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Outono, 2019
New York

Estacionou o carro cuidadosamente enfrente ao shopping, saindo do carro logo em seguida para procurar a linda loira que chamava de sua mulher. Não foi difícil avistar Dinah, parada rente a calçada, mexendo intrertida em seu celular, com certeza, enviando mensagens para Lauren, sem saber que a esposa sempre atrasada, já estava ali.
Antes mesmo da britânica atravessar a avenida que as separava, viu um rapaz loiro se aproximar de Dinah, obviamente interessado na linda mulher de poncho de tricô marrom, calça de alfaiataria branca, botas marrons de canos longos e luvas marrons também. O lindo cabelo loiro brilhava com o sol gelado, o vento frio do outono novaiorquino o balançando levemente
- Oi - o loiro a cumprimentou simpático
- Olá - Dinah sorriu gentil, fitando o homem que aparentava ter sua idade
- Sou Christian - se apresentou erguendo a mão para Dinah
- Dinah, Dinah Jauregui - explicou apertando gentilmente a mão que lhe fora oferecida
- Oi Dinah Jauregui, você é daqui mesmo? - o flerte, foi notório
É claro quê, a icônica britânica já se aproximava deles, um notório sorriso travesso em seus lábios, entendendo o acontecimento que dessenrolva a frente. Propositalmente, esbarrou em sua esposa
- Oh, me desculpe - pediu fingindo - Eu realmente não vi você aí - a atuação se tornou ainda melhor quando Lauren retirou os óculos de sol, os olhos verdes brilhando para a loira, a fazendo entender tudo
- Não tem problema - sorriu ao mentir, adorando a brincadeira diante dos olhos de Christian
- Sou Lauren - sua mulher se apresentou
- Dinah - não segurou novamente o sorriso
Os olhos verdes recaíram sobre o loiro que olhava toda a interação confuso, vendo o claro flerte entre as duas mulheres
- Christian - se apresentou sem jeito
Lauren lhe deu um sorriso educado e voltou os olhos para a loira que se esforçava em segurar a risada
- Sabe Dinah, eu tenho que trabalhar agora e, tenho dois gatos, eles cagam a casa inteira... - contou tirando do bolso a chave do apartamento delas - Você não teria um tempo de ir a minha casa? Limpar?
Dinah Jauregui teve que usar todo o seu autocontrole para não explodir em uma gargalhada alta
- Como disse? - foi tudo que conseguiu dizer, rindo silenciosamente enquanto o loiro só podia ver suas costas
- Escute - Christian falou tomando a frente para defender a garota que ele queria - Quem é você pra falar isso? - bradou contra Lauren
- Bom... Uma mulher ocupada - respondeu ajeitando o enorme cachecol vermelho sobre seu pescoço de maneira elegante - Dinah, se você for, posso te dar uma recompensa quando chegar... - disse de maneira sugestiva
- Não isso já é demais! - o loiro reclamou ainda tentando defender Dinah
- Que recompensa seria? - a Sra. Jauregui perguntou, passada a sua enorme vontade de rir
- Eu sou uma ótima cozinheira, poderia te fazer um cordeiro... - sugeriu enfiando as mãos fortes nos bolsos de sua calça social, temendo que o homem visse a aliança em seu dedo e aquela brincadeira perdesse a graça - Com molho de menta
Dinah sorriu, fingindo estar muito interessada
- Com muito molho de menta? - perguntou
A essa altura, o loiro já estava de boca aberta pela facilidade com que a mulher de cabelos negros havia conseguido conquistar a moça que ele queria
- Sim - Lauren confirmou sorrindo, enfiando a mão na curva da cintura de sua esposa - Com bastante molho de menta
As duas se aproximaram, caprichando nos olhares apaixonados e então, se beijaram sobre os olhos espantados de Christian
Ao final, ambas se afastaram rindo baixo
- Oi amor - Dinah cumprimentou, tocando com cuidado o rosto amado
- Oi querida - Lauren deixou um beijo em seu nariz - Pegou nossas filhas?
- Uma no balé, outra no Muay Thai - contou a localização de cada uma das filhas Jauregui após a aula daquela quinta-feira
- Vão pra merda! - o loiro xingou baixo antes de sair andando pela calçada do shopping, furioso após notar que elas não só se conheciam, como tinham filhas
É claro quê, as Jauregui's gargalharam alto. Se fosse verdade, aquela seria a cantada e a ficada mais aleatória da vida
- Vem, vamos - Lauren chamou enquanto ainda ria
Entrelaçaram as mãos e adentraram o shopping em busca do presente de nascimento do pequeno Darren.
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- Bom dia Sra. Jauregui - era tudo que Lauren ouvia enquanto andava pelo extenso corredor que dava até a sala principal, a sua sala, na Jauregui's House, sede de sua empresa em Nova York
Sorria e cumprimentava seus funcionários com sorrisos educados
Seu celular tocou e ela o atendeu rapidamente, vendo o nome "Sis" brilhar na tela
- Você está falando com a melhor jogadora de poker do mundo - atendeu já soltando a frase de maneira debochada
- Cale-se - Zelena resmungou do outro lado da linha - Escuta... Sabe como trocar fraldas?
Lauren gargalhou alto enquanto andava
- É claro, Regina quer que você aprenda a trocar as suas próprias? - brincou sorrindo enquanto James do RH lhe entregava um pasta, afirmando ser a nova licitação dos York's
- Sério... Mary não está aqui e Emma fez cocô - era notório o desespero na voz da escrivã
Lauren riu novamente
- Ouça o que você vai fazer porque eu só vou dizer uma vez... - murmurrou enquanto entrava na sua sala - Tire as fitas na lateral da fralda, pegue um lenço umedecido antes porque pode ter merda na lateral, tenha cuidado para não passar para o trocador - explicou se sentando na sua cadeira
- Certo... Puta que me pariu! Lauren! Tem muita merda! - sussurrou para Emma não ouvir os palavrões - Oh que nojo!
É claro quê, a britânica gargalhou de novo
- Cara ela ainda tá cagando! Como algo tão pequeno e lindo pode fazer algo tão podre assim?! Que merda - continuou a xingar entre sussurros
- Pois é - a britânica afirmou entre risadas - Muita merda.
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Keana Issartel olhava sorrindo para a menininha a sua frente. Uma fita azul bebê estava presa em seus cabelos, na parte frontal, como se fosse uma faixa a moda dos anos 80 que combinava perfeitamente com seu tom de pele dourado, traços latinos e cabelos escuros, descendo em cascatas por suas costas pequenas. O lápis que a pouco ela escrevia, descansava calmamente sobre seus lábios rubros, enquanto a garotinha tinha os olhos e a mente fixos na questão que a Tia Keana passara.
Camila Jauregui era sem dúvida nenhuma, a criança mais linda que a jovem recém formada professora já dera aula ao longo daqueles singelos três anos de profissão. Ela era ainda mais que linda, era encantadora. Sua mente era ávida e esperta, a pequena tinha um raciocínio lógico que fazia inveja a muitos adultos, aprendia rápido e o melhor, gostava de aprender.
- Tia Keana... - chamou ainda de olho na questão, tão pequena sobre a mesa imponente do escritório de sua papa - Dá 17 - afirmou, finalmente olhando para aquela que era sua professora há pouco mais de quatro meses
Ela adorava ter aulas com a tia Keana, aprender a escrever, a ler, a contar, subtrair, somar e multiplicar todos os números, mas queria muito ir a escola como Taytay, Lolly e Ayla, queria fazer coisas legais como elas contavam que faziam lá, com muitas crianças felizes
Mama lhe explicara que primeiro, ela iria aprender algumas coisinhas com a tia Keana, e depois, ela já seria uma mocinha e iria para a escola
- Correto Mila! - tia Keana saudou animada e sorriram uma para a outra
Era legal demais, aprender.
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- Podemos colocar um pé direito bem alto ali... Um balcão moderno com acoplados e portas francesas pro jardim, o que acham? - Dinah sorriu ao demonstrar todas as mudanças na cozinha da nova casa dos Amber
- Acho que ficaria perfeito - Austin se pronunciou, sorrindo para a arquiteta tão atenciosa
- E quanto, mais ou menos, ficaria tudo isso, Sra. Jauregui? - Max, marido de Austin, se pronunciou deveras preocupado
- Posso fazer o orçamento inicial e enviar pelo seu e-mail, aí podemos ver se vocês aprovam ou não - a loira abriu aquele seu sorriso gentil, arrancando dois sorriso gratos do casal a sua frente
- Perfeito! - Austin deu um fino grito animado que tirou risadas leves dos demais na sala
Baixinho, Dinah ouviu seu celular tocar dentro de sua bolsa
- Gregori vai fazer a planta daqui agora e eu mandarei o orçamento e a nova planta amanhã, okay? - pronunciou-se indicando o arquiteto júnior recém contratado de seu escritório, o rapaz jovem sorriu indicando que por ele, tudo estava bem
- Claro, claro - Max concordou, abraçando lateralmente o esposo mais do que feliz
Dinah se despediu deles rapidamente e enquanto saia da casa, sacou o celular que ainda tocava baixo
O nome "Taytay" brilhava na tela
- Oi filha - cumprimentou atendendo enquanto caminhava até a calçada onde seu carro estava parado
- Mamãe... - o sussurro choroso foi claro
- Taylor?! Amor, o que houve?! - berrou sentindo cada músculo de seu corpo se enrijecer e o coração triplicar a velocidade das batidas
- Mãe... - um soluço agoniado - Acho que menstruei - anunciou sua menarca - Melou minha calça, muito... Vem me pegar mamãe - pediu suplicante
- Oh filhota, mamãe tá indo pra aí tá bom? Pede a suas amigas um casaco e amarra na cintura okay? - instruiu calma, destravando rapidamente seu carro
- Hunrun - ouviu somente isso do outro lado da linha
- Mamãe ama você
- Te amo.
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Taylor viu o Volvo azul parar rente a calçada e o Sra. Blanchard, diretora da Avenues, conversar rapidamente com sua mãe
Ao final, ela estava sentada confortavelmente no carro de sua mãe enquanto a linda mulher loira dirigia para casa
- Está sentido dor meu bebê? - questionou preocupada
Taylor sorriu para o óbvio consentimento para manha
- Não mãe... Eu tô bem, só fiquei com vergonha de verem minha calça suja - explicou
Em pleno 2019, menstruação estava muito longe de ser um tabu perante as mais recentes gerações. Taylor sabia o que era, porque vinha e pra quê servia. Estava até mesmo feliz por ter finalmente menstruado, dado em vista que todas as suas amigas já haviam passado pela menarca e ela ainda não
Dinah sorriu aliviada e grata por de tantos males de uma geração conectada, este, não ser um. Apertou a mão da menina enquanto dirigia
- Vou te ensinar tudo que precisa saber princesa - garantiu deixando Taylor ainda mais segura
Ela tinha uma mãe do caralho.
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A reunião se estendia por horas a fio e Lauren já não aguentava mais toda a quela babaquice para que a refinaria Walder CO conseguisse mais dinheiro a cada nova remessa de petróleo.
- Com licença, Dra. Lauren - Pete, seu secretário de exímia confiança, derreou-se ao lado da mulher sentada na ponta da grandiosa mesa, repleta de ricassos do petróleo - A Sra. Jauregui está na linha um
- Já estou indo, obrigada Pete - agradeceu se erguendo da mesa - Com licença senhores, preciso atender um telefone de grande importância - anunciou arrumando seu blazer e saindo da sala sobre os olhares e cochichos
Enquanto caminhava de volta a sua sala, agradeceu imensamente a bela mulher que chamava de esposa, por lhe tirar daquele inferno
- Oi Love - saudou atendendo o telefone fixo na lateral de sua mesa - Aconteceu alguma coisa?
- Daddy! - ouviu o grito animado da loira - Oi! Não, digo sim, aconteceu mas não é nada grave, a Taytay menstruou amor - explicou
Lauren respirou bem fundo
Sabia que aquele momento chegaria mais cedo ou mais tarde, contudo, ela nunca estaria preparada para ver sua bebê deixar de ser bebê.
- Oh... Eu vou pra casa okay? Quero vê-la - anunciou e logo após, despediu-se da esposa, desligando ao compasso que uma figura alta e enfiada num terno cinza adentrou sua sala - Richard? - perguntou estranhando um dos sócios majoritários da Walder CO estar ali e não na sala de reuniões
O amante de sua mãe sorriu educado e caminhou na direção da poderosa mulher que conhecia desde os 14 anos dela
- Oi Lauren, queria conversar com você sozinho - disse dando de ombros - É má hora?
- Ah não, pode falar Sr. Sussex - Lauren sorriu cordial
- Clara me falou o que houve e eu só queria dizer que o que ela fez foi só para tentar te ver... - tentou falar
- Basta! - a britânica berrou erguendo-se - Se veio aqui falar dela pode dar meia volta Richard - quase ordenou indicando a porta
- Lauren ela é sua mãe - o homem comentou o óbvio
- E é justamente por ela ser minha mãe, que não deveria ter feito o que fez - soltou seca, se dirigindo até a porta - Não fica enojado por ela ter medito sua filha no meio disso, Sussex? - perguntou irônica, fitando o rosto bonito e elegante, antes de passar por ele em direção a porta
- Não, fazemos o que podemos para proteger quem amamos - devolveu no mesmo tom irônico que Lauren havia usado
A resposta veio a Richard Sussex de forma rápida e dolorosa como um soco forte e bem dado em seu nariz
Lauren viu o homem cair com tudo sobre o tapete branco de sua sala
- O que merda você tem na cabeça menina?! - Richard bradou segurando o nariz que jorrava sangue
Lauren apenas sorriu
- Fazemos o que podemos para proteger quem amamos - anunciou antes de dar as costas e sair calmamente
Nenhum dos amantes de Clara iriam se meter na sua família.
Clara, não iria se meter na sua família.
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Taylor e Camila ouviram audivelmente quando a porta foi aberta e fechada, chaves jogadas contra o estofado do sofá e a bolsa colocada sobre o aparador.
- Camila! - Madalena exclamou quando a menininha correu porta a fora, somente de short, sem permitir que a mulher terminasse de vestir-lhe
- Onde estão minhas filhas bagunceiras e barulhentas? - a voz rouca soou animada no andar de baixo
Taylor e Camila se cruzaram quando chegaram a escada, sorrindo uma para a outra e para a rotina amada de todos os dias
Entre os dois grandes sofás brancos, estava a figura alta, de camisa social branca, calça negra e saltos altos. O sorriso feliz estampando o rosto amado, cansado, mas alegre
Como de costume, cada uma ocupou um dos braços abertos, sendo apertadas enquanto as três riam
Gargalhadas na sala.
- Como foi o dia das minhas princesas? - Lauren perguntou as soltando - O que foi isso, Nuela? - perguntou indicando a ausência de blusa na garotinha mais nova, que riu reparando
- Esqueci - anunciou ainda rindo
- Camila! Vem vestir a roupa menina! - o grito de Madalena tornou-se audível
- Ops - a bebê exclamou franzindo a testa e o nariz rapidamente, deu de ombros antes de correr escada acima, voltando para se vestir
- Soube que aconteceu algo hoje... - Lauren murmurrou enquanto acariciava o rostinho doce de Taylor, os cabelos outrora longos, agora estavam cortados pouco acima de seus ombros, num corte moderno e juvenil que a deixara ainda mais linda
- É... Virei mocinha - anunciou com certo orgulho
- Mamãe já falou com você? Sabe... Sobre tudo? - Lauren questionou coçando a cabeça, desconcertada
Taylor sorriu para a fofura de sua papa
- Sim papa, ela é uma mãe do caralho - comentou ainda mais feliz
Geralmente, Lauren reclamaria do palavrão fora de hora, mas naquele momento, só soube rir e puxar a menina de volta para os seus braços
- É minha filha, sua mãe é foda pra caralho - concordou pensando na mulher incrível que tinha.
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- Pois entao tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, menininha minha! Princesa do país das maravilhas! - a voz rouca se propagava lenta e melódica enquanto lia os trechos de Alice Através do Espelho para a menininha sonolenta sobre a cama - Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte! - terminou o capítulo com calma, virando o exemplar de capa grossa para a filha poder ver a imagem da pequena menina loira de espada em punho, diante de um enorme e horrendo dragão - E fim por hoje, meu amor - anunciou fechando o livro
Camila fez um biquinho fofo, mas não contestou sua papa, sorriu quando as mãos fortes lhe cobriram e lhe deram sua boneca preferida, Lála, a mesma que Lauren lhe dera quando ainda era sua titia
- Papa? - chamou quando a alta mulher estava prestes a se erguer de sua cama
- Hum? - Lauren respondeu nasalmente
- Posso ser uma princesa com espada? - questionou coçando os olhinhos castanhos
Lauren sorriu pela pergunta
- Uma princesa guerreira?
- Sim, como a Alice - explicou dando um sorrisinho sonolento
- Oh claro meu amor - a papa confirmou abrindo outro sorriso
- Então eu vou vencer muitas batalhas - anunciou orgulhosa
- Vou te ajudar em todas elas, vossa alteza - Lauren brincou antes de deixar um beijo em sua testa - Agora deixe de batalhar contra o sono e durma okay?
Camila soltou uma risadinha feliz, confirmando com a cabeça o pedido de sua papa
- Boa noite papa - desejou abraçando ainda mais a Lála
- Doces sonhos, Camz - a mulher desejou ao levantar-se e sair
Um sorriso feliz brincava em seu rosto quando ela fechou a porta do quarto da filha e se direcionou ao quarto ao lado
Taylor mexia intrertida em seu celular
- Ei gatinha, dormir - falou da porta mesmo
Tay sorriu, corando levemente antes de desligar o celular e o colocar ao lado de sua cama. Como tradição, a maior adentrou a o quarto da filha e sentou ao seu lado na cama, pegou o iPod e colocou a mesma playlist de sempre. O som delicioso e calmo das músicas de Third Day preencheu o silêncio
- Hoje foi um grande dia hum? - Lauren murmurrou tocando o rosto dela com cuidado
Taylor confirmou sorrindo
- Estou orgulhosa de você - anunciou antes de deixar um beijo nos cabelos castanhos e se levantar
- Doces sonhos, Bunny - desejou saindo
- Boa noite papa - a menina respondeu se enroscando nos seus lençóis grossos
Lauren caminhou até o antigo quarto de hóspedes e a encontrou debruçada sobre sua mesa de vidro, o abajur ligado enquanto ela desenhava com precisão sobre um enorme papel
A expressão concentrada, as sobrancelhas franzidas e o lábio inferior sendo apertado por entre seus dentes indicavam o quão empolgada com o projeto ela estava. Seu escritório de arquitetura era um sucesso e Lauren só podia atribuir toda a credibilidade a destreza e profissionalismo da esposa.
- Parece que os papéis se inverteram, não é mesmo? - brincou indicando que costumava ser ela aquela que trabalhava até mais tarde em casa
Dinah riu quando a viu parada na soleira da porta. Linda dentro de uma calça de moletom azul bebê e uma regata branca que mostrava os fortes braços
- Nossas filhas? - questionou erguendo-se da sua mesa específica para desenho e indo de encontro ao melhor abraço do mundo, o de Lauren
- Dormindo em suas camas - a britânica contou a apertando gentilmente
- Lolo? - a loira chamou depois de um tempo deitada sobre o peito forte - Não estou pronta pra ter filhas crescidas - sussurrou
- Nem eu - Lauren também confessou
As duas sabiam bem que, aquilo, era inevitável.
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