Capítulo 15

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Os outros dois dias foi a repetição do mesmo, de manhã ela seguia a Fernanda para os estágios, aprendia sobre a cidade e as pessoas dali e de tarde ia para aula. Sua sala que tinha começado com trinta e dois alunos, agora tinha vinte. Algumas salas tinham mais outros bem menos como a sala que Green ficou responsável.

Pelo que falaram ele era um carrasco fazia perguntas pontuais e mandou mais de dez pessoas embora nestes três primeiros dias, Daphne estava bastante orgulhosa dele, e um pouco desapontada com J.J. que fletavam com todos e todas e acabou só mandado embora dois meninos que estavam brigando no seu setor de estágio.

Mas na quinta feira algo mudou, não era com Fernanda que Gabi foi designada a ficar, ela passou a ter que acompanhar o menino estranho que parecia ser o namorado de Daphne. Ele não era falante muito pelo contrário a menina se sentiu envergonhada e nervosa, ela fora a única que  mudou de veterano. E na cabeça dela isso parecia ruim. Porém o menino estagiava num teatro e o que ele era calado na rua, ficou claro durante o ensaio de quinta, que mudava completamente assim que ele entrava pela porta dos fundos do teatro da cidade.

Ele ditava ordens e brincava com outros atores como se fosse o diretor e era o que ele era, além de claro o personagem secundário principal. Gabi não entendeu muito da peça, mas quando o menino louro olhou para ela e fez perguntas sobre o que ela achava da peça e o que podia ser melhorado.

Ela foi sincera com César e falou que não gostava de como as luzes chegavam ela nas cadeiras da frente, que achava que o principal devia usar outra roupa e não uma roupa preta comum e que o som das falas não estava bom e se eles usariam microfones no dia. A sinceridade de Gabi pegou o menino de surpresa mais foi bem vinda, ele pediu para mudar as luzes e entrou uma conversa com o pessoal do som para ver se eles tinham microfones para os atores.

Enquanto isso Gabi subia no camarim e observava as roupas, todas muito simples de décadas atrás e que não se sobressaiam e deixava os personagens quase todos iguais. Eram calças largas e blusa de cores simples com um blazer as mulheres usavam vestidos rosas e ela olhando para as roupas não conseguiria nunca dizer quem era a principal.

Depois de um tempo César se aproximou da menina que olhava os vestidos com o máximo de atenção possível. E quando este questionou ela sobre o porquê estar fazendo isso ela respondeu sorrindo que tinha uma ideia.  Ela desenhou uma roupa, que poderia ser feita com a parte de baixo do vestido rosa e com pedrinhas. Ela ainda perguntou algumas coisas sobre o roteiro da peça ao qual o menino respondia pontualmente e ela rabiscava, mais folhas e folhas de ideias de modelitos.

No final ela tinha quinze folhas de roupas e mostrou suas ideias para o menino que adorou e ligou para Babi a menina que ele direcionou que ficaria com a Gabi no resto da semana e falou para a menina que achava que Gabi seria a próxima Daphne ano que vem. Ela como Daphne, se destacava em tudo, o que era muito bom e assustador para aos outros alunos e profissionais que se formariam com elas.

César levou tudo que a menina tinha sugerido para o xerox e mandou um outro veterano entregar para Daphne, a menina como vários dos outros veteranos estavam coletando informações de todos que iam muito bem nos testes. No meio da tarde foi avisado para Gabi que ela ficaria com a Babi de noite para que elas começassem a costurar, isso  fez  com que a Gabi gelasse e ela falasse para o veterano que avisou ela sobre o assunto que ela não sabia costurar, o menino que tinha muitas coisas para fazer falou que Babi que se virasse para ensinar ela.

Gabi aceitou aquilo como ela teria que ajudar se qualquer jeito, então jantou e se encontrou com Babi na sala do teatro para costurar as peças, a menina estava com um pijama de ursinho e cortando a frente do primeiro vestido para modelar como a imagem mandava ela gastou quinze minutos apenas ensinando Gabi a fazer as barras das calça e como por brilho nas roupas para em seguida voltar para o vestido da personagem feminina no qual ela levou meia hora para fazer e mais meia hora para os detalhes.

Enquanto isso Gabi teve que refazer a costura da primeira barra algumas vezes, mas até que estava se divertindo em costurar, agora ela entendia a mãe na cozinha passando roupa ou costurando, era algo que você não podia pensar em outra coisa enquanto fazia, foi a primeira vez na semana que a Gabi se pegou não pensando na semana infernal e/ou se seria uma Excluída, ou não no fim da semana.

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