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L U K E

Acabo de me arranjar, tomo o pequeno almoço com a minha mãe, despeço-me dela e conduzo até à casa da Sarah. Espero pela mesma fora do carro, enquanto penso numa maneira para convencer o Thomas e os amigos a não me denunciarem ao meu pai.

Vejo-a a aproximar-se lentamente. Deve querer apanhar-me desprevenido, mas antecipo-me, metendo as mãos na sua cintura e encostando-a ao carro, beijando-a em seguida.

- O Michael?

- Provavelmente a dormir. - ri. Adoro o seu riso. - Ainda o avisei que vinha ter contigo, mas ele não me ligou nenhuma. - conta. Os nossos amigos já sabem o que realmente aconteceu, e que reatamos.

Assim que chegamos à escola, ficamos a conversar ao portão da escola quando ouço o meu nome vindo das pessoas que menos gostava de ver neste momento. O quarteto maravilha.

- Precisamos de falar, agora. - avisa Thomas. Peço a Sarah para ir andando para dentro e vou ter com eles - Hemmings, o que é que estavas a fazer?

- Eu estou farto disto tudo, não vou ceder a mais só porque aquele homem tem as suas manias. - reclamo, deixando os quatro a olharam-me pasmados.

- É o quê?! - exclamam todos ao mesmo tempo.

- O teu pai vai matar-te. - James ri. - A ti e a nós, por isso, estás em pensar em fazer o quê?

- Apenas se vocês contarem. - respondo. Trocam olhares entre si.

- Sabes que isso tem um preço. - Thomas, responde por todos.

- Tudo bem, o que é que querem? - pergunto descontraído.

- O dobro que o teu pai nos paga. - afirma James.

Ri-me um pouco quando eles me disseram o que o meu pai lhes paga. Até podem estar a mentir para lhes dar mais dinheiro, mas mesmo assim, para o meu pai, é como se trabalhassem de graça.

Entretanto toca e vou para a sala com o Thomas e o James. Nunca os terei como amigos, mas também não são maus na sua totalidade. As suas embirrações eram por culpa do meu e, quando comecei a conhecê-lo, tenho de admitir que não os detestei de todo.

Já no fim da aula, James lembra-se de chamar Sarah. Eu juro que um dia dou-lhe um murro. Ele fala constantemente da Sarah, quando está apenas connosco ou mesmo com ela. Um dia, passei-me e atirei-lhe um copo de água à cara, fazendo todos rir.

- Sarah. - James chama, muito surpreendente, docemente, prolongando a palavra.

- Diz. - prolonga a palavra da mesma forma, virando-se para atrás. - Acho que vais dizer porcaria. - fala de uma maneira não rude, como costuma fazer.

- Eu sei deste lance todo aqui com o Hemmings, mas a minha pergunta ainda está de pé. - apoia o queixo na mão.

- A minha opinião sobre o baile também se mantém. - sorri e volta-se para a frente. A sério? A Sarah não quer ir ao baile? Não, ela tem de ir. Quero que ela vá comigo.

Toca para sair. Sarah arruma as suas coisas e sai da sala juntamente com Crystal. Arrumo as minhas coisas rapidamente e apanho-as a sair da sala.

- Olá loirinha. - ponho a mão nas suas costas, assustando-a.

- Até mais. - Crystal ri e vai embora, indo para o átrio.

- O que é que queres? - ri, mirando-me.

- Ouvi dizer que não tens par para o baile e estás a pensar em não ir. - começo. - Claramente não posso deixar isso acontecer. Vais comigo.

- Ai vou? - levanta uma sobrancelha.

- Queres ir ao baile comigo? - deixo a minha cabeça cair na sua cabeça, pois a Sarah é demasiado pequena para deixar cair no seu ombro.

- Vais obrigar-me a comprar um vestido, mas tudo bem. - Sarah levanta a cabeça, para eu a conseguir olhar, e beijo-a rapidamente.

Saímos do edifício, indo para o átrio. Sentamo-nos na mesa onde estão todos. Tinha saudades de estar aqui, com eles, os meus verdadeiros amigos. Observava-os todos os dias como um obcecado e só queria estar presente para ouvir as barbaridades do Calum e da Jessie que fazem todos rir.

- Olá sumido. - Michael troço. Nós estávamos constantemente juntos, graças a banda, mas não era o mesmo. Sarah abraça-me o tronco, fazendo-me rir.

- Vais ao baile, correto? - Tamara passa a conversa para Sarah. A mensa assente. - Perfeito, vamos buscar-te às três.

- Nós é que vamos escolher o teu vestido. - Jessie ri-se.

- Tenho uma pergunta. - Michael informa. - Como é que estás aqui sem os outros fazerem algo contra?

- Estou a pagar-lhes pelo silêncio. - revelo.

- Ei, ninguém quer que gastes o teu dinheiro para isso, muito menos eu. - Sarah desvia-se, mirando-me ligeiramente preocupada.

- De que serve tanto dinheiro se não é para gastá-lo em ti? - ponho o braço na sua cintura, acariciando-a.

S A R A H

Depois de sair da última aula, despeço-me do Luke e vou com o Michael e a Crystal para casa. Almoçamos juntos em nossa casa e vemos televisão até a Tamara, a Kendall e a Jessie chegarem. Tentei convencer o Michael a vir connosco para me ajudar, mas ele disse que nunca iria passar a tarde com cinco raparigas às compras. Ele é que perde, porque nós somos fantásticas.

Saímos de minha casa e vamos para o carro da Tamara, indo até ao centro comercial. Estamos aqui há três horas e já passamos por imensas lojas. A Kendall e a Crystal já têm vestido, sapatos, acessórios, tudo e eu ainda não comprei nada. Esta vai ser a última loja que entro hoje, se não encontrar nada compro na internet ou vasculho um dos seus armários.

Jessie e Tamara mandam-me sentar num banco enquanto me vão mostrando vestidos, como fizeram em todas as lojas, mas não estou a prestar muita atenção.

Olho em volta da loja e reparo num vestido. É um vestido curto rodado que fica um pouco a cima dos joelhos de cor azul claro e o tecido das costas é meio transparente com alguns detalhes da cor do vestido. Levanto-me e vou até este, pegando num que seja o meu número.

Depois de o experimentar, encontrei também uns sapatos que gostasse. Finalmente tratei deste assunto, que alívio.

Story Of Another Us [1]² ★ 5SOS portugueseOnde histórias criam vida. Descubra agora