O som do carro não para de tocar Crazy in love me levando todo o ar enquanto lagrimas escorrem e o vento toma meus cabelos. Nem o frio aplaca a queimação que estou sentindo.
"Eu olho tão profundamente em seus olhos
Eu toco você cada vez mais e mais
Quando você sai eu te imploro para não ir
Chamo seu nome duas ou três vezes
É algo tão engraçado pra eu tentar explicar
Como eu estou me sentindo e meu orgulho é o único culpado, sim
Porque eu sei que não entendo
Como o seu amor consegue fazer o que ninguém mais consegue"É como se uma garra corresse por dentro do meu corpo enfincando cada raiz em minhas veias. Eu errei, meu orgulho foi maior e os sinais estavam todos ali, mas eu fui cega e não acreditei que nesta história alguém poderia ter aceitado isso "Porra Adam, você era eu de calças!" essa era a minha guerra inferno!. Paro no acostamento um instante pois não estou enxergando nada com as lagrimas, desço do carro e caminho um pouco a frente dele. A estrada escura e vazia é a mesma que liga a minha casa ao rumo da dele, esse é o resultado, tudo o que nos liga está escuro e vazio, é assim que eu me sinto agora. Um turbilhão de sentimentos voando dentro de mim e tudo o que eu precisava ter feito era...era ter dito o que sentia mesmo que confusa, ele me entenderia porque esse é ele. Mesmo sofrendo ele me tratou bem, não me culpou, não me cobrou nada. Agacho sentindo todas as sensações ruins de novo e meu corpo doendo sentindo falta, as lagrimas tornam a cair. As limpo novamente, me levanto e respiro fundo.
-Vai passar, pra nós dois isso vai passar.
Dou a volta e entro no carro e parto rumo a minha casa onde eu achei que seria meu porto seguro. Mero engano.
*
Mal estaciono o carro e saio correndo pro meu quarto, não quero que vejam como eu fracassei dessa vez ou ter de explicar que Eve estava certa. Subo as escadas tão depressa como se minha vida dependesse disso e entro no quatro fechando a porta atrás de mim. Olho o ao redor e tudo o que me abraça é a escuridão, encosto minhas costas na porta e deixo meu corpo escorregar até cair ao chão. Porque isso está doendo tanto? Não era isso que eu tinha em mente? Um prazer e tchau? Mas tudo o que desejo é toca-lo como ele me tocou e abraça-lo como se não fosse haver o amanhã.
-Deu Victorya, agora já era.
Me levanto e acendo as luzes do quarto vazio. Tiro minha blusa e minhas botas, depois tiro a calça e a lingerie ficando nua sentindo o frio tocar a minha pele e não tocar no fundo da minha alma. Coloco minha camisola e deito na cama, amanhã será um dia melhor eu sei que sim. Agarro meu celular na esperança de que eu receba uma mensagem ou uma ligação dizendo que era pegadinha. O choro me pega novamente, mas acabo pegando no sono depois de um tempo.
Batidas soam na porta do meu quarto, mas parecem terem sido dentro da minha cabeça. Mal consigo manter os olhos abertos, estão inchados e doloridos, minha cabeça parece que vai explodir.
-Chilli, querida.
Me levanto e vou até a porta mas não abro.
-Eve. Oi eu não estou muito bem, vou ficar no quarto hoje.
-Querida abra a porta, deixe-me ver como está, se precisa de algo.
-Está tudo bem Eve -Não! não está nada bem mas vai ficar. -É só uma dor de cabeça, logo passa.
-Tudo bem, vou lhe deixar mas não hesite em me chamar ok
-Ok.
Me sento na poltrona e por lá fico umas duas horas sem fazer nada apenas pensando com resquícios de lagrimas. Depois alterno pela cama. Meu celular vibra algumas vezes e vejo apenas mensagens das meninas.
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Malagueta "Atrevida e Abusada" •Vol 1 || EM REVISÃO√
Romance(Finalizado) - Capa por: AutoraSSantos Atrevida e abusada como ninguém, CEO Victorya Chilli vai mostrar o que é ser engraçada, sexy e fatal. "Não é pra quem quer ou gosta, mas pra quem agüenta". Ela vai encontrar em seu caminho "Um projeto de vodu...