Chapter Two

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                                     Capítulo 2

Acordei assustada com o pesadelo que tive. Digo, eu não lembrava ao certo o que eu havia sonhado, mas eu senti que era ruim, por isso acordei. Só lembro que envolvia gravidez e frutas. Sentei, fazendo um rabo-de-cavalo. Suspirei pesadamente, rindo com o que eu lembrava do meu "pesadelo". Voltei meu olhar na direção do relógio e constatei que não passava das 5 da manhã, logo, ainda teria umas 7 longas horas de sono pela frente. Bocejei, pegando meu celular por entre as cobertas e o colocando na mesa de cabeceira, voltando a dormir minutos depois.

- Filha, telefone para você! – escutei uma voz ecoar no meu sonho com o Robert Pattinson. Dei-me conta de que não se passava de um sonho assim que senti um cutucão no meu ombro e escutei a voz aguda de minha mãe em meu ouvido. Droga, logo agora que ele iria me dar aquele beijo suave no pescoço! Bufei, me sentando na cama e arrancando o telefone das mãos de minha mãe.

- Alô? – atendi de um jeito mau-humorado. Olhei para o relógio, 10:30. Por Deus, quem seria o inútil?
- Bom dia para você também. – senti meu corpo estremecer e agradeci por estar apoiada na cama.
- Erm...Desculpa, não era com você. – escutei a risada dele e lembrei de seu sorriso.
- Tudo bem. Liguei só para encher o saco mesmo – já ia xingá-lo, quando ele terminou. – e falar com a sogrinha, claro. – alguém recolhe meu queixo, por favor? Obrigada.

- O que você falou com a minha mãe? – perguntei após recobrar a consciência.
- Nada demais, só disse que você tinha me conhecido pela Internet há 4 anos e que, durante esse tempo, eu disse que queria me casar com você e ter um time de futebol. Ah sim, também falei que eu te encontrei ontem e que eu queria passar a me encontrar com você, se ela permitisse. E acrescentei que ela teria que aceitar, já que eu iria me casar com você em dois meses, e que, se ela não aceitasse, eu te seqüestraria e te levaria para Las Vegas, onde casaríamos bêbados em uma capela com uma cópia do Elvis Presley abençoando nosso matrimônio. – o tom casual dele me fez pensar se ele realmente estava brincando.

- E o que te faz pensar que nós iremos nos casar em dois meses? – eu repousei minha cabeça no travesseiro e sorri, colando o telefone no ouvido.
- Eu sei que você me quer, baby. – eu ri pela tentativa frustrada de imitar a voz do Elvis. - Te quero tanto quanto você me quer.
- Uau! Incendiaremos todos os motéis dessa cidade, então. – nós dois gargalhamos.
- Já te disse o quanto você é besta hoje? – mordi meu lábio inferior, ainda sorrindo. Ouvi Zayn negar com um murmúrio.
- Já te falei, hoje, o quanto você é linda? – bufei, revirando os olhos.

- Você ainda não mentiu hoje, Zayn.
- Um dia você vai ver como eu não estou mentindo. – pude ter certeza de que ele estaria com um sorriso meigo. Não pude conter um suspiro. – Que foi, Lou?
- Nada, só 'tô pensando em um cara aqui.
- Quem é o bundão? – sua voz demonstrava seriedade, o que me fez ficar preocupada.
- Um cara que entrou na minha vida há um tempo e vive falando que vai casar comigo, sabe? – escutei-o murmurar um 'hum'.
- E o que você estava pensando sobre ele?
- Pensava no quão besta ele é, em como o sorriso dele é bonito, em como ele me faz rir. Mas no sorriso, principalmente. – eu sorria como uma idiota apaixonada. Não que eu estivesse, já que não tinha nem dois dias que eu havia saído com ele, mas o sorriso passava essa impressão.

- Droga, queria tanto estar aí. – Zayn resmungou em um tom de voz quase inaudível.
- Você podia estar. – falei em um impulso.
- Sua mãe me mataria. – ele riu. – Era mais fácil você vir pra cá. – eu me perguntava se ele estava com um sorriso malicioso ou sem nenhuma expressão.
- Tô toda descabelada, desarrumada, feia... – eu iria prosseguir minha lista se ele não tivesse me atrapalhado. - Pára com isso agora, Louise Leibovitch . – ele disse em um tom firme. – Mas, falando sério, venha pra cá. – eu mordi meu lábio, pensando se iria ou não. Eu não tinha nada a perder, certo? Ele, provavelmente, não ia me atacar, afinal, estávamos sob a intensa luz do sol. Ok, isso não afetaria em nada. Mas, de fato, eu tinha confiança nele. Eu sentia que nada de ruim iria acontecer se eu fosse pra lá. – Por favor? – imaginei que ele estivesse fazendo biquinho com os lábios e soltei uma risada fraca.
- Ok, Zayn, você venceu. Eu vou. Me passa o endereço daí. – ele riu do outro lado, me dizendo o endereço depois e se despedindo de mim.

Insanity | zmOnde histórias criam vida. Descubra agora