Hope

Capítulo 24

OLIVER POV

_B-bebê?

Ouvi perfeitamente o que Sarah falou, mas meu cérebro não conseguiu processar o que realmente aquilo poderia significar. Olhei pra Felicity, ela parecia nervosa. Olhei para Diggle e percebi que tanto para ele quanto para os outros aquelas palavras não causaram o mesmo espanto que para mim. Eles sabiam.

_Podem nos deixar à sós?

Felicity falou. Todos saíram do quarto enquanto eu sentava na cama. O ultimo a sair foi o Dr.Ray Palmer.  Ele parecia surpreso, assim como eu. Felicity e eu nos olhamos por alguns segundos. 

_Felicity por que Sarah disse aquilo?

Ela respirou fundo e parecia estar tentando não falar enquanto pensava.

_Sei que você deve estar confuso, eu também...Thea não devia ter dito nada...

_Thea? O que tem a Thea?

_Ela disse a Sarah,  e acho que também disse para o Roy...

_Roy? Felicity, por favor, eu não estou entendendo. 

Ela me encarou parecendo pensativa, acho que estava falando consigo mesma, seus lábios se mexeram, mas sem emitir som.  Ela olhou para um pacote sobre a cama, na verdade uma sacola com algumas caixas que pareciam de remédios dentro. E o pegou rápido. Me olhando com os olhos arregalados. 

_O que é isso? 

Perguntei me aproximando. Ela o escondeu atrás das costas. 

_Nada! Isso não é nada!

_Felicity...

_Oliver, eu...eu preciso ir no banheiro.

_Sério?

_Vou te explicar tudo assim que sair de lá.

Ela me deixou lá no meio do quarto, parado e confuso, prestes a ter um infarto. 

Nunca fiquei tão desesperado.. Vejo como o que sinto por Felicity é diferente do que senti por Laurel.  Eu jamais fui fiel à Laurel, ela não merecia isso.  Me sentia um monstro por tê-la traído com Sarah. O pior veio depois quando eu fui até ela, abri meu coração, contei sobre Sarah, pedi perdão e disse que não a amava... e foi ai que descobri que meu pai havia entrado em um tipo de acordo com Laurel, para que ela se aproximasse de mim.  Ela sabia sobre a Sarah, ela foi contratada pra me convencer a fazer tudo que o Sr. Robert Queen quisesse que eu fizesse. Ele via na Laurel a mulher ideal para mim e fez tudo que pode pra que eu a pedisse em casamento. Meu pai sabia que eu tinha uma queda por ela, ele usou isso para tentar me manipular através dela, e por um tempo deu certo, eu estava me tornando como ele.  Laurel precisava de dinheiro por que a mãe dela estava com problemas...por isso aceitou, o detetive Quentin Lance, pai dela nunca soube. Meu pai manipulou uma garota que precisava de ajuda, a convenceu a fingir que não sabia da Sarah e cada vez que eu queria contar Laurel se esquivava e fugia do assunto. Tudo para ajudar sua mãe que devia muito dinheiro à alguns homens perigosos e teve que abandonar as filhas e fugir para não morrer e agora ela poderia pagar e sua mãe poderia voltar. Ela pediu perdão. É claro que eu a perdoei,  e ela também me perdoou. Laurel era muito melhor do que eu, fez o que fez pela mãe dela. Laurel disse que se apaixonou por mim. Apesar de tudo que eu fiz, ela ainda queria que nos casássemos. Eu sabia que não daria certo. Eu iria magoá-la muito mais se casasse. Não poderia seguir com aquilo. Ela me odiou quando levantei e fui embora. Sumi por cinco anos. Os piores anos da minha vida. O playboy que tinha tudo e todas morreu no dia que deixei Laurel.  Agora estou aqui. Deus me trouxe de volta. E me deu a chance de recomeçar, me deu Felicity...o amor da minha vida! Eu quase estraguei tudo. Respirei fundo. Fui até a janela, vi o jardim da mansão, lembrei do meu pai. Ele nunca estava conosco e a maior parte do tempo eu via minha mãe naquele jardim, sozinha. Robert Queen nunca foi um bom marido, ou um bom pai. Tive medo do que Felicity tinha pra dizer.  Eu não tive um bom modelo de paternidade.

_Oliver...

A voz dela aqueceu meu coração. Virei e a vi carregando um palitinho na mão...um não vários. O ar parou de entrar em meus pulmões. Aquilo eram testes de gravidez. Fiz um esforço sobre humano para andar até ela. 

_Felicity...isso é...

_Um teste, na verdade vários...

Um sorriso nasceu em meus lábios. 

_Eu vou ser pai?

Ela respirou fundo.

_Oliver, eu não panejei nada disso, agente nem sabe direito que tipo de relacionamento nós temos...mas isso não importa. Eu já decidi o que fazer, essa é uma decisão minha, e eu vou ter esse bebê, sozinha!

Ela falava rápido e eu mal conseguia pensar. cheguei mais perto e acariciei seu rosto vermelho com ternura. Olhei em seus olhos e depois olhei para seu ventre. Não tinha como perceber que havia um bebê ali. O nosso bebê. Senti minhas mão tremerem quando as coloquei sobre a barriga esguia de Felicity que me olhava com os olhos marejados.

_Eu te amo.

Passei meus braços em volta de sua cintura e chorei. Eu estava apavorado. Eu estava feliz. Eu ia ser pai. 

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Espero que gostem!! Amanhã tem mais.