Chapter Eight

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                                      Capítulo 8

Meu celular tocava incessantemente. Bufei e abri os olhos.

Notei que eu estava na sala, debaixo de uma coberta que eu não fazia a mínima idéia de como havia chegado ali. Levantei do sofá, o qual eu dividia com Z, e catei uma blusa e minha calcinha. Como meu querido celular não parava de tocar, peguei a primeira blusa que achei, ou seja, a dele.

Rapidamente, atendi ao aparelho irritante.
- Espero que seja importante. – resmunguei para quem estava na linha.
- Porra, se não fosse importante, eu não estaria te ligando às duas da tarde, e, sim, às seis. – Bel retrucou. – O fato é que você precisa ligar pra casa urgentemente. Sua mãe ligou pra cá te procurando e eu falei que você tava na casa do Z. Ela não te ligou?
- Deve ter ligado... – falei, sonolenta. Passei a mão por meus olhos e quando a olhei novamente, estava preta. Droga de rímel. – Vou ligar pra ela. Boa tarde.
- Tarde. – Bella murmurou e desligou o telefone. Olhei para meu celular. 20 chamadas não atendidas.

O que era tão urgente, meu Deus? Fui até o banheiro e tirei a maquiagem, voltando para sala instantes depois. Peguei meu celular novamente e disquei o número da minha mãe, indo para a varanda, a fim de não acordar Z.

- Filha! – minha mãe atendeu, chorosa.
- Que aconteceu? – me preocupei.
- Sua vó foi para o hospital. – senti meu coração apertar.
- O que ela tem?
- Ela teve um AVC pela madrugada e foi internada. Eu tô aqui no hospital com seu pai, mas não venha pra cá hoje, até porque ela não tá num quarto só dela... – senti meus olhos encherem d'água e murmurei um "ok".

Desliguei o telefone e escorreguei pela parede até minha bunda tocar o chão. Voltei alguns anos e senti tudo o que eu havia sentido. Um soluço surgiu e eu não fui capaz de controlá-lo. Meu choro incontrolável deve ter acordado Z, já que ele veio até mim e se sentou ao meu lado.

- O que houve, meu amor? – Malik me perguntou.
- Minha vó... – eu falei entre soluços. Ele simplesmente me abraçou e me deixou chorar no ombro dele.

Chorei até sentir o ar escapar de meus pulmões e não voltar mais. Passei a respirar profundamente, tentando não chorar mais. Z passou a alisar meu cabelo, não dizendo nada. Ele sabia que eu não conseguiria explicar. O que me confortava era saber que ele estava ali, e, mesmo que não falasse nada, eu sabia que ele estava me apoiando.

Saí do abraço e o encarei. Dessa vez, Z não estava com um sorriso encantador, nem simpático, no rosto, e, sim, uma expressão preocupada. Ele enxugou minhas lágrimas e eu tentei falar algo.

- Calma, depois você explica... – balancei minha cabeça de forma afirmativa. Z se levantou e me puxou com ele. Fomos até o quarto abraçados. Digo, eu encolhida entre um dos braços dele.

Deitamos na cama e nos limitamos a ficar perdidos em pensamentos. Eu pensava se realmente havia razão para eu ficar daquele jeito. Quero dizer, eu não estava fazendo drama à toa, mas, ao mesmo tempo, não era como se minha avó tivesse falecido ou algo do tipo.

Adormeci em meio aos carinhos de Zayn e em meio aos meus pensamentos.

Abri os olhos, sendo momentaneamente cegada pela luz que atravessava o vidro. Olhei ao redor, nada de Z. Eu odiava acordar e não vê-lo ao meu lado. Chame-me de desesperada, eu não ligo.
Cambaleei até a cozinha, onde ele estava. Malik se virou para mim.

- Melhor, amor? – ele me deu um selinho e eu tentei sorrir, concordando. Sentei-me à mesa e ele voltou a fazer qualquer coisa que ele estivesse fazendo no fogão. Olhei para o nada até que Z estalou os dedos na minha frente, parecendo preocupado. Fitei seu rosto.
- Fale, baby. – falei em um tom meio desanimado.
- Vamos comer. Eu pus as coisas na mesinha da sala. – Quanto tempo eu fiquei em estado alfa, cara? Que namorado prendado esse que eu tenho.

Insanity | zmOnde histórias criam vida. Descubra agora