Capitulo 29 - Angelica Santore

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Apontar... mirar....atirar.

O próximo barulho a ser ouvido é o da bala acertando em cheio a cabeça do alvo a quinze metros de distância.

Não demoro a apontar a arma de novo fazendo o mesmo esquema.

Apontar...mirar....atirar.

Acerto desta vez o coração em cheio... um órgão que não serve para nada se não bombear sangue.

Em seguida segundo o esquema na mão esquerda e depois direita, sem nunca errar o alvo.

Quando me preparo para mudar de distância, escuto o meu nome ser gritado, tirando os fones de proteção, olho para a pessoa e gemo de desgosto.

Beatriz Duarte caminha em minha direção com toda o seu ar de superioridade e sorriso falso nos lábios, nunca vi mulher mais chata, se ela vinher falar sobre maquiagem, vestido ou unhas comigo outra vez, juro que esfrego a cara dela nesse campo de treino.

- Angel, o comandante está chamando. - Diz sorrindo falsamente na minha direção.

Angel? Quando eu dei tal intimidade para essa loira falsificada me chamar de Angel?

- Não temos intimidade para que me chame de Angel, Beatriz.

Ela me olha por um momento. Então Abre um sorriso Largo.

- Há deixa de besteira, trabalhamos juntas a tanto tempo, e somos as melhores aqui dentro, temos intimidade o suficiente não acha?

Pensamento irritante de alguém que não me conhece.

- Não gosto de você. - digo fria e me encaminho até o escritório do meu chefe.

- Ha qual é Angel... Ei aponta essa merda de arma para lá! - grita arregalando os olhos quando ver que apontei a arma em sua direção.

- Me chame de Angel de novo e vou fazer de você um alvo pra eu praticar - ameaço e passo arma do seu peito até a cabeça, a mesma treme. - Ficará parecendo um queijo suíço.

Após dizer isso, continuo andando como se nada tivesse acontecido. Ela escolheu um péssimo dia para me encher o saco, como se já não fosse o bastante escutar as reclamações da minha mãe o fim de semana inteiro, tudo porque larguei a porcaria de destino que ela escolheu para mim.

Até parece que ela sente prazer em controlar nossas vidas, enquanto a gente obedecer, ela vai ser um amorzinho de mãe e quando não, vai azucrinar as nossas as vidas até dizer chegar.

Mas ela se esqueceu de um pequeno detalhe, nós Santore: Odiamos receber ordens!

Por isso saímos de casa assim que conseguimos um lugar e dinheiro para nós manter sozinhos, não precisamos de ninguém, nós somos
auto-suficientes.

Quando chego no escritório do comandante, eu bato na porta e escuto sua voz mandando entrar.

E lá está Osmar Barone com toda a sua magnitude e confiança que um chefe de equipe tem que ter.

- Mandou me chamar? - questiono.

- Tem um trabalho para você.

- E qual é? - não deve ser nada que eu já não tenha feito, não irei falhar e ainda garantinei mais experiência em campo.

- Você será guarda-Costa da mulher de... - interrompo sua fala quando meu cérebro processa a palavra" guarda e Costa " juntas.

Isso só pode ser uma brincadeira, tem que ser a Porra de uma brincadeira.

- Todo mundo sabe que eu odeio fazer esse tipo de trabalho, aliás nunca o fiz e não serei agora que começarei. - me viro para sair quando escuto sua voz.

Me Aceita Como Sou? - Spin - Off De Nosso Para Sempre É agoraOnde histórias criam vida. Descubra agora