Chapther twenty seven

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Capítulo 27

As luzes de Natal pouco a pouco preenchiam as ruas de Camdem Town. Tinha virado minha rotina ir lá para ajudar Bel com seu trabalho sobre os jovens de hoje em dia e seus grupos. Ela acreditava que ir direto onde os góticos compravam roupa e acessórios estranhos nos levaria para a essência da vida deles. Ou algo assim.

Eu estava muito entretida vendo uns móveis velhos na loja do lado enquanto ela entrevistava um grupo de jovens rebeldes de cabelos vermelhos. Meu celular veio para me salvar da solidão. Abri minha bolsa imensa para acabar achando-o no meu bolso dianteiro da calça.

- Oi, oi, oi. – falei rapidamente, antes que a pessoa pudesse desligar.

- Você tá bem? – Z riu. Saí da loja para ter melhor sinal, e fiquei em frente à loja onde Bella e seu questionário se encontravam.

- Tô, só me atrapalhei um pouco pra achar o celular. – ri, sem muito humor.

- Só pra te avisar que deixei uma coisa no seu apartamento, então é importante que você vá direto para o seu apartamento, não pro meu. Siga as instruções de Emily. Vou desligar meu celular pelo resto da tarde porque vou estar em reunião, ok? E nada de subornar a pobre da Emily pra que ela solte informações. Eu já fiz um trato com ela. – podia ver um sorrisinho presunçoso em seu rosto. Revirei os olhos.

- Tá. – disse, seca.

- Te amo. – Zayn falou após uma risada.

- Eu não. – desliguei. Odiava ficar curiosa, odiava surpresas, e ainda mais quando alguém, além da pessoa que preparava a surpresa, sabia.

- Que foi? – Bel veio ao meu encontro depois de agradecer aos jovens. Bufei.

- Zayn me fazendo ficar curiosa, como sempre. – Bella gargalhou perante minha impaciência.

– Você devia agradecer por ele ainda te fazer surpresas.

- Alguma hora eles param? – esperançosa, perguntei.

- Os homens comuns, sim. Zayn, duvido muito. – murmurei um "droga", escutando outra risada vinda de minha amiga.

- Vem, vamos comer alguma coisa. – então ela me puxou para entrar em uma lanchonete.

- Sabe, eu tô ficando muito entediada agora que tranquei o semestre na faculdade. Sei lá, eu não sei ficar sem fazer nada, além de ir ao banheiro e comer. – me queixava enquanto entrávamos na garagem do edifício.

- Mas daqui a 2 meses você vai ter muito o que fazer, amiga. Aproveita enquanto pode. E aproveita também enquanto você pode ter noites apimentadas sem um choro ao fundo. Uma menina da faculdade tem filho e disse que o sexo nunca mais foi o mesmo, e que, quando ela pensa em que horas o marido vai chegar, pensa porque quer que ele cuide da criança, e não para ficar com ele. – o carro parou o movimento. Tirei o cinto e saí do automóvel.

- Isso eu já sei que vai acontecer, mas você me conhece; eu penso mais no presente do que no futuro. – fiz uma careta. – E sabe qual é a pior coisa? – ela murmurou um "hum". – Eu e Zayn não somos casados. – pressionei o botão do elevador.

- Porque você não quis. Ele propôs, mas você foi curta e grossa. – seu tom era ríspido.

- Não foi porque eu não quis, foi porque eu sabia que ele só tava fazendo aquilo pra se sentir menos culpado. – retruquei. O elevador parou no nosso andar, saí na frente.

- Então engula a tristeza e admita que você e ele vão ter um filho sem serem noivos ou casados. E, na minha opinião, isso não é um pecado, Louise. – dei de ombros e abri a porta do apartamento, encontrando lá duas caixas e uma Emy jogada no sofá.

Insanity | zmOnde histórias criam vida. Descubra agora