Chapter Five

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Capítulo 5

- Gracinha! – Z me zoava pela quinta vez naquela manhã. Estávamos fazendo o café e, nesse momento, ele ria, colocando o pão na torradeira. Passei por ele e bati com o pano de prato em suas costas.
- Vou chamar meu pai, hein. – ele mostrou a língua e parou de rir. O meu celular tocou e eu corri para atendê-lo.
- Fala, Bel.
- Vocês vão ao lanche de hoje, né?
- Creio que sim, por quê?
- Eu não perderia por nada o Zayn suando frio com as perguntas do seu pai. – ela deu uma gargalhada, me fazendo rir baixo. Malik se aproximou de mim, a fim de escutar a conversa. Dei um leve empurrão em seu peito e ele voltou a arrumar a mesa.
- Tadinho. – ri fraco. - Meu pai tem esse poder.
- Ele tá do seu lado, não tá? Digo, o Z.
- Tá.
- Então eu vou perguntar e você responde com "sim" ou "não". Ok? – emiti um som afirmativo. – Vocês, quando sumiram, boa coisa não foram fazer. E eu sei o que era. Mas, curiosidade minha...Chegou nos "finalmente"? – eu corei bruscamente e soltei uma risada. Z percebeu isso e passou a me encarar.
- Não.
- Porque seu pai chegou, certo?
- Sim. – escutei uma gargalhada escandalosa vinda de Bella.
- SEU PAI É UM BROCHA-MACHO! – ela falava, ou tentava, entre risadas. Eu comecei a rir, mais pelo fato da risada dela ser contagiante, do que por ter sido engraçado. Do nada, escutei o som que me lembrava panelas caindo no chão. Bel parou de rir na hora. – Caralho, eu vou ter que desligar. Nos falamos depois. Beijos. – ela desligou sem, ao menos, esperar eu me despedir.
- Já? – Zayn pareceu surpreso com a rapidez da ligação.
- É, ela teve que desligar. Acho que a desastrada deixou alguma panela com comida cair no chão. – ele riu junto comigo.
- Bella... – murmuramos ao mesmo tempo e voltamos a rir depois.
Sentei-me à mesa e começamos a conversar sobre o que faríamos.
- Hoje tem o lanche de comemoração do aniversário da Jolie. É meio chato, você não precisa ir. - Não, eu vou se você quiser. Eu gostei dos seus parentes, eles são simpáticos. Até seu pai. – eu olhei para ele e soltei uma risada.
- Por falar em pai...a Bella tava conversando comigo sobre ontem, e ela comentou sobre o caso do banheiro – novamente minhas bochechas coraram. – e ela deu um apelido pro meu pai, brocha-macho. – Zayn começou a rir, fazendo um sinal de positivo com o dedo.
- Descobri por que vocês tanto riam! – ele exclamou depois de recuperar o fôlego.
- Achou que fosse do quê?
- Sei lá. Qualquer coisa, menos isso. – ele deu de ombros e começou a falar de alguma coisa do emprego dele.

- Lou! – minha pequena prima me abraçou.
- Feliz aniversário, Jolie! – eu sorri sincera.
- Obrigada. – ela sorriu e pude ver que seus dois dentes da frente haviam caído.
- O que aconteceu com seus dentes? – Zayn perguntou com uma entonação preocupada.
- A fada dos dentes levou. – Jolie respondeu, fazendo um biquinho.
- Mas ela deixou dinheiro pra você? – a garotinha concordou com a cabeça e nos mostrou 3 moedas de 1 Pound.
- Depois eu vou pedir dinheiro emprestado para você. Ok? – brinquei, a pegando pela mão e indo em direção à sala. – Mamãe! – a abracei assim que a vi.
- Filha, como está? – Sue me perguntou assim que saí do abraço. – E você, Zayn?
- Z, por favor. E, sim, estamos bem. – ele respondeu e sorriu.
- Que bom. – minha mãe afirmou. Virei-me e cumprimentei meus outros parentes, apresentando Z aos meus primos.
Nos afastamos um pouco das pessoas, o que me fez notar que o cabelo de Joanne havia mudado radicalmente. Agora estava roxo. Zayn pareceu se surpreender com a cor do cabelo dela.
- Roxo? Lembrei-me de quando você tinha o cabelo vermelho.
- Eu tinha 15 anos, era doida. – rolei os olhos.
- Creio que Joanne tenha mais ou menos essa idade e seja doida igual a você. – confirmei com a cabeça. – Só imagino se ela não tem conversado com algum tarado pela Internet. – ele riu.
- Se for tarado, eu mando ela se afastar. Mas se valer à pena, eu a aconselho a esperar. – pisquei. Malik sorriu abertamente e me deu um selinho. Passei meus braços por seus ombros e encostei meu nariz ao seu, dando início a um beijo. Ouvimos alguém pigarrear e nos afastamos. Corei instantaneamente e peguei na mão de Z.
- Olá, Marcus. – disse em um tom amigável.
- Desculpe interromper, mas eu queria perguntar uma coisa... você seria Zayn Malik, de uma banda chamada McFly? – arqueei uma sobrancelha e encarei Z. Eu sabia que ele teve uma banda, mas como meu primo sabia da existência deles?
- Sim... – Malik respondeu desconfiado. – Mas como você sabe? – ele estava em um misto de espanto e felicidade.
- Meus amigos ouvem as músicas da sua ex-banda. São boas, cara! Não sei por quê vocês acabaram. – Marcus aparentou tristeza. Os olhos de Z brilharam, me fazendo sorrir que nem uma boba.
- Obrigado, mas existem bandas muito melhores, tanto que a minha nem chegou a evoluir.
- Porque vocês não foram ousados o suficiente para contatar um agente, nem se promover.
- Ah, rapaz, esqueça isso. Foi há mais de quatro anos.
- É, vou esquecer. Mas ainda acho que deveriam voltar. – Marcus apresentou desapontamento. Senti pena dele. De fato, a banda de Z era boa o suficiente para fazer sucesso, mas agora era tarde demais para falar qualquer coisa. Todos os integrantes haviam seguido com suas vidas, não havia mais nada a se fazer.
Assim que Marcus se afastou, Zayn se virou, novamente, para mim.
- Onde estávamos? – ele passou os braços por minha cintura e se aproximou.
- Na casa dos meus pais com a sala cheia de gente da família. Inclusive meu pai. – eu ri e Malik murchou seu sorriso.
- O brocha-macho. – rimos alto e trocamos um selinho, nos afastando depois. Bella veio até nós.
- O brocha-macho não pára de olhar para vocês. – ela comentou com uma expressão aterrorizada.
- Estávamos falando dele agora.
- Sua mãe fica falando "Pare de olhar, Christopher", mas ele não tira os olhos. Acho que qualquer movimento brusco que o Z fizer, ele vem atacar. – nós rimos.
- É, tá sério o negócio. É melhor nos aproximarmos. – os dois assentiram com a cabeça. – Só tome cuidado para não fazer movimentos bruscos! – brinquei e Zayn deu uma risada sarcástica para mim. Eu sorri e apertei sua bochecha com a mão que não estava segurando a sua.
- Lou, a Jolie está te chamando para brincar com ela. – minha tia disse, cortando meu papo com Z.
- Ok, tia, vou lá. – levantei do sofá e o puxei pela mão. Subimos as escadas até o quarto dos meus pais. Jolie estava jogada na cama king size, vendo Hannah Montana, que estava passando na TV.
- Jojozinha. – a chamei, me jogando ao lado dela na cama.
- Tira os sapatos, Lou. – ela falou com sua voz meiga. Eu tirei meus sapatos e falei para Z fazer o mesmo.
- Tirei. E agora?
- Nada. – ela riu.
- Nada? – perguntei com um sorriso brincalhão. Aproximei-me dela ao vê-la negar com a cabeça. Comecei a fazer cócegas em sua barriga. Ela se contorcia, rindo. Parei por uns instantes, deixando-a respirar e depois voltei.
- E agora, nada? – perguntei, com as mãos paradas em sua barriga. Ela respirava aceleradamente. - A gente pode brincar de... casinha.
- Tá certo. – tirei minhas mãos dela. – Mas você vai ter que me explicar como joga isso, porque eu não sei mais.
- É fácil. – Jolie se levantou e pôs a mão na cintura. Minha tia tinha essa mania. Soltei uma risada frouxa e passei a escutar a explicação dela. – Você e o Z são meus pais. – eu ri e olhei para ele, que sorria. – Aí eu vou passar mal. E vocês vão cuidar de mim, me dar sopinha, essas coisas. Só que a sopinha é feita de sorvete, que nem aquele que tem aqui em casa. – ela sorriu, sapeca.
- Entendi. Então vamos começar? – perguntei olhando para os dois. Ambos concordaram. Jolie se jogou na cama e pôs a mão na cabeça. Eu e Z nos levantamos.
- Mamãe! Papai! Tô passando mal! – ela falou. Eu me ajoelhei perto da cama e pus a mão sobre a testa dela, tentando disfarçar o riso.
- Meu Deus, Z, o que daremos pra essa menina? – olhei para ele.
- Eu já sei. Vou pegar e já volto! – Zayn saiu do quarto. Fitei o rosto de Jolie.
- O que será que o papai vai pegar?
- Não sei. Espero que seja meu remédiozinho. - minutos depois Z voltou ao quarto com três tigelas em mãos.
- Você consegue sentar, filhinha? – ele perguntou, parecendo preocupado. Jolie acenou com a cabeça e se sentou, fingindo ter dificuldade ao fazer isso. Malik estendeu uma tigela a ela, e ela a pegou. Depois, ele me estendeu uma e eu vi uma mistura de sorvete derretido com M&M's.
- Isso é o quê, papai? – Jolie perguntou.
- É uma poção para curar. Mas só funciona se toda a família tomar junta. Então, no três, nós tomamos. Ok? – concordamos com cabeça. – Um, dois, três. – levamos os potes à boca, mastigando os confeitos de chocolate.
- Está se sentindo melhor? – Z perguntou à Jolie, que concordou com a cabeça. Ele sorriu, deu um beijo na testa dela e passou a mão por seus cabelos.
- Sabe, eu sinto que a gente devia dormir um pouco. Até porque você precisa descansar, já que acabou de se curar de uma doença terrível. – dramatizei.
- É, eu também acho. – Zayn concordou. Nós três deitamos na cama. Jolie estava no meio de nós dois. Fiquei acariciando seu rosto até que ela adormeceu. Assim que ela fechou os olhos, olhei para Z e notei que ele me fitava.
- O que foi? – perguntei de forma tímida.
- Você vai ser uma ótima mãe. – ele deu um sorriso enorme.
- Assim como você será um ótimo pai. – retribuí o sorriso. De fato, ele será um ótimo pai.
Passamos mais alguns minutos na cama, até que resolvemos ir para o meu quarto.
- Você toca violão também? – Z perguntou assim que viu o instrumento perto da cadeira da escrivaninha.
- Meu tio me ensinou uma música, que é a única que eu sei tocar.
- Eu quero escutar. – ele sorriu.
- Ok, mas se eu errar, leve em conta que tem tempo que eu não a toco. - Malik murmurou um "ok".
Peguei o violão e sentei na cadeira. Comecei a tocar, encarando o chão para não rir. Eu detestava ser o centro das atenções, mesmo que fosse de somente uma pessoa.

"If I fell in love with you
Would you promise to be true
And help me understand
Cause I've been in love before
And I found that love was more
Than just holding hands

If I give my heart to you
I must be sure
From the very start
That you would love me more than her

If I trust in you oh please
Dont run and hide
If I love you too oh please
Dont hurt my pride like her

Cause I couldn't stand the pain
And I would be sad if our new love was in vain
So I hope you see that I
Would love to love you
And that she will cry
When she learns we are two

If I fell in love with you"
(tradução)

Zayn sorriu e me aplaudiu. Ri demonstrando vergonha e deixei o violão de lado assim que notei que Z se aproximava. Levantei-me da cadeira e fiquei de frente para ele. Senti suas mãos envolverem minha cintura e me puxarem. Coloquei minhas mãos em seus ombros e deixei minha consciência de lado no instante em que seus lábios tocaram os meus e seu perfume me intoxicou novamente. Subi minhas mãos para a parte de trás do seu cabelo e as deixei por lá, brincando com seus macios fios.
Malik pressionava seu corpo contra o meu, que agora estava encostado na escrivaninha. Suas mãos seguiam as laterais do meu corpo, às vezes parando em minha cintura para apertá-la de uma forma não-bruta.
Estava descendo minhas mãos por suas costas quando ouvi a porta ser escancarada. Rompi o beijo e, dessa vez, não me afastei. Haja saco para agüentar esse povo mal educado. Eu, que estava de frente para a porta, abri os olhos e constatei que tivemos, mais uma vez, sorte. Era Joanne, que, no momento, estava mais vermelha que um pimentão.
- Erm... Desculpem atrapalhar. Mandaram eu chamar vocês, não sei por quê. – ela fez uma careta, olhando para o chão. Certamente ela estava constrangida a ponto de não querer olhar.
- Já vamos descer. – sorri e olhei para Z, que estava de olhos fechados. Assim que Joanne fechou a porta, ele murmurou:
- Pelo menos não era seu pai. – Malik riu e me deu um selinho.
- Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, eu acho. – brinquei e saí dos braços dele, o que era extremamente difícil para mim, devo afirmar. Peguei em sua mão e saímos do quarto. Assim que chegamos na sala, notei que Joanne, Bella e Marcus tentavam disfarçar as risadas, colocando a mão na boca. Os repreendi, discretamente, com o olhar e me sentei no sofá com Z.
- Lou, vem na cozinha comigo? – Bel falou. Concordei com a cabeça e a segui depois de sussurrar "já volto" para Z. Assim que entramos no cômodo, ela encostou a porta.
- Vocês são doidos de, novamente, se trancarem em um cômodo. Você devia ver a cara do seu pai quando a Joanne, sem querer, falou que vocês estavam no teu antigo quarto. Ele faltou ir lá em cima. – deixei uma risada escapar. – Não ria! Imagina se ele chega lá e vocês tão se pegando! – Bella parecia aterrorizada.
- Meu pai deve saber que eu não sou mais BV, amiga. E se não souber, nada que uma dose de realidade não resolva. Digo, eu já passei do estágio dos beijos há um tempo... – falei a última frase em um tom mais baixo.
- Eu preferiria não arriscar. – ela me aconselhou. Dei um sorriso amigável e saímos da cozinha. É, eu teria que aprender a controlar meus hormônios.















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