Capítulo 3

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 Os paramédicos chegaram impedindo que ela levantasse.

_A senhora precisa ficar quieta, à vezes por causa do trauma a adrenalina não nos deixa sentir dor e podemos acabar com sequelas irreparáveis. 

Um dos paramédico falou.

_Olha doutor, eu estou bem, o acidente não foi tão grave...posso perfeitamente ir embora, ligar  para o guincho e tentar chegar no meu emprego.

Revirei os olhos. O paramédico olhou pra mim antes de falar:

_Pode acalmar sua esposa?

Respondemos juntos 

_Ele não é meu marido!

_Ela não é minha esposa!

 Nos olhamos franzindo os olhos.

_Certo...já entendi. Como é seu nome senhora?

_Felicity, Felicity smouk. E é senhorita!

_Como eu disse o melhor é você nos ajudar para que tenhamos certeza que está bem.

Em alguns minutos nós estávamos a caminho do hospital. Ela não queria que eu fosse, mas  fui assim mesmo. Precisava ter certeza que ela estava bem. Não gosto de ambulâncias, fui na minha moto seguindo de perto. logo que chegamos, foi constatado que ela estava bem. Sentada na maca conseguimos conversar sem nos agredir. Há anos não tinha uma conversa com uma pessoa tão autentica. Que não ficava tentando parecer mais inteligente do que era, e com aquelas frases nerds eu sei que ela é bem mais inteligente do que eu imagino, que apesar de ser linda não parecia ser tão vaidosa quanto muitas mulheres que eu conheço, e a honestidade...falava mil frases, se enrolando na maioria, com uma honestidade desconcertante. Em nenhum momento ela aceitou qualquer ajuda minha financeira. Eu nunca conheci alguém assim. Depois dos exames enquanto esperávamos o médico vir dar alta. Ela levantou e me olhou de forma doce.

_Olha, obrigada por ter me ajudado eu sei que eu fui culpada pelo acidente..dormi no volante e quase matei nós dois.  Sei que Deus nos guardou de algo pior. Me desculpe...

_Tudo bem, eu também fui um pouco culpado,  estava meio estressado e acabei correndo demais.

_Ainda não sei seu nome.

_Oliver...

Não falei meu sobrenome. Quis ser apenas eu, sem tudo que o nome Queen representa nesta cidade. O meu celular tocou. Pedi licença.Fui até a janela do quarto, o médico havia entrado, Dr.Ray Palmer,  ele estava assinando o termo de alta dela. Eu havia combinado de levá-la em sua casa por isso a esperava. Claro que Felicity só aceitou depois de uns minutos de relutância e frases que me faziam sorrir a cada palavra. Atendi o celular falando baixo

_Oi Thea.

_Ollie...onde você está?

Era minha irmã.  Thea parecia nervosa ao telefone.

_Aconteceu alguma coisa?

_E-eu preciso falar com você. Pode me encontra naquele restaurante perto do hotel onde você se hospedou?

_Agora?

_Sim, por favor.

_Certo. Eu preciso resolver uma coisa e depois estarei indo pra lá.

_Não demora.

Desliguei o celular e vi quando o médico visivelmente estava flertando com Felicty. Que absurdo, ela é uma paciente, fechei o rosto e me aproximei.

_Bem, felicity, está de alta. Pode ir pra casa.

Ele falava sem tirar os olhos dela com um sorrisinho que me irritou . Ela respondeu mais alegrinha do que o normal.

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