↳ CONCLUÍDA
❝ Park Sooyoung nunca dera tanta importância ou atenção ao colega de classe Shin Hoseok, cujo sempre fora hostilizado e julgado por conta dos boatos maldosos que o cercavam, ou, não até que precisasse ficar perto dele durante as aulas. A...
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Hoseok e eu chegamos na escola antes do horário. Os corredores ainda estavam vazios e isso era bom, não teríamos que lidar com os olhares maldosos dos alunos – ao menos não por agora.
Também não havia ninguém em nossa sala, nos sentamos nos nossos lugares e permanecemos em silêncio. Os pensamentos da manhã ainda rondavam a minha mente, mas achei melhor não ficar pensando demais naquilo no momento.
Pouco a pouco a sala era preenchida pelos alunos que chegavam um a um, olhei para o garoto sentado ao meu lado que mantinha a cabeça encostada na janela e os braços sobre a mesa. Meus olhos se direcionaram para o molde de gesso – que cobria parcialmente seu braço quebrado –, notando o quão branco e limpo estava, e inexplicávelmente senti a necessidade de pegar uma caneta e escrever algo nele, como um sinal de que eu tinha passado por ali.
— Me empresta seu braço? – Pedi aleatoriamente, fazendo com que Hoseok me encarasse sem entender absolutamente nada.
— Como assim? – Ele ainda me encarava confuso, suas sobrancelhas estavam juntas.
— Me dá o braço – Insisti mas quando percebi que ele continuava a não entender o porquê de eu querer seu braço, tomei a liberdade e delicadamente o puxei e coloquei sobre a minha mesa.
Hoseok continuava a me encarar sem saber o que eu pretendia. Então peguei uma caneta de ponta grossa na cor rosa.
— Você não vai fazer o que estou pensando, vai? – Finalmente questionou, tirando conclusões.
— Depende, no que você está pensando? – O respondi tirando a tampinha da caneta e fazendo a letra "S" no gesso alvo.
— Nisso mesmo – Apontou com a mão livre para o "S". Então lhe mostrei meu melhor sorriso travesso.
— Sabe, tava branco e sem graça demais – O garoto balançou a cabeça em descrença. — Mas ainda tá faltando algo – Pensei por alguns segundos. — Já sei! – Peguei a mesma caneta e comecei outro traçado.
— Um coração? – Indagou assim que terminei o desenho em volta da letra S. — Por que um coração?
— Sei lá, eu só quis fazer um – Ok, minha justificativa era péssima, mas realmente só fiz o que me veio em mente. —, e olha... – Levei o braço dele na altura dos seus olhos. — Ficou melhor.
Hoseok deu um sorrisinho incrédulo.
— Eu nunca vou ser capaz de entender a sua lógica, mas ok.
— Não tente entender ou você vai acabar enlouquecendo – Hoseok riu fraco. — Nem eu me entendo as vezes – Dessa vez eu sorri. — Ah, e não deixe mais ninguém escrever ai! – Pedi quase como se estivesse ordenando.
— Por quê? – Ele questionou e eu mesma me fiz a pergunta mentalmente, porque ninguém poderia escrever lá? E por que pensar nisso havia me incomodado?
