Hope

Capítulo 2

Dias antes da morte do pai de Oliver

Eu havia chegado da China, ele havia mandado Diggle me buscar. Quando eu cheguei, entrei no escritório na enorme mansão Queen.

_Oliver...que bom que chegou, filho.

_O que você quer?

_Tenho um presente pra você.

_Não quero nada seu.

_Por favor aceite...

Ele me entregou uma caixa, com uma fita verde formando um laço. Abri e dentro havia uma bíblia. Não entendi o que ele queria com aquilo.

_Tenho muita coisa pra resolver, diz logo o que você quer?

_Não posso apenas querer ver meu filho...faz quanto tempo?

_Cinco!Faz cinco anos. E se eu não tivesse sido praticamente deportado, jamais teria voltado.

_Meu Deus...o que eu fiz com você.

_Chega dessa conversa. por que mandou o Diggle atrás de mim? Não dependo do seu dinheiro há anos, eu tinha um emprego sabia? Estava começando a gostar de lá...

_Eu duvido! Acompanho você Oliver, e sei que não fica mais de 6 meses em um lugar.

Meu pai estava me espionando. Tentando manipular minha vida de novo! 

_Estava me espionando? Foi você que roubou meu passaporte?

_Me perdoe, eu só queria concertar as coisas. Sua mãe precisa de você aqui, sua irmã...minha filha...minha Thea, ela também precisa. Nossa família precisa de você.

Ele estava chorando? Eu nunca o vi daquela forma. Vulnerável. Ignorei a vontade de abraçá-lo e gargalhei.

_Que família? Você nos deixou há anos, mesmo morando dentro desta casa, manteve um casamento de aparência, traia minha mãe! Acha que eu não sabia? Pior, ela aceitava isso por causa do seu maldito dinheiro!

_Oliver! Já chega. Precisa me ouvir.

_Não, eu não preciso. Depois de tudo que você fez...

_Oliver...

Ouvi ele chamar meu nome, mas segui em frente. Peguei minha mochila e sai de moto sem rumo. Estava andando rápido por uma estrada herma, cercada de árvores e praticamente sem trânsito e não quando um carro fazia a curva invadindo a pista contrária. Quase bati, freei com força desviando daquela banheira com rodas que vinha na contramão. Consegui permanecer na moto, me equilibrando. Iria continuar meu caminho, se não fosse o barulho que ouvi. A banheira caiu no barranco e bateu em uma árvore.

Respirei fundo e tentei acelerar a moto. Indo na direção contrária daquele problema que não era meu. Eu já tinha muita coisa na cabeça. Aquilo não foi minha culpa. O culpado dirigia uma banheira de rodas,invadiu a contramão e quase me atropelou. Não consegui acelerar. Coloquei a moto no acostamento, acendi o farol e tirei o capacete. Desci e andei até a beira do barranco. Não poderia deixar alguém naquela situação sem ajudar. Vi o carro. Até que não foi tão ruim. O barranco era baixo. Desci rápido e vi que parecia ter apenas uma pessoa. Me aproximei e confirmei minha suposição. Havia uma mulher. Ela tinha os cabelos loiros, presos num coque e usava óculos. Havia um ferimento em sua testa e ela estava desacordada. Parecia um anjo. Abri a porta do carro sem dificuldade e com cuidado a retirei de lá colocando-a no chão, o mais imóvel possível. Chequei a sua respiração e seu pulso. Ela estava bem, na medida do possível. Liguei para emergência . Peguei um lenço, retirei seus óculos,e comecei a limpar sua testa com cuidado. Ela abriu os olhos. Azuis como o céu. Nossos olhos se cruzaram e o tempo pareceu parar. Ela arregalou os olhos parecendo assustada, puxou a respiração como se fosse gritar e em seguida parou os apertou, parecendo ter uma indagação a fazer.

_Eu morri?

_Não...

_Tem certeza? Eu me lembro que eu bati meu carro, por que um maluco vinha correndo na estrada.

_Tenho, o maluco era eu. E na verdade, você invadiu a contramão.

Ela me olhou com raiva e tentou levantar soltando um grunido e colocando a mão na cabeça.

_Arg...

_Calma, você não pode levantar, precisa esperar a emergência pra ver se não quebrou nada...

_É mesmo? Quem vai me impedir?

No momento que ela sentava a ambulância chegava. Para meu alívio.

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