XI - Ela

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"A paixão queima, o amor enlouquece e o desejo trai."
Luis Fernando Verissimo

Entramos no carro e a abracei. Ela deitou em meu ombro e ficamos vendo a paisagem passar pela janela, em silêncio, é uma área gastronômica, então a paisagem estava cheia dos melhores restaurantes da cidade e eu estava louco para levar meu amor para conhecer a culinária colombiana. A Colombia é um país lindo e cheio de história. Estar em Bogotá, sua capital, sempre me inspirou, e estar com Inês tornou tudo mais mágico. É como estar em um sonho, é como se ela fosse minha, inteiramente minha e não quero pensar em nada que torna isso irreal.

Chegamos em Four Seasons Hotel Casa Medina. Mais gratificante do que estar ao lado dela é vê-la sorrir e ela o fez ao ver a fachada, datada de 1940. É um casarão de tijolos avermelhados, sem pintura moderna, com grandes janelas de vidro e na porta de entrada, uma pequena varanda limitada a esta; suas pilastras duplas chamavam a atenção. Era como ser levado ao século passado e isso tornava tudo charmoso e romântico.

Fiz o Check-in e fomos para o quarto, a noite se aproximava e estávamos cansados

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Fiz o Check-in e fomos para o quarto, a noite se aproximava e estávamos cansados. Inês entrou primeiro, jogou a bolsa no chão e caiu sobre a cama.

- Esse lugar é lindo. - fechou os olhos e abriu os braços de bruços sobre a cama. Apenas a observei com um sorriso bobo no rosto, sua pele ressaltando no justo e comportado vestido negro assim como seu traseiro pequeno, mas notável.

- Vai dormir sem comer nada antes? - ela se virou e olhou o teto.

- Infelizmente, não. Mas, quero comer aqui. - minha mente vagou a várias possibilidades para o término daquele jantar e sorri maliciosamente, mas ela não viu, ainda admirava o belo lustre no teto do quarto.

- Vou pedir. Alguma preferência sobre o que comer? - ela me olhou, ainda deitada e cerrou os olhos.

- Não. Pode pedir o que quiser, enquanto isso vou tomar um banho. - se levantou e caminhou até o banheiro. Que tentação para segui-la, mas não quero pressioná-la. Sei que o quase estupro ainda a atormenta e não quero me precipitar em nada.

Inês demorou no banho, a comida chegou e dei uma gorjeta ao carinha que trouxe tudo tão carismaticamente, ele acendeu as velas sobre a mesa e desligou a luz antes de sair. Retirei o paletó e os sapatos, ficando mais a vontade para a ocasião. Olhei a paisagem pela janela, apenas entre a luz da lua e das velas, e pensei, por um momento, no desastre que nos esperava no México, me dói pensar em uma despedida e não consigo pensar em como sair dessa trama maléfica daquela demoníaca mulher.

Me assustei ao ouvir a porta se abrindo e olhei buscando o causador do ruído. Ela estava lá, parada em seu robe de cetim negro. A luz da lua iluminava o local e entrava pela janela tocando nos pés descalços dela que logo se moveram em minha direção. Seus cabelos soltos pouco se moviam a cada passada elegante que ela dava, parecia uma onça negra desfilando até mim com seus olhos verdes penetrantes e abrindo o robe a medida que se aproximava, mostrando seu corpo totalmente nu. Nunca a vi com aquele olhar de caçada, eu era uma caça vulnerável e a mercê dela. Ela sabia. Quando chegou até mim, me levou até a cama pelas mãos, olhos nos olhos ; sentei. Ela abriu minhas pernas e ainda em pé se posicionou entre elas; minha cabeça na direção dos seios pequenos e expostos. Me atrevi a tocar sua cintura sob o rob entre aberto, abraçando-a e beijando seu ventre plano e a mostra. Ela agarrou meus cabelos com força, por um momento pensei estar tendo uma alucinação, mas era realidade. Foi quando ela puxou meus cabelos levando minha cabeça para trás, separando meus lábios de sua pele e me obrigando a olhar nos olhos dela. Seja o que quer que ela queira fazer eu não negarei. Ela me empurrou e deitei na cama, suas mãos agora em minhas coxas, subindo lentamente e fervendo meu sangue. Meu corpo responde tão fácil a ela. Parece repetição e é, mas nunca vi essa Inês. Com ânsia, ela me despiu, retirando a calça social que eu vestia em segundos, abrindo minha camisa social lentamente e acariciando meu tronco, provocante. Já estava ereto para ela, mas não era o suficiente. Ela queria me enlouquecer e me deu prazer com a boca. Sua língua tocou meu menino, o molhando, o rodeando lentamente antes de introduzi-lo lento, molhado. Imaginei isso várias vezes e ela estava ali, tão voraz como em meus pensamentos mais eróticos. E o pior ou melhor é que ela me introduziu tempo antes do primeiro orgasmo; me derramei dentro dela e nesse momento a tomei, a deitando na cama e subindo sobre ela; ainda ligados intimamente.

InêsOnde histórias criam vida. Descubra agora