- Isso é horrível - Gordon falou enquanto bebia um gole da sidra de maçã gelada
Tanto Dinah quanto Milika riram alto da careta feita pelo homem
- Vou olhar as crianças - disse antes de se levantar e sair em direção a casa onde as recém melhores amigas, Camila, Funaki e Regina, estavam assistindo Moana pela segunda vez naquela noite
- Você vai é assistir com elas que eu sei, Maui - Milika brincou com o marido que sumia pela porta de vidro que dava para o quintal
Dinah bebeu um pouco de sua bebida, sentindo o doce dela acariciar sua língua e o gelado, acalmar o calor que fazia aquela noite. Nunca percebia o quão falta fazia estar em sua casa até estar nesse lugar que era pra ela, mágico.
Seus pais sempre se recusaram a sair daquela casa no subúrbio de Sant Ana, mesmo quando as coisas melhoram e Lauren investiu dinheiro no sonho do sogro: Uma concessionária de carros esportivos, Milika e Gordon continuaram a negar uma mudança para um bairro mais central. Ali, onde estavam, era o paraíso e não se tornava perigoso ou instável para moradores tão antigos quanto os Hansen.
Dinah também amava a casa dos pais, mesmo com as melhorias após o dinheiro livre, continuava a amar cada canto daquela casa, especialmente, o quintal da casa. Sempre adornado pro brinquedos espalhados, grama por fazer e cadeiras plásticas que serviam para curtir as noites e conversar com as estrelas.
- Você está tão linda, minha magnólia - Milika disse sorrindo, enquanto acariciava o braço de sua primogênita, a chamando pelo apelido de sempre
Dinah sorriu de corpo e alma para o amor presente ali
Amava ouvir sua mãe lhe chamar de "minha magnólia", segundo Milika, Dinah era sua magnólia por ter a simpatia, doçura e beleza que a flor americana representava
- Senti tanto sua falta mamãe - Dinah confessou com lágrima não caídas se somando nos cantos de seus olhos
O costumeiro e amado aperto em sua mão veio em seguida
Ela não estava só
Ela nunca estaria só
- Agora estamos aqui meu amor, juntinhas - Milika garantiu o óbvio, sorrindo - Me fale sobre você e a pequena Camila, ela é tão linda filha... Estou muito orgulhosa de você
Foi impossível que a loira não chorasse feliz
Depois de tanta coisa, ouvir isso, tocava o fundo de sua alma das melhores maneiras
Dinah falou sem parar pelas horas seguintes, contados e mínimos detalhes sobre a chegada e a revolução de Karla Camila na sua vida, até o dia da internação
Quando por fim, contou da discurssão com Lauren, se calou, esperando algo de sua mãe
Milika suspirou e apertou a mão dela firmemente
- Vamos dormir, tá tarde - quase ordenou, se levantando
- Mamãe... Não vai dizer nada? - Dinah questionou confusa enquanto a via calçar os chinelos e se erguer
- Você ainda não está pronta pra ouvir - disse simples, dando de ombros e saindo em direção a sua casa
A loira ficou ali por mais alguns minutos, refletindo sobre o que sua mãe tinha dito e sobre o quão sábia, Milika Hansen podia ser.
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- Ai... Ai... Gigina caiu de bumbum e eu dei lisada, só que foi sem queler, mas Mila pediu disculpa a Gigina puquê é mau ri da amiguinha - a vozinha fina soava animada e trêmula pelos pulos seguidos na antiga cama de Dinha
A loira, escutava toda a história sorrindo e se forçando a prestar atenção, mesmo sem entender algumas ou muitas, partes
- Muito bem Mila, tô orgulhosa, não é legal rir das suas amiguinhas mesmo - Dinah soltou, terminando de vestir seu pijama
- Jay, puquê Mila tá só de fauda? - pergunto tocando a lateral da fralda descartável que cobria sua intimidade
- Porque tá calor, bebê - a maior explicou
- Não é verno Jay? - Camila pergunto se referindo ao inverno que tanto ouvira falar em Nova York
Dinah deu uma gargalhada pela inteligência ávida da sua garotinha
- Aqui mal tem inverno baby, faz frio não, só chove - explicou com calma vendo a menina dar de ombros calmamente - Vamos nanar agora? - chamou indo se deitar ao lado dela
Camila se aproximou de si, com uma carinha molenga e um sorriso de lado
Dinah sabia perfeitamente o que ela queria. A assistiu se sentar em seu colo e enfiar a mão no seu busto sem vergonha alguma, apalpando seus seios sem coordenação alguma
A loira mordeu os lábios para sufocar um gemido de dor, seus seios a estavam matando e ela não entendia o porquê
- O que é que você quer aí Mila? - perguntou sorrindo
- Meu tetê - confirmou o óbvio
- Seu? É meu princesa
- Na não - a menininha rebateu decidida - Meu tetê, peitinho da Jay - explicou como se fosse algo muito sério
Dinah não segurou outra gargalhada
- Que bebê esperta! Vem, vem mamar o tetê - chamou abrindo os braços
Recebeu o corpinho sapeca sobre o seu e riu quando por si só, Camila tentou abaixar sua blusa pra alcançar o farto seio - Tetê tá dodói neném, tem que mamar devagarinho tá bom? - explicou quando ergueu sua blusa e revelou seu seio direito, que no momento, doía bem menos que o esquerdo, supostamente, o preferido de Camila.
A bebê abocanhou com cuidado e deu a primeira sugada com tanto carinho, que Dinah sorriu, os olhinhos castanhos fixos nos seus, preocupados
Camila sentiu um beijo doce em sua testa e mãos fortes a puxando mais para perto. O calor e a paz, reinavam ali. Era um paraíso, literalmente, ao alcance dos braços.
A bolha rapidamente foi criada, invisível e indestrutível, onde só elas cabiam. O paraíso.
A bebê mamou por poucos minutos, não mais que cinco quando contados, e dormiu exausta por um longuíssimo dia
Dinah tentou tira-la de seu seio, mas ao afasta-la, Camila choramingou e a loira resolveu deixá-la por mais alguns minutinhos assim. Catou seu celular e checou com calma o que havia no aparelho.
7 mensagens de Regina
5 de Ally
1 de Lauren, com um simples: "Como Camila está?"
Respirou fundo antes de abrir a conversa e digitar rapidamente
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Here Comes the Sun
RandomDinah só queria amor, Camila só queria ser amada e Lauren, não sabia nada sobre isso. "Querida, tem sido um inverno longo, frio e solitário Querida, parece que faz muitos anos desde que ele esteve aqui Lá vem o sol Lá vem o sol E eu digo Que está t...