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L U K E

Esta noite não dormi nada, passei-a em claro, apenas a observar o teto. Sem exageros, mandei mais de duzentas mensagens à Sarah com o bónus de quarenta ligações ou mais. Não me respondeu, decido então ligar ao Michael, ignorando o facto de serem oito da manhã.

- Espero que tenhas um bom motivo para me ligar a estas horas. - Michael bufa, muito ensonado.

- Estás a brincar, não estás? A Sarah?

- Oh, meu Deus! - grita. - Esqueci-me disso! - consigo ouvir o mesmo a levantar-se bruscamente. - Luke? - ouço a sua voz trémula.

- Sim?

- Ela, ela não, não está a-a-aqui-. - Michael engasga-se.

- Liga à Crystal e aos rapazes que eu ligo a elas. Ela pode estar com algum deles, encontramo-nos no teu prédio.

Michael apenas assente e desliga a chamada. Ignoro ao máximo o meu nervosismo e os horrendos cenários que passam na minha mente e começo por ligar à Tamara, enquanto me visto.

Jessie não sabe de nada, assim como Kendall e Tamara. Ponho as três também nervosas e aviso-as para irem ter ao prédio do Michael, temos de a procurar.

Saio de casa e Michael avisa-me que Calum e Ashton também não sabem da Sarah, por isso, encontramo-nos os oito no prédio. Estaciono o carro ao pé do prédio dos Clifford e vou até à entrada do mesmo. Já cá se encontram todos os nossos amigos.

- Estou a entrar em pânico. - comenta Kendall. - Onde é que estará a Sarah? - Ashton abraça-a pelas costas para a reconfortar.

- Calma, nós vamos encontrá-la. - Crystal tenta ver o lado positivo, mais por causa do Michael.

- Fazemos assim. - começa Tamara. - Dividimo-nos em grupos e vamos procurá-la nos sítios que customa frequentar e encontramo-nos aqui. - todos assentimos.

Dividimo-nos em grupos e íamos começar a procurar a minha namorada, quando recebo uma chamada no telemóvel. Não conheço o número, por isso, peço-lhes para esperar um pouco para atender a chamada.

- Estou? - atendo a chamada.

- Pensavas que me conseguias enganar durante muito tempo? - pergunta a pessoa do outro lado da linha.

- O quê? - pergunto confuso.

- Então Luke, nem reconheces a voz da pessoa que ajudou a que viesses a este mundo? - goza.

- Pai? - digo incrédulo.

- Não, o menino Jesus. - continua a troça.

- Olha eu agora não tenho tempo, tenho que ir. - ia terminar a chamada, mas o mesmo interrompe-me.

- À procura da tua namorada? Não te esforces, nunca a vais encontrar. - informa. - A não ser sejas inteligente, visto que não és, lamento.

- Como? - estou cada vez mais confuso.

- Espera aí. Diz alguma coisa, princesa. - ordena. - Deixe-me sair. - ouço a voz da Sarah. -

- Sarah? - ficam todos a olhar para mim curiosos.

- Faz alguma coisa, Hemmings. - ouço a voz de Thomas do outro lado da linha, seguida da voz do James. - E depressa.

- Que merda é que lhes fizestes? - pergunto furioso ao meu pai.

- Nada, ainda. - ri. - Mas se não fizeres o que eu vou ordenar, garanto que vou fazer.

- O que é que queres? - pergunto cada vez mais irritado.

- Primeiro, vais começar a respeitar-me e deixar de me afrontar. Segundo, vais desistir dessa ideia parva de ir para essa tour ou lá o que é isso e vens trabalhar para a empresa. - logo aqui fiquei parvo, como e que ele sabe do tour? A Sarah de certeza que não disse, por isso, não sei mesmo. - E tens de fazer tudo o que eu mandar, se não é aqui a tua linda namoradinha que sofre.- avisa. - Sabes, ainda estou para descobrir como é que conseguiste uma rapariga assim.

- Ouve, se lhe tocas num único fio de cabelo que seja eu dou cabo de ti! - ameaço. Acho que os meus amigos já perceberam mais ou menos o que está a acontecer.

- Então, ainda agora começamos e já estás a quebrar as regras. - ri. - Aviso já que só a liberto quando tudo o que eu mandei estiver realizado, e se atreves sequer a não o fazer ou chamar a polícia, a tua namoradinha vai desta para melhor. - ameaça e desliga a chamada.

Deixo cair o telemóvel numa reação de choque. Eu não posso fazer o que ele me ordenou, seria injusto para o Ashton, para o Calum e para o Michael, mas também para mim e assim o meu pai continuava "no comando", mas também tenho de arranjar maneira de salvar a Sarah. Michael vem até mim, abraçando-me e eu retribuo.

- Desculpa. - sussuro enquanto nos abraçamos.

- A culpa não é tua. - afirma fungoso. - Nós vamos encontrá-la.

- Ele diz que só a liberta se eu for trabalhar para a empresa e me tornar mais um em que deixa de ter vida própria, e se não o fizer ou chamar a polícia, ele acaba com ela. - informo começando a chorar.

- Nós vamos salvá-la sem teres de te sacrificar dessa maneira. - começa Ashton. - Vamos arranjar uma maneira.

Decidimos ir embora, as raparigas vão para a casa da Crystal e nós subimos para o apartamento dos Clifford. O pai deles já saiu, logo não nos temos de preocupar com o que dizemos.

- Eu tive uma ideia, mas não quero que arranjem problemas. - esfrego as mãos, andando de um lado para o outro, enquanto os outros encontram-se sentados no sofá.

- É a Sarah, fazemos qualquer coisa por ela. - afirma Ashton.

- Ela é como uma irmã para nós. - acrescenta Calum.

- Vamos ao escritório do meu pai procurar pistas. Deve estar lá algo, suponho.

- Então vamos. - Michael levanta-se.

Todos o seguimos e saímos do prédio, entrando logo no seu carro.

- Michael, a sério, desculpa. - olho para o rapaz de cabelo vermelho assim que arrancamos.

- Pelo quê? - para de roer as unhas.

- Se eu não me tivesse envolvido com a Sarah, nunca me teria apaixonado por ela, logo nada disto estaria a acontecer. - mexo os dedos, brincando com os mesmos.

- Luke, já disse que não tiveste culpa. - Michael insiste. - A culpa aqui é do teu pai.

- Eu sei, mas continuo a sentir que a culpa é minha.

- Luke para! - Ashton ordena. - Não tens culpa, OK?

- Exato, nós juntos vamos salvá-la, não te preocupes. - Calum põe a mão no meu ombro, fazendo crescer um sorriso triste nos lábios.

Story Of Another Us [1]² ★ 5SOS portugueseOnde histórias criam vida. Descubra agora