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S A R A H

O beijo é interrompido por sorrisos da parte dos dois. Continuamos meio que abraçados. Desvio o olhar e vejo algo, neste caso, alguém. É o Jeremy? Não, não, não e não. O Adam, o Jeremy, o Thomas e o James viram tudo. Não posso acreditar. Estamos feitos.

- Luke, estava ali o Jeremy e os outros. Eles viram. - aviso-o nervosa.

- Não quero saber. - Luke anda à minha volta. - Eu amo-te e não me importo que todo o mundo saiba, por acaso, quero que todos saibam. Porque eu amo-te, Sarah Clifford! - grita e manda-se para a areia.

Apesar de não o dever fazer, eu rio. Eu também amo o Luke. Está tão bêbado que nem sabe o que diz. Sento-me ao seu lado na areia. Luke levanta a cabeça, como um cão faz quando houve o latido de outro animal da mesma espécie. Sorri, algo me diz que ele teve uma ideia.

- Tive uma ideia. - sorri. - Vamos para a água. - entusiasma-se.

- Não vamos não, vamos é para casa.

- Não quero. - faz beicinho.

- Mas vais. - agarro no telemóvel. Tenho quatro chamadas não atendidas do Michael.

Olho para o bar e vejo os meus amigos. Chamo-os e eles vêm ter connosco. Olham confusos, mas riem do facto de Luke estar estendido na areia enquanto brinca com a pulseira que tenho no meu pé.

- O que vocês estão aqui a fazer? - pergunta o meu irmão.

- O Luke está bêbado.

- Mas isso estamos todos. - Calum ri.

- Sim, mas ele está mais bêbedo que o normal. - afirmo e todos olham para Luke, que ainda se encontra estendido na areia. - Está mais chato que o normal.

- Realmente, nunca o tinha visto a fazer figuras tão tristes. - Michael comenta, rindo.

Eles estão todos alcoolizados, acho que só mesmo eu e a Crystal estamos no nosso estado normal. Mesmo assim a Crystal ainda bebeu um ou dois copos.

- Mas porquê? A noite ainda é uma criança. - responde Luke já levantado, quase caindo, fazendo-me ajudá-lo a manter-se em pé.

- Anda lá Luke. - resmungo.

- Pronto, está bem. - bufa. - Por ti faço tudo. - sorri e eu repreendo-o com o olhar, deixando-o um pouco confuso, de sobrancelhas juntas.

Eu vou a conduzir o carro de Luke e Michael e Crystal vão no mesmo, porque, depois de levar Luke, vamos juntos para casa. Os restantes vão no carro de Tamara.

Estaciono o carro ao pé do prédio onde mora o meu namorado. Subo apenas eu, mas com alguma dificuldade, pois Luke ou tentava beijar-me ou tentava voltar para trás. Abro a porta do apartamento e Jack encontra-se, como sempre que venho cá, na sala a ver televisão.

- O que aconteceu? - pergunta preocupado, pois o Luke mal se aguenta em pé.

- Tu sabes mano, fomos sair e aparentemente, estou bêbedo. Eu não acho, mas eles obrigaram-me a vir para casa. - responde Luke, mandando-se para o sofá.

- Tu não estás bêbedo. - comenta. - Tu estás podre de bêbedo. - ri, mas o seu semblante logo passa a preocupado. - O meu carro?

- Eu trouxe-o, está estacionado à entrada do prédio. - informo, entregando a chave ao respetivo dono.

- Graças a Deus. - fala, juntado as mãos. O Jack é demasiado apegado ao carro. - És uma ótima namorada. - ri, fazendo-me rir também. Michael e Crystal aparecem atrás de mim.

- Adeus e obrigado por trazerem o Luke. - agradece.

- Adeus amor...es, vocês são os três, os amores da minha vida. - Luke despede-se, quase se descaindo.

- Está bem? Adeus, amor? - Michael responde confuso.

Saímos do apartamento de Jack e vamos a pé até ao nosso prédio. Chegamos rapidamente ao prédio, visto que o caminho não é assim tão longe.

Quando voltar a estar com o Luke, provavelmente só na segunda, vou falar com ele. Acho que está na hora de saberem que namoramos.

• • •

Claro que o Michael ainda não se levantou. A sua sorte é que eu acordo cedo, por isso ele tem tempo para se arranjar e ainda chegarmos uns minutos mais cedo. Depois de várias tentativas, consigo convencê-lo a levantar-se. O mesmo arranja-se ainda ensonado e, assim que termina, saímos de casa e encontramos Crystal. Michael rapidamente disperta ao ver a namorada.

Vamos os três até à escola, como eu tinha razão, não chegamos atrasados e até chegamos mais cedo. Os nossas vidas na escola são um pouco secantes. Chegamos, sentamo-nos no átrio, falamos todos, vamos para as aulas, voltamos para o átrio, etc.

- Olá, amigos. - Michael cumprimenta com uma voz aguda e senta-se na mesa do costume, ao lado de Calum.

Conversamos todos um pouco até que toca. Vamos para a sala e sentamo-nos nos habituais lugares.

- Luke. - chamo-o, falta pouco tempo para a aula acabar. O mesmo olha para mim. - Acho que está já hora de contar.

- Se tu achas que não devemos esconder mais, eu concordo. - agarra-me a mão. - Podemos correr o risco de eu perder o abono de família por parte do Michael. Seria um pouco mau perdê-lo antes de nós, tu sabes, mas por ti corro esse risco.

Mordo o lábio, de modo a tentar conter o riso e a vontade de o beijar também. Finalmente toca e saímos da sala. No momento que nos sentamos com todos no átrio, começo a ouvir vários sons. Sons de telemóveis a receber alguma notificação, todos os telemóveis da escola devem ter recebido, incluindo o meu.

Todos vêem o que receberam e como por magia, todos os olhares são direcionados a mim e a Luke. Começo a ficar nervosa. Agarro no meu telemóvel e vejo o que recibi. Não posso acreditar. Um número desconhecido mandou uma sequência de três fotos minhas e do Luke a beijarmo-nos na praia.

Sinto todos os olhares postos em nós. Olho para a nossa mesa e todos tentam disfarçar, menos Michael. Michael levanta-se com uma cara séria e sai de ao pé de nós.
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Ta ta taaaaaaaaa, o que acharam?!

lightmoony & @fckthsnm ❤️

Story Of Another Us [1]² ★ 5SOS portugueseOnde histórias criam vida. Descubra agora