Uma garota tanto quanto que patricinha - L05

#10

Natasha narrando:

Estamos de mãos dadas.

Não tem motivo para ficar nervosa, não é?

Só estou de mãos dadas com o cara que possivelmente pode ser o pai dos meus filhos... senhor!

Entramos na simples lanchonete e escolhemos uma mesa distante das outras. Pego o menu olhando para saber o que tinha, franzo o cenho.

Natasha: não estou entendo nada que está escrito aqui._ reclamo. Detesto não entender as coisas.

Ariel: vou pedir para você._ fala colocando o "menu" de volta na mesa. Ele estende a mão e uma garçonete sorridente aparece. Não gostei dela. Sorri de mais.

Garçonete: boa noite, no que eu posso ajudar?_ mesmo não tendo malícia em sua voz, não gostei dela.

Ariel: boa noite, vamos querer um pedaço de pizza de atum com cebola, e duas conchinhas de frango, uma esfirra e um pão de queijo. E dois sucos de abacaxi com hortelã._fala e logo dispensa a garçonete.

Natasha: ainda não acredito que estamos aqui._ comento olhando ao redor. Tudo bem novo para mim.

Ariel: apenas te trouxe numa lanchonete.

Natasha: você não fez só isso. Você fugiu da escola comigo, você me fez andar de ônibus pela primeira vez, cuidou de mim, e ainda me trouxe numa lanchonete que é muito fofa._ falo numa animação só._ isso tudo é novo para mim, Ariel.

Ariel: sabe, as vezes fica difícil esquecer o fato que você é uma patricinha, só que é muito fofo te ver toda animada por só andar de ônibus._ fala olhando para mim.

"Esse garoto é muito fofo."

Natasha: obrigada, por me trazer aqui._ falei e ele sorriu de lado. Quando achei que ia falar alguma coisa a garçonete trouxe os nossos pedidos._ obrigada_ agradeci e então a moça saiu.

Olho para a mesa em busca dos talheres, franzo o cenho. Não tem talheres!

Ariel: o que foi?_ perguntou já comendo o seu Salgado, com as mãos.

Natasha: não acho os talheres... pode pedir para mim?_ pergunto um pouco irritada. Como que vou comer sem os talheres!

Ariel: você nunca comeu pizza com a mão?_ oi?_ pelo visto não._ Ariel pega a pizza com a não e então me entrega, fico meio sem jeito._ agora, é só morder e saborear._ diz com um leve sorriso nos lábios ao ver a minha cara de surpresa.

Mordo a pizza, e logo em seguida eu fecho os olhos, e solto um gemido de prazer. Essa pizza é a melhor que eu já provei em toda a minha vida. Ouso uma risada que me faz abrir os olhos.

Ariel está rindo. E... meu deus. Que sorriso lindo. Tão lindo que me faz sorrir de lado.

Ariel: pelo visto a comida está boa.

Natasha: não só a comida como a companhia._ ao dizer isso, olhando em seus olhos, Ariel sorri de lado.

"Céus... como ele é lindo."

[...]

Mesmo com o silêncio entre nós dois, simplesmente o ato de ficar perto dele é muito, muito, bom.

Poderia estar melhor?

Sim. A gente poderia estar de mãos dadas, nos beijando, e fazendo juras de amor. Isso vai acontecer um dia?

Por que não?

Quando já estávamos na frente do quarto, sinto o meu pulso ser agarrado por Ariel, nesse momento o meu coração acelera.

Natasha: o que...?

Ariel: eu tenho certeza absoluta de que fechei a porta do nosso quarto._ fala olhando para os meus olhos, desvio do seu olhar e olho para a porta que está entreaberta. Engulo em seco._ fica atrás de mim.

Ele fala e eu obedeço. Ariel vai caminhando com os passo bem lentos e suaves em direção a porta, e então a empurra. Devido à escuridão da noite, não dá para ver o nosso quarto. Mais então ele chega mais perto, eu atrás dele, e acende a luz.

"Meu... Santo... Deus!"

Ponho a mão na boca num sinal de espanto. Não posso acreditar nisso. Flexões de luz são disparados em nossa direção. Tendo cobrir o meu rosto porém é em vão.

Sinto Ariel me puxar correndo, e eu sem outra escolha saio junto com ele. Corremos sendo perseguidos pelos parasitas que normalmente são chamados de paparazzi.

Corremos passando por corredores, e então eu me lembrei de um certo corredor. "Minha vez de te puxar Ariel." É assim eu o faço, assim que eu vejo o corredor certo, eu o puxo para ele.

Ariel: o que você está fazendo? Esse corredor é sem saída._ fala desesperado. Começo a tocar na parede em busca da maldita fechadura da passagem secreta.

Natasha: tem uma passagem segreta..._ falo é então eu finalmente a acho, aperto e então a parede começa a se mexer. Os passos vão aumentando._ Vem._ falo agarrando a sua mão e correndo para dentro. Logo a passagem de fecha.

Ariel: como...?_ pego o meu celular e acendo a lanterna, para iluminar a escadaria. E então começamos a descer. Ainda de mãos dadassssss.

Natasha: meus... sei lá o que, Alice e Alex Albuquerque, descobriram essa passagem e a reformaram. Sua filha, Lua, reformou. Meu avô, cuidou desse lugar. Meu pai também cuidou até onde pode. Aconteceu alguma coisa com a escola, não me lembro ao certo o que, e então tiveram que terminar o ano numa outra escola, que também tem uma passagem secreta. E agora. Eu, estou aqui._ falei resumindo a história desse lugar.

Procuro por um interruptor e acho. Acendo a luz e sorrio com o que vejo. Tudo está como meu pai e minha mãe contaram que estaria.

Um violão com as iniciais A.A. . Uma barraquinha. Um piano/teclado. Um sofá. Uma TV.

Ariel: uau.

Natasha: é... uau mesmo.