Valentina Alencar é enfermeira, não tem família, mas leva a vida de forma leve e Alegre, sempre de bom humor, curiosa e disposta a ajudar os outros. Ela se ver diante de seu maior desafio, ganhar o coração de Ryan Nunes, ela sabe que terá dificuldad...
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Eu nunca imaginei que um simples beijo pudesse balançar o meu mundo inteiro. Dizer que eu nunca pensei em beijar a Valentina seria a mais pura mentira, mas entre pensar e fazer há uma grande linha ternua, e que por Deus, eu acabei de ultrapassa-la. Enquanto atravesso a rua um pouco abalado com oque aconteceu, posso jurar que ainda sinto o gosto dos seus lábios nos meus, nunca pensei que um beijo pudesse ser tão doce como os dela, mesmo que eu tenha me perdido um pouco e não tenha a beijado com a delicadeza que ela merece, ainda assim, apesar do meu ataque aos seus lábios, foi doce e se eu acreditasse em mágica diria até que foi mágico. Beijar Valentina parecia tão certo, mas ao olhar para ela e ver aquela delicadeza, aquela ternura de quem nunca sofreu na vida e sua capacidade de sempre querer ajudar ao próximo, me fez ver mais uma vez, que nada pode acontecer entre a gente, não importa o quão bom foi beija-la ou a ilusão de que ela se encaixava tão perfeitamente em meus braços, eu não poderia tê-la ou toca-la com a minha escuridão. Valentina é doce e pura e merece alguém capaz de ama-lá, de dá o mundo a ela, alguém com um passado normal, alguém com o coração inteiro e não alguém que não acredita no amor como eu. Ela merece o melhor e eu seria sua pior escolha.
Entro em casa e ando devagarinho para não fazer barulho no piso e não acorda nenhuma das crianças, olho para a minha sala e balanço a cabeça com a zona, talvez eu devesse ter aceitado a ajuda da Valentina, pensando bem, foi melhor assim. Começo juntando os brinquedos das crianças, depois passo para as almofadas as colocando no seu devido lugar, arrumo a sala toda, depois passo para a cozinha lavando a louça. Depois de umas duas horas, subo as escadas com calma e vou para meu quarto, entro no chuveiro e deixo a água cair sobre meu corpo e cabelo. Antes de dormir a cena do beijo se repete em minha memória. Me deixando mais irritado do que eu já estava. Isso não é uma boa idéia. Antes que eu perceba estou dormindo.
Fico encostado num poste em um beco escuro, vejo de longe um homem, ele parece familiar. Tento me lembrar de onde o conheço e quanto mais tento mas minha cabeça da um nó e como se fosse um sinal, eu lembro, ele era o cara que estava conversando com o Ângelo dele fugir de mim novamente. O homem anda olhando para trás como se estivesse com medo de ser seguido. Mal sabe ele que eu vou fazê-lo de presa e devora-lo se não me dá as informações que eu quero. Enquanto ele olha para trás me coloco na sua frente, ele não tinha minha visto e tromba comigo, seus olhos se arregalam e vejo o pavor em seus olhos claros. Ele dá um pulo e começa a correr. É sempre a mesma coisa, eles me vem e correm.
— Não der mais nenhum passo! — aviso após Tirar a arma do meu bolso e atirar na lata de lixo perto dele. Ele imediatamente para e me olha com os olhos arregalados de medo.
— Eu não sei de nada! — grita ele na inútil tentativa de me convencer. Me aproximo dele aos poucos e Paro bem na sua frente. Meus olhos frios como o gelo, a vontade de me vingar do Ângelo é maior do que os crimes que venho cometendo.
