Alternativa

Capítulo 20

J.J. levou a Gabi numa hamburgueria com temática de anos 80. Então os bancos eram de couro, o balcão era de pedra branca e com bancos que giram.

Tinha um toca disco na hamburgueria e as garçonetes usavam pantis, com roupas curtas de cores diversas e aventais, mas como tudo na cidade tinha hora que virava uma apresentação entao pouco depois de serem servidos Gabi e J.J, junto com os outros clientes assistiram as garçonetes dançando e cantando ao som de Dancing Queen da banda Abba.

Enquanto Gabi e J.J. comiam as batatas e o lanche elas dançavam em cima do balcão, outros cantavam e serviam bebidas, outros limpavam mesas e faziam piruetas muito loucas.

Os clientes se divertiam assistindo até que começou a tocar  The Time of My Life e J.J. levantar e começar a dançar e cantar junto. Só para esclarecer J.J. estagiava em dois lugares. Ele era conhecido por ser versátil como Daphne, mas era conhecido como um aluno excepcional ele quase não ficava em parado, ele estava nas turmas avançadas, nunca cansava de impressionar e fazer coisas novas.

E por um destes motivos ele trouxe Gabi no restaurante dos pais dele. J.J nasceu e foi criado em Fristy, por isso ele conhecia tudo ali, todos os caminhos, todas as pessoas. Por isso todas as músicas e impressionou muito a Gabi quando dançou a música do filme Dirty Dancing.

Gabi adorava este filme e dançou também, mal sabia ela que Roberta e J.J. tinham conversado e trocando figurinhas, e por isso quando o menino descobriu o que Gabi gostava.
O que ajudou muito quando ela contou que era o primeiro encontro na vida da menina ele resolveu dar sua melhor cartada e levar a Gabriela no restaurantes dos seus  pais.

J.J. era filho de um Excluído e de uma pintora excêntrica da Estética, junto com as pinturas da mãe, que é uma louca pelos anos 80 antes da catástrofe. O pai de J.J. era o cozinheiro da hamburgueria, que se chama In Disco. O pai dele era todo tatuado e andava com um topete de Elvis que contrastava bastante com o cabelo cacheado e colorido do filho, mas o senhor Jonas era um quarentão estiloso e um excelente chefe, mesmo sendo a alma da hamburgueria quem comandava a mesma era sua mulher e sua filha mais velha que era recém formada na clareza que estava com um trabalho no centro de organização da cidade e era a gerente noturna do negócio familiar.

A irmã de J.J. se chamava Danielle, ela era uma menina gorda e que usava óculos, andava sempre com uma bandana da cabeça e uma jaqueta de couro, ela tinha escolhido voltar para a cidade onde nasceu depois de ficar na capital do país por um ano tentando trabalhar como secretária da Ordem dos Governadores, infelizmente ela detestou tudo naquele lugar e pediu transferência para o centro de organização da informação da região de Fristy. Ela era bem falante e estudiosa, a filha mais velha típica que dá orgulho para os pais.

J.J. tinha uma irmã pequena também a Miranda que tinha cinco anos e só saia de casa se sua franja estivesse lisa - não importava o resto do cabelo - e com uma tiara de gatinho.

Como da para ver a família de J.J. não era nada tradicional, mas as coisas pioram quando se fala da mãe dele, ela usava o cabelo com franja torta e com muito spray, ela só usava vestido da época e eles tinham que ter listra ou bolinha, moletom era algo totalmente proibido na casa dos Renys, só jaqueta de couro e suéteres a mãe dele achava que moleton tirava a criatividade da pessoa.  Rose só saia de casa com maquiagem e com seu óculos de grau de gatinha e suas obras eram todas em referência aos anos antes da catástrofe.

Mas lá vem você reclamar da narradora de novo, tô vendo isso viu! Eu tô explicando a família dele porque só descreve o lugar e rapidamente a família, não passaria a impressão certa para vocês. Mas está bem, está bem vamos voltar para o encontro e vocês vão entender a minha explicação.

Após dançar a coreografia do filme na lanchonete os dois voltaram para a mesa rindo, eles não dançaram como os principais felizmente as garçonetes e garçons ocuparam esta função, mas estavam lá como melhores amigos dos mesmos. Quando sentaram na mesa e pediram mais dois refrigerantes o pai de J.J. o senhor Jonas, saiu da cozinha e foi dar um oi para o filho.

Algo que teria deixado qualquer um encabulado, menos o J.J. ele tinha orgulho do pai. Ah, mas ele não é um excluído? Sim, mas J.J. sabia o porquê o pai tinha sido excluído.

Ahh, agora você quer que eu esclareça as coisas, né?? Só porque eu tô sendo paga para isso eu vou contar.

Senhor Jonas era da capital, tinha passado para a Estética na sua Alternativa, ele sobreviveu ao trote por dois dias, mas quando encontrou uns veteranos tocando numa caloura desacordada ele foi para cima dos veteranos - isso lembra um pouco o filho ou sou só eu que acho.

Os veteranos foram expulsos e o pai de J.J. também afinal ele usou de força bruta demasiada nos veteranos, ele e a família se orgulham muito de como o pai defendeu a menina, afinal a menina era a irmã da mãe deles que entrou para a Estética dois anos antes de Rose, a tia de J.J. de chamava Maria e era a cinegrafista mais conhecida da cidade. Só para esclarecer, sim a mãe do J.J. é dois anos mais nova que a irmã e que o pai do menino.

Voltando. Senhor Jonas, foi comprimentar o filho.

-- Hey J.J. seu turno não é amanhã? Você devia sair do trabalho quando tá de folga.  - Senhor Jonas rindo e bagunçando o cabelo cacheado do filho.

-- Tô num encontro coroa, não dá para ver?  - J.J. sorri e apontando para o senhor Jonas fala: -- Gabi este é meu pai, Jonas. Pai está e a Gabi.

-- Prazer, senhor.

-- Pode chamar só de Jonas, querida.

-- Claro, Senhor Jonas.

O pai do menino sorri e fala:

-- Ahh esta é a famosa Gabi, soube que meu filho entrou numa briga pela sua honra foi um orgulho danado aqui em casa. É melhor ainda saber que ele me deu ouvidos e te chamou para sair.

Gabi ri e vê J.J. arrumar o cabelo desviando os olhos do dela.

-- Não acredito, você não chamou ela para sair??! - Jonas olhou para o filho incrédulo e falou para a garçonete mais próxima -- a conta da mocinha vai ser por minha conta, meu filho não teve nem coragem de chamar ela para sair.

A menina loira sorriu e falou:

--Ela é uma menina determinada, não é toda menina que chama o cara para um encontro.

Gabi rindo fala:

-- Meu primeiro encontro.

J.J. cora e o pai dele fala:

-- E você nem pediu um milk shake para esta linda mulher! - o pai dele suspira e fala: -- vou preparar um milk shake para você, Gabriela. Qual seu sabor favorito?

-- Chocolate - ela responde e o senhor Jonas sai olhando feio para o filho.

-- Desculpe, eu devia ter te chamado. - J.J. encabulado.

-- Imagina, eu não tinha me decidido com relação a você e suas atitudes até te ligar. - Gabriela sorri e olha para as mãos.

-- Mas você se decidiu agora?  - J.J. olha do fixamente nos olhos de Gabi.

-- Resolvi deixar rolar. - Gabi vermelha sem desviar os olhos do dele.

-- Eu gosto disso.- falou o menino
-- Eu também. O encontro tá incrível. -Gabi fala, J.J. sorri e fala:
-- Não acabou depois do milk shake, vou te lavar na fonte. Vais adorar.

Eles se olham e sorriem enquanto falam de outros filmes que gostavam da época antes da catástrofe.