- Ai merda - Ally xingou baixinho quando Ayla mudou de posição em sua cadeirinha e a mãe teve que se esticar ainda mais para segurar o copo com bico onde a menina mamava leite com chocolate
Dinah riu fraco de seu banco
- É tão mais fácil amamentar - a advogada comentou, fazendo as outras duas mulheres rirem baixo e todos os olhos voltarem para a pequena Camila que mamava em Dinah, toda esparramada no colo da loira
- Quando se tem mesmo leite né? - Dinah brincou de volta - A bichinha está mamando colostro a dias - riu junto as amigas
- Seu leite vai descer DJ, tenha paciência - Ally sorriu doce pra sua amiga
- E quando descer, você vai parecer uma vaca leiteira - Mani brincou no banco da frente da grande Escalade vermelha que dirigia pelo interior da Inglaterra - Como a Ally - provocou, o que rendeu uma gargalhada de Dinah e um tapa em seu braço esquerdo, vindo da esposa irritada
- Eu tinha gêmeas pra sustentar! - se defendeu sob as risadas da motorista
- Ainda assim, vaquinha - Normani recebeu outro tapa
- Você gostava, sua hipócrita! - Ally berrou
- Ai meu Deus! Que nojo! - foi a vez de Dinah rir alto
Minutos seguintes, todas, com a exceção de Normani, dormiam cansadas de uma noite muito agitada com o vôo que pegaram ás 17:30 da tarde e chegaram ás 03:00 da manhã em Londres, de onde partiram com um carro alugado para a pequena cidade de Arundel.
Dinah agradecia pela ajuda de Allysson, já quê sem a baixinha, ela nem saberia onde Lauren estava ou muito menos como chegar a este castelo da família que ao o longo de seis anos de relacionamento, sendo um de namoro e cinco de casamento, ela nunca fora.
Ela se sentia ansiosa, tenta e nervosa, como se fosse a primeira vez que viria a sua esposa tão amada.
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Ela se perguntava como iria descer de algo tão alto e como, ainda estava montada
Assim que chegaram á aquele castelo incrível, foram recebidas por gentil senhor que informara que a lady Norfolk fora caçar, e os filhos Norfolk estavam na cidade passeando, por isso, Dinah sequer se dera ao luxo de deslumbra-se com o castelo, pedira ao mesmo homem que lhe levasse de encontro a sua lady. É claro que haviam sido apresentada a uma carrancuda e mal humorada senhora, que as hospedara dentro do grande castelo, em uma sala muito antiga
Minutos depois, o mesmo homem lhe aparecera com um enorme cavalo e dissera, após ver o espanto da jovem moça, ser o menor que possuíam. Em decorrência disso, agora, Dinah galopava sem jeito numa cela em cima de uma belíssima égua que o gentil Wagner, dissera ser uma Barb de nome Cristal.
A mulher, sequer prestou atenção no caminho ou na bela paisagem que lhe cercava, ela apenas sentia o peito suplicar por Lauren a cada mísero segundo passado. Nem pensara no que ia fazer ou falar quando por fim a encontrasse, apenas queria abraça-la com força e pedir o mais verdadeiro dos perdões
Ela não saberia dizer onde estava, ou, quanto tempo durou toda aquela cavalgada, apenas parou junto ao homem que montava um cavalo negro e enorme, idêntico ao do quadro que jazia no escritório de Lauren. Puxou as rédeas como Wagner havia lhe mostrado antes dela montar e a égua parou no mesmo instante, calminha
- Ela está lá, senhorita - apontou para a lateral direita de Dinah
Havia um cavalo, idêntico ao que Wagner montava, parado e preso junto a uma árvore. Tudo, agora Dinah notava, era cercado por altas e densas árvores que impediam a visão de metros muito a frente. Com a ajuda do gentil senhor, ela desceu com esforço do cavalo e pôs-se a caminhar sozinha na direção que lhe fora apontada.
Eram bons metros cobertos por grama e relva alta, alguns chegando até mesmo a seus joelhos. Caminhou até estar próxima ao enorme e magnifico cavalo negro e do ponto em que estava, olhou a diante.
Uma limpa campina se espalhava até onde seus olhos enxergavam, rodeada de árvores tão altas e densas quando a que Dinah estava ao lado. No meio dessa campina, um ser muito alto, com cabelos negros presos e trajando um grande e volumoso sobretudo verde musgo, apontava uma arma na direção contrária a de Dinah, completamente concentrado
Até quê, por um momento, algo lhe pareceu repentinamente errado
E ela abaixou o rifle e olhou para trás, só para certificar-se da normalidade de tudo
Mas havia alguém ali, há uns vinte metros de onde Lauren tentava acertar um cervo.
Apertou os olhos tentando ver quem era o bendito intruso sob a luz contrária a si. Até qua sua visão se ajustou lentamente
E ela viu um sorriso grande, lindo e ofuscante, como um sol bem em sua frente. Em seguida, avistou um par de olhos castanhos, muito escuros, os olhos mais doces que existiam
Ela sabia com todo o seu ser, de quem era, aquele olhar
Sentiu as pernas fraquejarem e o ar lhe faltar
Era uma alucinação.
Só poderia ser
Todos esses dias bebendo descompensadamente haviam de fato, lhe afetado profundamente ao ponto de a fazerem ver coisas
Até que aquela, cuja quem Lauren jurara ser uma alucinação de sua mente ainda embriagada por tanto álcool, mexeu-se
Correndo em sua direção
E Lauren teve certeza, era a sua Dinah, bem ali.
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Quando finalmente alcançou o corpo alto e forte de sua esposa, Dinah a abraçou com toda a sua força, como se quisesse fundir-se a ela. Lauren suspendeu o corpo da menor com seus braços entorno da cintura fina da loira, cheirando seus cabelos o mais profundo que podia.
As lágrimas inundaram ambos os olhos, os corações batendo com força dentro das duas
O choro vindo lentamente
Nada parecia real
Era como sonhar
Mal podiam crer que estavam mesmo ali, que tinham mesmo, uma a outra, em um forte abraço
Unidas. Fundidas. Elas duas. Como sempre deveria ser.
Não saberiam dizer quanto tempo ficaram assim, com o peito sem ar algum tamanha a emoção e felicidade do momento, com os olhos queimando por lágrimas ardentes, com a boca repuxada num sorriso refletido por suas almas
Devagar, Lauren buscou os lábios amados contra os seus, e os tomou pra si, explorando cada centímetro tão bem conhecido, saboreando, acariciando, desvendando
Era tudo amado, tudo conhecido
Dinah apenas beijou-a com devoção, sentindo a delicadeza e firmeza de ter os lábios habilidosos de Lauren contra os seus
As mãos fortes percorreram seu corpo, caricias suaves, em toques firmes, por cima das roupas de frio. Até Lauren levar uma das mãos até sua nuca, acariciando o local com gentileza
Tudo era feito com urgência, com uma paixão avassaladora de terem-se, de corpo e alma, ali
- Por favor - Lauren a ouviu sussurrar contra sua boca - Eu quero você
E de fato, a britânica não precisava ouvir mais nada
O mais delicado que pode, ajudou Dinah a deita-se na grama, sem antes esquecer-se de livrar-se de seu grande e pesado casaco, o colocando sobre a grama molhada afim de proteger sua mulher
Deitou-se por cima dela, apoiando seu peso em suas mãos postas na lateral do corpo menor que ainda lhe beijava como se sua vida dependesse disso, e dependia.
As roupas foram puxadas de ambos os corpos com força e urgência, não houve tempo para preliminares sutis
Era urgente, essencial, iminente, apaixonado. Elas necessitavam uma da outra assim como necessitavam do ar bombeando em seu corpo
Logo Lauren entrava com cuidado em seu interior molhado e quente, começando a bombear suavemente, os lábios doces torturando seu ponto de pulso com precisão, o céu começando a se ascender diante os olhos de Dinah
Tão mais logo, as estocadas eram fortes, certeiramente precisas, urgentes, apaixonadas. Levavam a loira ao paraíso, inúmeras e inúmeras vezes, em um vai e vem quase alucinante para ambas. Ela sentia Lauren ir fundo dentro de si enquanto a beijava com vigor, a respiração aveludada bem em sua face, o cheiro de menta e madeira por toda parte. Era inebriante
A loira sentia todo o seu corpo formigar de uma maneira maravilhosa, como se quisesse explodir de tanto prazer.
Lauren ergueu-se e a fitou intensamente enquanto corria junto a ela para um abismo sem fim, ambas imersas no prazer infindável que era se amar, o amor carnal e divino, abençoado por Deus
Era mágico, assustadoramente mágico
E a melhor forma que ambas conheciam para dizer o quanto se amavam
Quando atingiram o ápice, Dinah jurou ver estrelas brilhantes nos céus claros e Lauren, jurou ter nos braços a própria Afrodite, gozando gloriosamente enquanto gritava seu nome entre gemidos
- Eu te amo - sussurram ofegantes e ao mesmo tempo
Elas se amavam, era certo.
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Dedos percorriam suas costas nuas com carinho, a fazendo se arrepiar e sorrir
Virou o rosto, ainda de bruços sobre o casaco, para olhar a figura deitada na grama ao seu lado.
Os intensos olhos verdes pareciam ainda mais verdes quando perto de toda aquela mata, as pinceladas negras dançavam nas íris estonteantes e como se tudo isso não fosse o suficiente, ela ainda sorria de lado, roubando todo o fôlego de Dinah
- Me diga que eu não estou sonhando - pediu com a voz ainda mais rouca, deliciosa
Dinah sorriu apaixonada
- Não está - garantiu sorrindo em lágrimas não caídas
- Você está mesmo aqui? - Lauren questionou divertida
A loira ergueu uma mão e tocou a face branca e amada com carinho
- Estou aqui, nós estamos aqui - garantiu novamente
Lauren deixou um beijo na palma da mão que lhe tocava a pouco
- Agora acredito - afirmou divertida
E então, sorriram abertamente, de corpo e alma.
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Here Comes the Sun
RandomDinah só queria amor, Camila só queria ser amada e Lauren, não sabia nada sobre isso. "Querida, tem sido um inverno longo, frio e solitário Querida, parece que faz muitos anos desde que ele esteve aqui Lá vem o sol Lá vem o sol E eu digo Que está t...