Inês

Epílogo

Os meses se passaram e a barriga de Inês crescia a deixando mais linda aos olhos de Victoriano quanto aos olhos de qualquer um. A criança era um menino e Inês passou os 5 meses de gestação tranquila, sem enjoos e sem desmaios apenas com desejos loucos. Uma vez ela fez Victoriano levantar da cama depois das três da madrugada para trazer para ela tortillas assadas, tinha que ser assadas caso contrario ela não queria, ou da vez que Inês fez Victoriano comprar Yakisoba as 7 horas da manhã ou quando ela acordou as 4 da manhã acordando as cozinheiras pelo simples motivo dela querer um bolo de chocolate, com cobertura de chocolate, recheio de chocolate, tudo de chocolate, mas o pior não foi o desejo de comer bolo foi o susto que Victoriano tomou ao acordar com o barulho de Inês comendo bolo na cama, ele pensou que tinha um animal entrando no quarto de tanto "hum" que ela fazia a cada garfada. Aos 7 meses de gestação Inês precisou ficar de repouso e Victoriano tirou ferias das empresas, ele queria estar com Inês em cada momento do final da gestação. A criança "nadava" dentro da barriga de Inês deformando-a de formas hilárias virando atração de toda a família.

- Olha, mãe! - disse Patrício impressionado com a impressão perfeita da mão da criança na pele da barriga de Inês.

- Precisamos dar um nome a ele, Inês. - disse Victoriano.

- Verdade, mãe! - disse Patrício animado. Só estava eles três no quarto.

- Patrício, vai para o seu quarto e faz uma lista de nomes, mais tarde conversamos com seus irmãos e resolvemos. OK?

- Tá. - respondeu o menino que saiu correndo o quarto logo em seguida.

Aos estarem sozinhos, Inês encarou Victoriano preocupada.

- O que houve? Porque dispensou Patrício assim? - Inês suspirou e pegou as mãos de Victoriano.

- Precisamos contar a verdade a Diana.

- Não. - disse Victoriano de imediato. - Eu prometi a Vicente que seria o pai dela e eu sou.

- Mas, Victoriano...

- Não tem "mais"... - Victoriano se levantou e andou para longe da cama um pouco irritado.

- Ela gosta de Alexandre....

O coração de Victoriano acelerou de repente e ele sentiu uma dor fina logo em seguida, se virando para encarar Inês, sem conseguir pronunciar uma palavra de tão surpreso.

- Não podemos privá-la de viver esse sentimento. - disse Inês, fazendo cara de dor pelos movimentos do bebê e alisando a barriga de cabeça baixa.

- Como ela pode? De certa forma eles são...

- Eles não são... O corpo sente, Victoriano. - Inês encarou Victoriano. - Eles precisam saber, porque se eles forem alma gêmeas, um dia será cobrado de nós?

- Alma gêmeas? - Victoriano sorriu.- Eu não...

- Sim. Você vai ou eu vou.

- Vai procurar briga logo agora que nosso filho vai nascer? Por anos você não pensou nisso...

- Até ver minha sobrinha chorar por sentir algo por Alexandre como se isso fosse errado! Alexandre não é irmão de Diana e ela está sofrendo em vão!

- O que? - Diana acabava de entrar no quarto e ouviu toda a afirmação de inês.

- Meu amor, quanto tempo está ai? - perguntou Victoriano nervoso, temendo que o segredo fosse revelado daquele jeito.

- O tempo suficiente... Se eu não sou irmã de Alexandre, de quem sou filha? Quem eu sou?

Inês abaixou a cabeça e deixou Victoriano fazer a coisa certa.