《0.9》

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Pov Ally

Já faz mais três dias que eu havia voltado para o Texas, meus pais me receberam de braços abertos, mas Brandon havia casado e saído de casa.

Estava deitada na minha cama, tentado controlar a vontade de mandar Lauren para o inferno e de brinde mandar a Cabello junto.

Ouço batidas na porta e logo minha mãe entra em meu quarto.

- Hija? Posso entrar? - Pergunta.

- Já está dentro, né? - Rio e ela também. - Brincadeira, senta aqui.

- Qual o real da sua saída da banda?

- Eu já falei, mama, acho que fiquei lá por muito tempo.

- Eu te conheço, não minta para mim.

Me dou por vencida e ergo as mãos em rendição, logo soltando um suspiro.

- Okat. A verdade? - Acena positivamente. - A verdade... é que eu não aguento mais ter que competir com a Camila.

- Relaxa, meu amor. Acho que ela só está empolgada que a banda começou a fazer um sucesso tremendo.

- Deve ser isso mesmo. - Digo e abaixo a cabeça.

- Mas não é só isso que está lhe afligindo, não é?

- Mama, posso te contar um segredo? - Digo depois de muito tempo em silêncio.

- Claro.

- Promete não ficar brava? - Pergunto insegura.

- Claro, meu amor. - Diz acolhedora e acaricia meus cabelos.

- Eu... bom... - Suspiro. - Eu beijei a Lauren.

- Mas ela não namora a tal Camila? - Pergunta confusa.

- Sim, mas eu não sabia disso. Eu me sinto enganada, mama. E o pior de tudo, é que ela disse que me amava na noite anterior aquela foto e eu descobri sobre o namoro no Twitter.

- Ela não teve nem a decência de te contar? - Pergunta espantada. Nego com a cabeça.

- Nem isso. Mas deixa, eu supero. - Sorrio. - Por favor, não conte ao papa.

- Okay, só me responde mais uma coisinha?

- Diga.

- Você deixou a Fifth Harmony por causa da Lauren?

- Sim. - Sussurro.

[...]

Depois da conversa com minha mãe, eu me sentia mais leve. Ela me aconselhou a voltar e não deixar que a besta da Lauren (Sim, ela usou exatamente essas palavras) atrapalhasse meu sonho.

[...]

Agora são dez e meia da noite e nossa família está reunida para o jantar.

Brandon trouxe sua esposa Lila para que eu pudesse conhecê-la e depois de orarmos, o jantar começou a correr bem.

Risadas e brincadeiras animavam o local, papa já havia contado inúmeras histórias de quando Brandon era menor, e eu? Eu só revirava a comida no prato.

- ... Ele babava em cima da Raquel. - Diz mama, em meio a uma gargalhada.

- Eu era pequeno, tá? Não tenho culpa. - Diz Brandon, também rindo, sendo contagiado pela risada de Lila.

- Bom Lila, como está sua mãe? - Pergunta mamãe.

- Muito bem, sogra, aliás lhe mandou um beijo e pediu desculpas por não poder estar aqui.

- Sem problemas. Eu entendo, vocês vêm de longe.

- Ally, está quieta hoje. - Ouço a voz de meu pai. - O que você tem? Sempre falou pelos cotovelos na hora do jantar.

- Deixa a garota, Jerry, ela está triste pela saída da banda. - Diz mama olhando para mim e eu sussurro um "Obrigada."

- Vai ficar tudo bem, hija. - Diz papa. Sorrio fraco e com o garfo, volto a revirar minha comida no prato.

A campainha toca e rapidamente me ofereço para atender, afinal, eu nem estava participando da conversa.

Ao abrir a porta, minhas pernas tremem e minha boca seca na hora.

- Lauren?!

- Oi, Ally. Posso entrar? - Pergunta. - Está meio frio e molhado aqui fora.

E só então eu reparo que está chovendo. Na verdade, o mundo está desabando.

- Mana, quem é? - Pergunta Brandon. - Ah, oi Lauren, entre.

- Obrigada. - Ela diz e entra seguindo meu irmão até a sala de jantar.

- Mama, papa, olha quem veio nos fazer uma visita.

- Olá. - Lauren acena para todos e o olhar de minha mãe foi de encontro ao meu instantaneamente.

Minha resposta é apenas subir correndo para o meu quarto.

Eu não acredito que ela está aqui!
Eu não acredito que ela está aqui!
Eu não acredito que ela está aqui!

Era o que eu repetia em minha mente. Andava de um lado para o outro, como uma verdadeira maluca, quando a porta se abre e revela o rosto de quem eu menos queria ver, pelo menos por dois meses, ou dois séculos.

- Vai embora! - Digo fria e distante.

- Eu preciso falar com você. - Diz e logo fecha a porta atrás de si.

- Eu não tenho nada para falar com você, some daqui. - Digo apontando para a porta.

- Mas eu tenho, me escuta Allz. Eu preciso me explicar, por favor.

Bufo e num movimento rápido, jogo os cabelos para trás, me sentando na cama.

- Sem me tocar! Você tem cinco minutos. - Digo visivelmente irritada e de braços cruzados na altura dos meus seios.

Sweet Girl {Book 1}Onde histórias criam vida. Descubra agora