Capítulo 27 - Brincando com fogo

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"Eu serei bom, eu serei bom, por todas as vezes que não fui"

             ❄ Ryan Nunes ❄

Acaricio o cabelo da valentina, enquanto ela dorme, seu sono é inquieto. Eu entendo o motivo dela ter ficado abalada, afinal, não é todo dia que alguém aparece na sua frente dizendo ser sua mãe, mas eu não gosto nenhum pouco da idéia de alguém machuca-lá, seja quem for essa pessoa, se estiver mentido, ela vai pagar e caro.

Deixo o quarto, deixando a mesma sozinha, não há a menor chance de ninguém conseguir invadir a minha casa e enquanto ela estiver nela, estará em segurança.

Meus passos até meu quarto não tão secreto assim, ja que a Valentina descobriu são pesados, e tenho dificuldade em controlar a minha raiva. Brincar comigo é uma coisa, outra totalmente diferente, é mexer com a Valentina.

Por que não existe a menor possibilidade de me fazerem acredita que a mãe dela está viva e que ressurgiu das cinzas como uma fênix.

Essa até que é uma historinha bonitinha de algum romance qualquer, mas aqui é a vida real, e na vida real as pessoas não surgem do nada com a simples intenção de recuperar laços quebrados, não, a vida real é muito mais cruel do que isso, ela pode sim nós conceder milagres, mas na atual situação que nos encontramos a chances disso acontecer são quase nulas.

A Valentina pode querer acredita que ela é sua mãe inconscientemente, mas sinto que no fundo ela sabe que algo está errado, mas ela não pode evitar a angústia, a dor e a tristeza de ter a possibilidade de ter uma mãe, afinal essa é uma das cicatrizes no seu coração que ela Insiste em dizer que está curado, mas eu sinto que a ferida ainda está aberta e não vai se fechar tão cedo, não enquanto ela não saber todos os detalhes sobre o seu passado, sobre seus verdadeiros pais, se eles a amavam ou se a odiavam, e só então ela poderá sofrer pela a última vez sabendo da verdade nua e crua, para então seguir enfrente.

Soco o boneco de treino na minha frente, imaginado a cabeça do infeliz que está jogando comigo, me imagino torturando eles calmamente, os fazendo sofrer amargamente pelo oque fizeram, e eu garanto, eles vão me pagar, um por um.

O telão da parede se acender mostrando a imagem do Logan do outro lado da tela. Paro  de socar com o boneco com força e me aproximo da mesma.

— Oque era tão grave para você me ligar as duas da madrugada Ryan? — reclama ele com cabelos bagunçados e sem camisa. — Estive bastante ocupado ultimamente e quando acho que vou ter uma folga, você estraga, acho que vou me demitir, a escravidão acabou faz décadas!

— Cala a boca Logan! Se o assunto não fosse sério eu não interrompia a sua foda.

— Fica calmo cara, oque foi que aconteceu de tão grave? — questiona ele agora tomado pela a seriedade.

— Uma mulher apareceu do Nada dizendo ser a mãe da valentina. — vou direto ao assunto, o mesmo arregala os olhos chocado.

— Impossível. — diz passando as mãos nos cabelos, um gesto nervoso que ele só faz quando está me escondendo alguma coisa.

— Oque você sabe que eu ainda não sei?

— É..eu meio...que.. — hesita ele enquanto o fuzilo com os olhos ele suspirar. — Eu meio que pesquisei a vida da Valentina superficialmente quando você começou a se envolver com ela.

— Porra Logan! — grito com raiva e soco o boneco com força, a sorte é que o mesmo é grudado ao chão, ou ja estaria voando pelo o quarto. — Eu disse para você não vasculhar a vida dela, eu queria que ela me contasse por vontade própria!

Me Aceita Como Sou? - Spin - Off De Nosso Para Sempre É agoraOnde histórias criam vida. Descubra agora