"Por lo que reste de vida yo me la paso contigo, comiendo de tu boca el tiempo que me queda, luchando contra el mundo y contra la marea."
Thalia - Por lo que reste de vida
O navio atracou no Porto de Lázaro Cádenas e o casal, logo depois, pegou um avião em direção a cidade do México. Ao descer do avião, Inês e Victoriano andavam de mãos dadas e em silêncio. Era tão natural ficarem em silêncio na companhia um do outro, era como estar consigo mesmo e isso deixava o "estar juntos" mai especial.
- Então, minha fera, o que faremos com nossos filhos? - Inês o encarou com um sorriso terno no rosto.
- Surpresa.
DOIS DIAS DEPOIS
O dia amanheceu e todos no casarão foram acordados com um sino tocando. Diana abriu os olhos e se desesperou, pensando que algo terrível poderia ter acontecido. Cassandra levantou em um súbito e correu para fora do quarto se batendo com Alexandre, o qual saia do quarto correndo por conta do susto.
- Ai! idiota! - disse Cassandra com a mão na cabeça, havia batido a cabeça no queixo de Alexandre.
- Idiota é você. - ele retrucou.
- Parem de brigar! Não estão vendo que há algo e errado? - disse Diana passando por eles rapidamente. Ambos se olharam e seguiram Diana sentindo dor nos respectivos lugares do trauma.
Ao descer as escadas, os três encontraram Victoriano sentado no sofá de costas para a escadaria e Inês olhando para fora por uma janela, séria, sem nenhum sorriso no rosto. Diana correu até Inês sabendo que eles estavam encrencados.
- Desculpe, nana. Mas tudo que fizemos foi com uma boa intenção. - Inês continuou imóvel enquanto Diana a abraçava pelas costas. - Não castigue a Cassandra e Alexandre. A ideia foi toda minha.
- Não, Diana! - gritou Alexandre. -
- Isso não é justo, Diana. Os três fizeram e executaram o plano.
- Calem a boca idiotas! - gritou Diana.
- Parem. - falou Inês calmamente. Nesse momento Victoriano riu e Diana franziu o cenho sem entender. - Não vamos castigar vocês mas se fizerem algo assim novamente vocês ficarão de castigo para o resto de suas vidas.
Os três irmãos se miraram sem entender nada, então Victoriano se aproximou de Inês e a segurou pela cintura. Isso era muita confusão para a mente dos jovens irmãos.
- Mãos na cintura e sorrisos? - indagou Diana. - Não há nada que vocês devam nos dizer?
- Dever, não, mas temos algo para dizer. - disse Inês.
Victoriano estava com sorriso largo e Inês não fez suspense.
- As ações de vocês causaram consequências irreversíveis. Ficar sob custodia de dois irmãos surfistas em quase um sequestro e depois termos que fugir para um cruzeiro por um mês foi o suficiente para que o plano de vocês dessem certo, no entanto, eu acabei...
Inês engoliu em seco e todos, menos Victoriano, estavam apreensivos.
- O que houve, mãe? - indagou Alexandre preocupado.
- Eu... - disse Inês tentando acreditar nas palavras que iria dizer.
- Nana? - falou Diana com o coração acelerado, pensando no pior.
Depois de um tempo de silencio, sem que Inês conseguisse dizer as palavras, Victoriano falou de uma vez.
- Estamos grávidos.
Sem que nem mesmo um segundo se passasse, os três jovens a frente gritaram e pularam de alegria, Inês ainda assustada não proferiu nenhuma palavra, apenas recebeu o abraço apertado de Diana e observou a comemoração, o sorriso de Victoriano e a correria de Cassandra para espalhar a noticia. Um novo bebe chegaria à família Santos.
- Me sinto tonta. - disse Inês bem baixo, apenas para Victoriano ouvir. - Vou subir.
- Eu vou com você. - disse ele a segurando, preocupado.
- Não faça alarme. Só quero silencio.
- Tudo bem.
Sem mais palavras o casal subiu para o quarto de Victoriano. Inês logo viu que Diana havia trazido suas roupas e arrumado tudo. Inês não teria trabalho para nada, era como se ela sempre tivesse sido uma Santos. Sem falar nada, Inês deitou na cama e fechou os olhos recebendo caricias de Victoriano.
- Você não queria esse filho? - indagou ele a fazendo abrir os olhos.
- Não... Eu só... Não planejava engravidar novamente e ver toda aquela alegria dos nossos filhos, me senti irritada, influenciada, manipulada...
- Esqueceu a alegria de ser mãe?
Inês se virou para olhar nos olhos de Victoriano. Ela acariciou o rosto dele.
- Você queria isso mais que eu, mas eu amarei essa criança como amo todos meus filhos.
- Sim. Eu quero ter todas as experiencias ao seu lado e entre elas ver como você é durante a gravidez, quero fazer seus desejos, cumprir seus caprichos, te encher de mimos... Quero acariciar sua barriga sabendo que ali está um filho nosso, quero segurar sua mão no dia do parto, quero passar a noite com nosso filho nos braços, quero te ver amamentar... Eu quero tudo com você ao meu lado.
Inês sorriu e o beijou.
- Você terá tudo isso.
Victoriano a abraçou e beijou a testa dela.
- Enfim, para sempre?
- Para sempre.
Fim
P.S: Comentem se quiserem um Epilogo com os meses de gravidez e etc. Desculpem a demora. Obrigada pelo carinho a essa historia. Até a próxima.
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Inês
FanfictionCertas coisas não fazem muito sentido, como por exemplo, como uns nascem para sofrer e outros para serem felizes... Muitas coisas na vida são mistérios e a minha está cheia deles, muitos dos quais eu morrerei sem desvendar. Por algum motivo, aparent...