

- Tem certeza disso? – ele mordiscava meu braço – ele negou fogo? – balancei a cabeça – que babaca.

- Por isso que peguei você no bar, parecia ser mais promissor.

Ele mordeu o lábio.

- Não tenho dinheiro vivo para suas horas extra agora, aceita cheque?

- Bem - mergulhei minha mão em sua cueca - se você fizer gostoso, posso aceitar sim e dá um desconto.

Ele girou seu corpo sobre mim.

- Faço gostoso sim - passava a barba em meu pescoço – e você não vai me cobrar, vai ver – sua cara era muito safada – não gosto de beijar de manhã, sem lavar minha boca antes, mas como estamos nos mesmo barco e preciso fazer gostoso para ganhar desconto... E fazer merecer em relação ao seu cliente de ontem.

Me beijou com intensidade. No início os gostos do excesso de bebidas de ontem trouxe algum desconforto, mas depois as lembranças da noite anterior só fizeram aumentar a excitação. Não resisti e comecei movimentos no quadril contra seu corpo.

Tempos de Dança: Renascimento e RedençõesOnde histórias criam vida. Descubra agora